domingo, 2 de dezembro de 2007

LÉXICO AUTORITÁRIO


Editorial no Correio Braziliense

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conduziu para o terreno do conflito político incivilizado e da verbalização inconseqüente o debate em torno da emenda constitucional que prolonga até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a vigência da Desvinculação da Receita da União (DRU). A proposta em exame final no Senado encontra resistência severa da oposição, em particular da bancada do Democratas (DEM).

Irritado com as manobras de adversários para derrubar o imposto do cheque na Câmara Alta, Lula recorreu a léxico de índole autoritária para qualificar a conduta do partido que mais se opõe à emenda. "O DEM — disparou — torce todo santo dia para as coisas não darem certo neste país (…). Na verdade, quem tem medo da CPMF é quem sonega impostos." O destempero presidencial, em discurso pronunciado em ato público realizado em Colatina (ES), não poderia ser mais insultuoso.

Leitura crítica da conclusão a que chegou o presidente abre espaço a interpretação desqualificante, a de que o DEM estaria a serviço de fraudadores de tributos. Se a exasperação presidencial não for recebida como injuriosa, é o caso de considerar cúmplices de sonegadores os milhões de brasileiros que, como o DEM, são contrários à CPMF. E em tal contingente cabem, sobretudo, o empresariado e os trabalhadores.

Ensina a sabedoria popular que quem não pensa o que diz ouve o que não gostaria de ouvir. Em nota vazada em termos de extrema contundência, o DEM replicou a repreensão audaciosa de Lula: "Não é um presidente que mente de forma cínica e governa de costas para o país que vai definir o futuro do país ou o futuro do DEM". Assim, governo e oposição resvalam para o plano do confronto abjeto e convertem em bate-boca vil a convivência democrática.

Entre as dezenas de incidências fiscais que gravam de forma insuportável a produção econômica, a CPMF é das mais perversas. Recai sobre toda a cadeia dos bens suscetíveis de valor agregado e suga em feitio de cascata os ativos em circulação no sistema financeiro. Calcula-se que, em 2008, se aprovada, os contribuintes estarão obrigados a inchar a receita da União em soma próxima dos R$ 40 bilhões.

Não resiste à contraprova dos fatos a noção de que a CPMF é necessária como instrumento capaz de identificar sonegadores. Em outros termos: fornecer ao fisco nome dos infratores e valores sonegados. O Banco Central e a Receita Federal dispõem dos registros de movimentação financeira que os habilitam a ter acesso às mesmas informações.

Mas, admita-se só para efeito de argumentação: se a CPMF é indispensável ao controle fiscal, como Lula imagina, poderia cumprir semelhante função com taxa mínima — 0,01%, por exemplo. Ele se engana não só quanto à serventia do tributo como empana a respeitabilidade presidencial quando trata a oposição de forma truculenta.


Folha de S. Paulo

Rejeitam um terceiro mandato consecutivo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva 65% dos brasileiros, revela pesquisa Datafolha realizada entre os dias 26 e 29 de novembro. Em nenhuma das regiões do país, nem mesmo no Nordeste, onde é mais bem avaliado, essa hipótese contaria com o apoio da maioria da população. O Datafolha perguntou aos entrevistados se concordariam com uma mudança na lei para dar o direito a Lula de concorrer a um terceiro mandato em 2010. Apenas 31% apoiariam a idéia.

Foram entrevistadas 11.741 pessoas, em 390 municípios de 25 Estados. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A proposta de terceiro mandato não é acolhida pela maioria nem quando o questionamento é genérico, sem citar Lula. Para 63%, presidentes não devem ter esse direito. O percentual sobe para 66% quando se trata de governadores e vai a 67% no caso de prefeitos.

O terceiro mandato é defendido por setores petistas e provoca temores na oposição. Publicamente, tanto Lula quanto a direção do PT negam a intenção de trabalhar por uma mudança constitucional com esse objetivo. Em entrevistas recentes, Lula revelou o desejo de voltar à Presidência. Em 2014. Mas o PT não tem hoje nomes competitivos para disputar 2010, primeira eleição desde 1989 sem Lula na cédula.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) elegeu como prioridade o combate ao terceiro mandato. Fez discursos inflamados no 3º Congresso do PSDB, na semana retrasada, e criticou ações do governo Lula que, na sua avaliação, atentam contra a democracia. O PT revidou, lembrando que o tucano trabalhou para aprovar a mudança constitucional, em 1997, que lhe garantiu o direito à reeleição. Em 1994, a revisão constitucional já havia reduzido o mandato de cinco para quatro anos.

Rejeição generalizada

O terceiro mandato a Lula é amplamente rechaçado, segundo a pesquisa, entre os brasileiros mais escolarizados - 78% com nível superior dizem não à idéia - e renda familiar mensal mais elevada. Entre os que recebem acima de 10 salários mínimos, 76% não querem a chance de uma nova eleição para o atual presidente.

Mesmo entre os que têm níveis educacionais e de renda mais baixos a proposta não conta com boa aceitação. Para 58% daqueles com renda familiar de até dois salários mínimos e para 58% dos que têm só o ensino fundamental, Lula não deve disputar outro mandato após oito anos no poder.

Só Pernambuco daria legitimidade a uma mudança na Constituição a favor de uma nova reeleição presidencial: 51% apoiariam a proposta. Curiosamente, é o Estado natal do petista - o presidente nasceu em Caetés, então distrito de Garanhuns. Porém, para 46%, a lei deve ficar como está.

No Sul do país, a rejeição ao terceiro mandato aumenta. No Paraná, 73% são contra a idéia; no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, 72%.

Já no Nordeste, uma mudança legal que abriria a porta ao terceiro mandato é mais bem digerida do que nas demais regiões: 58% rejeitam a idéia e 38% a apóiam. No Sudeste, 67% são contra; na região Sul, 73%.

Partidos

A pesquisa confirma o confronto PT versus PSDB. Entre os entrevistados cujo partido de preferência é o PT, 51% acham que Lula deve disputar pela terceira vez em 2010, contra 47% que discordam. Quando o partido preferido é o PSDB, o cenário é radicalmente alterado: 83% são contra e só 15% dariam esse aval a Lula.

As bicadas entre tucanos e petistas por conta do terceiro mandato suscitaram até partidos políticos a elaborar nota oficial contra a idéia. Os então presidentes do PSDB, Tasso Jereissati (CE), e do PT, Ricardo Berzoini (SP), a assinaram, assim como dirigentes do PMDB, DEM, PP, PSB, PC do B e PSC.

A discussão sobre o terceiro mandato quase azedou de vez a votação da prorrogação da CPMF no Senado. No início do mês passado, Lula chamou ao Planalto o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), que articulava a apresentação de emenda dando ao presidente da República autonomia para convocar plebiscitos, entre eles um sobre o terceiro mandato. "Minha proposta não tem nada a ver com terceiro mandato", disse Devanir após o encontro com Lula.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A preguiça dos descontentes e a oposição de controle remoto


Por Ucho Haddad (*)


Disse minha saudosa avó, certa vez, que no mundo existiam – e ainda existem – quatro assuntos indiscutíveis. A mulher ideal, o dentifrício preferido, o time de futebol do coração e política. Por ocasião de tal discurso, que confesso me soou absolutamente estranho, cheguei a pensar que se tratava de um impropério qualquer, mas o tempo passou e conclui que aquela velha senhora estava coberta de razão. A maturidade chegou e deixei de discutir tais temas, até porque o resultado sempre leva a um abismo conclusivo.


Há muito não sou abduzido por discussões políticas, pois a exemplo do que acontece com a seleção brasileira, o Brasil tem 190 milhões de técnicos de futebol e políticos com soluções inovadoras e definitivas. Sendo assim, prefiro passar por desentendido a mergulhar em um acalorado entrevero verbal sobre algo quase que sem solução. Mesmo assim, há dias aceitei a provocação de um conhecido, não para mostrar o que o exercício do jornalismo político me evidencia, mas apenas para medir o grau de comprometimento dos descontentes na busca de uma solução político-administrativa para o País. Se é que existe algum grau de comprometimento.


Quando a esquerda tupiniquim desembarcou no cenário político nacional depois da anunciada redemocratização do País – digo anunciada porque nos domínios verde-louros jamais existiu democracia – o direitismo burro e autoritário imaginou ser aquele movimento nada mais que um devaneio de um grupelho de idealistas, que tinha na outrora soviética Moscou o modelo ideal de vida política. E deu no que deu. Tem ladrão de banco dando ordem e seqüestrador posando de poderoso, sem contar os alcagüetes que exalam inocência.


O tempo passou, e a cubanização do Brasil caminha a passos não tão largos, como ocorre na Venezuela, porém contínuos. Quem analisa separadamente as ações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e, na seqüência, os reúne sob a ótica político-ideológica, logo percebe que está em marcha um processo de autoritarismo socialista, que tem na distribuição equânime da miséria o seu cardápio principal. Enquanto esse processo é instalado de maneira silenciosa, os comandantes desse projeto criminoso de poder se entopem de dinheiro, como se o mundo fosse terminar amanhã.


Tomando o mensalão como ápice da corrupção do governo Lula da Silva, é preciso compreender que esse esquema indecoroso de cooptação de parlamentares, que passou pelas mãos do publicitário (sic) Marcos Valério, tinha, sim, o aval dos inquilinos Palácio do Planalto, a começar pelo principal de seus ocupantes. Admitir à opinião pública o conhecimento de tão lamacenta operação seria não apenas o fim de uma carreira política, mas o sepultamento de um projeto de perpetuação no poder.


Muito burramente, os anti-Lula, que jamais tiraram o “derrière” da cadeira para qualquer coisa, continuam acreditando que o mensalão foi a estocada derradeira contra a turma que adotou a bandeira do socialismo como escudo para a roubalheira que se pratica nos escaninhos oficiais do poder. Cabisbaixos por conta de uma suposta vergonha advinda do envolvimento no mensalão, os aduladores do presidente-metalúrgico simplesmente gargalham nos bastidores, pois a sanha do eleitorado oposicionista foi facilmente neutralizada pela armadilha rouge instalada no meio desse lamacento caminho.


Enquanto os acomodados críticos do governo Lula crêem no desmonte do Partido dos Trabalhadores, os petistas continuam agindo de maneira impressionantemente contínua. Com uma estrutura profissional e militar, o PT tem na sua militância hierárquica uma de suas mais eficientes armas para a conquista definitiva do Estado. De suicidas cibernéticos, que açoitam de maneira chula os críticos do governo de Luiz Inácio, a graúdos que fazem da intimidade com o poder uma espécie de cornucópia dourada, o PT vai muito bem obrigado. E agradece àqueles que pensam que não.


Se por um lado a imprensa carece de manchetes cada vez mais escandalosas, por outro a sociedade, acomodada e impotente, esfrega as mãos a cada novo escândalo que surge no cenário político nacional, não sem antes deixar escorrer a saliva venenosa da desforra. Quem anda pelo Brasil percebe a vontade quase animalesca do eleitor de querer fazer de Renan Calheiros uma espécie de boi de piranha dessa evidente crise institucional, instalada homeopaticamente como parte de um plano traçado com a devida e maquiavélica antecipação. O que não significa em nenhum momento que o alagoano Renan seja candidato a querubim.


Com um Congresso bicameral, ao Palácio do Planalto restaram duas opções distintas, porém simultâneas. A primeira delas, mais cara e fácil, foi cooptar, ao custo de cargos de segundo escalão e liberação de emendas, os parlamentares da Câmara, o que permitiu à horda palaciana ali instalar uma espécie de rolo compressor virtual, que entra em ação todas as vezes que está em votação uma matéria de interesse do governo federal. Do outro lado do Congresso, no Senado Federal, a estratégia foi a mesma adotada nos golpes que fazem com que a ditadura substitua a democracia. Ou seja, o achincalhe do Poder Legislativo como justificativa de manipulação do Congresso ou, até mesmo, o seu imediato fechamento. E pesquisas de opinião já apontam para tão preocupante quadro.


A crise advinda do escândalo Renan Calheiros interessava ao Palácio do Planalto, mas o imbróglio durou além do esperado. Para contornar o inusitado, Lula, que disse ser a tal crise de responsabilidade do Senado, entrou em cena para ejetar do cargo de presidente da Casa o aliado Renan Calheiros. Agora, com Renan fora do páreo e com a desculpa de que sua volta à presidência do Senado comprometerá o andamento dos trabalhos legislativos, o Planalto oferecerá o alagoano aos leões da política botocuda.


Por mais culpado que seja Renan Calheiros – e tudo o que aí está não deixa dúvidas – sua permanência na presidência do Senado era ao mesmo tempo um empecilho político e uma espécie de tábua de salvação para um povo que está caminhando na direção de uma ditadura socialista. Claro e cristalino está que aquilo que foi combinado com Renan não será cumprido, e isso certamente gerará uma crise institucional sem precedentes, pois quem bem conhece Alagoas sabe que os nativos de lá normalmente caem atirando. Pode até ser que Renan Calheiros caia e espere um pouco para dar o troco, mas é certo que um contra-ataque virá mais cedo ou mais tarde. E aí sim o Brasil estará no fio da navalha, pois ou Renan atira na direção do Palácio do Planalto, ou acaba de arruinar a nesga de moralidade que ainda resta no Senado. Caso prevaleça a segunda opção, o caminho estará livre para o presidente-metalúrgico tentar um terceiro mandato.


Acostumada a discursos oportunistas, que não passam de uma mambembe discussão de quintal de periferia, a oposição brasileira jamais foi tão pífia e incompetente. Um país que sonha em ser uma grande nação, sem abandonar a democracia, carece de oposição republicana. E não desse bate-boca chicaneiro que tem tomado conta dos plenários da Câmara e do Senado. Acostumado com o status de situação, o oposicionismo atual tem demonstrado fraqueza política até mesmo para contestar o que lhe impõe o Palácio do Planalto. Mesmo assim, os fúteis e inflamados discursos oposicionistas têm levado os críticos de Lula da Silva ao delírio, como se o presidente desse alguma importância ao que asperge das tribunas do Congresso.


O fato é que já não se faz mais oposicionista como à época do impeachment de Fernando Collor. Os descontentes atuais, os anti-Lula, querem uma revolução imediata e sem esforço algum. Acreditam que podem defenestrar Lula do poder através da internet ou, então, com conversas ufanistas em restaurantes caros e elegantes nas mais importantes cidades brasileiras. Falam de boca cheia que o PT esfarelou, embalados por goles milionários de champanhe francês ou uísque escocês. Na primeira manifestação anti-Lula que surge, por obra e graça de algum abnegado, deixam de comparecer ao evento sob a desculpa de que têm coisas pessoais para cuidar. Se a oposição de hoje jamais soube o significado de seu papel, a porção descontente do eleitorado é acomodada e foi tomada pela síndrome de Aladim.


E não será novidade se no dia da morte de Fidel Castro seja decretado feriado nacional em nossa querida e bagunçada Botocundia. Até porque, gênio e preguiçoso é o que não falta por aqui.


(*) Ucho Haddad, 48, é jornalista investigativo, colunista político, poeta e escritor. Editor do www.ucho.info, é articulista do site do jornalista esportivo Wanderley Nogueira (www.wanderleynogueira.com.br), do Inforel (www.inforel.org) e da Gazeta do Oeste (http://gazetaoeste.com.br)

domingo, 23 de setembro de 2007

Pergunte sempre: A quem interessa?



Por Jorge Serrão

Qual o real interesse da cúpula das Organizações Globo – representada pelo jornalista Ali Kamel - em comprar uma briga contra os livros didáticos, adotados pelo MEC, que teriam tendência esquerdista? Será que a máquina global teve um surto de defesa do pensamento conservador, ora em desvantagem contra o realismo canhoto? Ou será que a Editora Globo está querendo atacar a concorrência editorial para fazer com que as escolas e os professores adotem os livros por ela produzidos, que seriam melhores e sem ideologias?

Ali Kamel baixou a marreta, especificamente, em um livro da editora Nova Geração: “Nova História Crítica”, escrito pelo professor de história Mário Schmidt, lá da cidade de Niterói. O Livro foi classificado por um outro editorial de O Globo como "lixo ideológico que submete estudantes a lavagem cerebral". Nenhum dos produtos das organizações Globo – e de suas congêneres – também fazem isto? Responder a tais questões é fundamental para entender bem a história da polêmica instaurada.

A versão de Ali Kamel e de O Globo sobre o livro vem sendo requentada e reproduzida por vários jornais do País e por muitos articulistas respeitados. O problema é que nem todos tomaram o devido cuidado de ler o livro didático criticado, antes de xerografar (como verdade absoluta) o que foi proclamado como verdade pelo dirigente da Rede Globo. Escrita em linguagem para jovens, bem coloquial, a obra atacada traz opiniões polêmicas do autor sobre personagens da nossa história – tradicionalmente vendidos como “ídolos” ou “heróis”. Leia: O livro didático que a Globo quer proibir

O conteúdo da obra do Mário Schmidt (que é um anti-academicista) vai gerar mil anos de polêmica. Aliás, qualquer livro de história tem de fazer isto. É preciso deixar bem claro que o problema não é conteúdo ideológico do livro. Mas sim a leitura que se vai fazer dele – sobretudo em uma sociedade ignorante como a nossa, na qual a classe de maior poder aquisitivo e escolaridade também é avessa a leituras. Por isso, é perda de tempo condenar o livro por seu conteúdo ideológico. É igual ao corno que taca pela janela o sofá da sala (onde a mulher o traiu).

No Brasil, a influência ideológica é evidente na historiografia. E varia conforme as simpatias ideocráticas do poder vigente. A tendência do livro de história é refletir o modo de pensar em vigor no momento histórico. A moda pós-64 é o pensamento da esquerda, que vence, por enquanto, a batalha ideocrática contra a linha anti-comunista. Durante o Estado Novo, os livros de história refletiam a simpatia do regime daquela época pelo fascismo-nazismo-integralismo. O papel impresso aceita tudo.

Em resumo: a história é contada de acordo com os interesses de plantão e conforme as visões em moda numa determinada época. Sempre foi assim. Geralmente, valem as versões, e nem sempre os fatos. Os regimes autoritários ou a caminho do totalitarismo adoram promover a lavagem cerebral dos jovens, sobretudo a partir do ambiente da escola. Fabricam as versões da história conforme lhes convêm. A tentativa de doutrinação – quase sempre eficiente – é feita com as ideologias que interessam aos eventuais poderosos de plantão.

Quem tem a ilusão de que vai encontrar a verdade histórica lendo um único livro pode se mudar lá para Taubaté, para a morar com a famosa velhinha crédula. Aliás, o brasileiro peca por não ler. Nossas oligarquias letradas pecam, mais ainda, por lerem, mas não terem capacidade de entender o que leram. Analisam tudo com mecanismos e conceitos equivocados ou distantes da realidade. Nossas “zelites” são ignorantes na compreensão histórica. Raciocinam com o intestino – e não com o cérebro. Exatamente por isso repetem tanta escatologia histórica. E ainda acham que tem razão...

Eis por que o Brasil não aprende com seus próprios erros históricos. Outro fato grave é a mania que a pretensa intelectualidade brasileira tem de adotar “idéias e ideologias completamente fora do lugar”. Por aqui, se um conceito mal explicado virou moda na Europa ou nos Estados Unidos, logo os gênios tentam aplicá-lo aqui, para “explicar” a realidade brasileira. O resultado disto é digno de puxar a descarga da Zelite (aquele famoso vaso sanitário). O fenômeno da adoção das ideologias (fora do lugar) por aqui é bem ilustrativo.

Ideologia é "um conjunto de idéias, pensamentos, doutrinas e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas". As ideologias servem como mecanismos políticos de dominação, manipulação e controle das massas, através da padronização e simplificação das idéias. As ideologias podem ser boas ou ruins – como bem ensinou o comunista e revolucionário italiano Antônio Gramsci. Um sujeito muito citado, mas realmente pouco estudado por seus áulicos da chamada esquerda ou por seus inimigos mortais da chamada direita.

O problema é que o emprego de uma ideologia tem a capacidade de criar uma “falsa consciência” sobre a realidade, numa ação psicossocial que visa a reforçar e perpetuar a dominação, o controle e a manipulação. Quando isto acontece, as ideologias se transformam em ideocracias. O conceito é academicamente inédito. Ideocracias são os modelos ideológicos aplicados na prática para a conquista e manutenção do poder.

As ideocracias atuam sobre a “vida” e a mente dos seres organizados socialmente. As ideocracias querem o poder. O discurso ideocrático é retórico. Aposta suas fichas na persuasão. É voltado para uma ação pragmática. Entendido tal conceito, o conflito esquerda-direita se reduz a uma imperdoável perda de tempo mental. Torna-se papo de otário. Os brasileiros deveriam estudar mais. Ler e compreender aquilo que está lendo. Usando conceitos e mecanismos corretos. Do contrário, vira escravo das ideocracias de plantão ou na moda.

O filósofo Olavo de Carvalho deu uma aula sobre o assunto e fez uma importante advertência aos incautos mal letrados da nossa pseudo intelectualidade, no artigo “A ideologia da anti-ideologia” (no Diário do Comércio em 10/09/2007): “O mal não está na mera existência do pensamento ideológico, nem mesmo na sua onipresença na vida social. O mal aparece quando as esferas de atividade que deveriam ser orientadas por formas de pensamento mais exigentes e mais voltadas à descoberta da verdade se deixam infectar de ideologismo, como acontece, no Brasil, com a quase totalidade do que se produz sob o rótulo de “ciências sociais”. Mas a adesão mesma de tantos acadêmicos e consultores empresariais ao pragmatismo supra-ideológico é um sintoma desse mal”.

As ideologias existem. Sempre vão existir. Um mundo sem ideocracias seria um mundo sem política. Tal mundo não existe – e não ser na cabeça de imbecis mal intencionados politicamente. Cada um tem a liberdade de abraçar a ideologia ou ideocracia que achar mais conveniente. Todos têm o direito de defender sua linha de pensamento, sem ser reprimido ou perseguido por isto. O sujeito só precisa saber dos perigos objetivos deste abraço e desta defesa ideocrática. Até porque o mundo é cruel com os ignorantes.

O Brasil não pode mais perder tempo com batalhas ideológicas de Itararé. Tais disputas só provocam mais ódios. Só geram mais divisões artificiais. Apaixonados pelas ideologias, os sujeitos sociais deixam de pensar no interesse maior do Brasil e dos brasileiros. Passam a agir igual aos fanáticos e vândalos torcedores de times de futebol.

O comportamento de brigar pela ideologia – tal como um torcedor aloprado – só desvia os brasileiros do foco. O alvo seria cuidar da nossa Nação e, principalmente, do nosso povo. Mas, como perdemos o foco com ódios fora do lugar, os reais controladores do Brasil se aproveitam de nossa eterna divisão para nos manter artificialmente na miséria. A Oligarquia Financeira Transnacional se locupleta com a nossa ignorância.

A linha editorial do Alerta Total vai sempre lembrar repetir: Temos a opção de deixar as briguinhas ideocráticas de lado e pensar um projeto nacional para o Brasil. As auto-proclamadas esquerdas e direitas nunca fizeram isto. Os radicalóides extremistas de ambos os lados detestam pensar o mundo real do País. Eles preferem as soluções autoritárias e centralizadoras do Estado – que só agravam nossos problemas. Afinal, somos uma sociedade inventada por um Estado – e não o contrário.

A linha editorial do Alerta Total vai ressaltar até a assimilação desta necessidade pelo mais turrão leitor: O Brasil precisa de um projeto nacional com base na construção da Democracia – coisa que nunca tivemos por aqui, em 507 anos de Brasil. O conceito é bem simples: Democracia é a prática da segurança do Direito, através do exercício da razão pública, que é a cidadania em ação. Sem antes cuidarmos disto, qualquer discussão ideocrática é mera babaquice.

O fundamental na construção democrática é sempre questionar: a quem interessa tal ideologia ou ideocracia de plantão? A quem interessa tal versão dos fatos? Assim deve agir o jornalismo estratégico e inteligente. A pergunta é a chave para os mistérios da caixa preta da história. Quem não pergunta perde o bonde (ou jato) da história. Afinal, vivemos no mundo pontocom, onde tudo passa rapidinho. Perguntar só ofende aos bandidos da história. Mas eles acabam sempre desmascarados quando tentam omitir a resposta.

Por isso, perguntemos, questionemos, duvidemos sempre. Provocar os idiotas, os poderosos de plantão e os netos da puta é uma ação fundamental para a evolução sadia e livre da história.

Jorge Serrão, jornalista radialista e publicitário, é Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. http://alertatotal.blogspot.com e http://podcast.br.inter.net/podcast/alertatotal

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

CRISE MORAL


por Márcio Coimbra, de Viena

Chega a ser curioso entender como ocorre a manutenção de Lula no poder, especialmente frente a tantas denúncias de corrupção, uma profunda incompetência administrativa e inclusive deboches de membros de seu governo em relação ao povo. Entretanto, se analisarmos com atenção, perceberemos que os arquitetos políticos do petismo entenderam há muito tempo como operar os instrumentos de conservação do poder e aqui reside um ponto muito perigoso que ainda não foi percebido com a devida atenção.

A política brasileira chegou a seu nível mais baixo durante o governo Lula. No Brasil, onde há muito a política deixou de ser um embate de idéias e projetos, recentemente se tornou uma simples disputa de poder que reveste um balcão de negócios. A política nacional possui um modo de operação próprio, com leis não escritas. O círculo mais próximo do presidente Lula sempre entendeu esta sistemática. O petismo sempre soube navegar na águas da política brasileira, muito mais do que se imagina. Para isso criou uma rede de atração de movimentos ditos sociais, sindicatos, ONGs e outros partidos sob um forte e determinado comando central, com o objetivo de mobilizar, pressionar, colocar pessoas nas ruas e apresentar uma face popular, vendendo de forma convincente a bandeira da ética. Quando este grupo soube tocar a classe média, se instalou no poder. Acomodou os sindicatos e demais movimentos em suas hostes criando mecanismos formais de financiamento por intermédio do Estado.

Este mesmo grupo soube acomodar-se no poder. Se de um lado foi fácil alocar os colegas dos tais movimentos sociais em suas hostes e linhas de financiamento, o mesmo foi realizado com muitos dos grandes grupos empresariais do País, cooptados por favores, benesses e reservas de mercado.

Fechado o sistema em suas duas pontas, somente faltava amarrar uma delas, o poder político. Muitos dos que serviram FHC, agora servem a Lula, sem qualquer constrangimento moral ou ético. Isto não acontece por qualquer sentimento de dever cívico, mas pela sede de poder e as facilidades que o mesmo proporciona. No Congresso Nacional a cooptação política ocorreu inchando o número de ministérios, multiplicando os gastos e garantindo uma sustentação confortável para o governo no Parlamento. Todo este processo ainda alimentado por pagamentos periódicos em dinheiro para partidos e congressistas, o chamado mensalão. Fechado o círculo, o sistema passou a se auto-proteger e nem o mais grave escândalo consegue penetrá-lo. Neste ponto surge um problema também de ordem moral.

Bolsa família aos pobres, financiamento formal do Estado aos tais movimentos sociais, reserva de mercado e subsídios aos grandes empresários amigos, lucros recordes aos bancos e divisão de cargos com políticos. Esta é a equação da manutenção do governo Lula no poder.

Fernando Henrique entendia o funcionamento do sistema, entretanto, realizou um blindagem em setores estratégicos de seu governo, barganhando espaços em outras áreas. Collor, ao contrário, entrou em choque com todas as pontas do mecanismo de sustentação e aí está a verdadeira causa de sua queda. Assim como o caso que politicamente derrubou Collor, existiram muitos outros, piores, mais profundos e vergonhosos nos governos de FHC e Lula. A diferença é saber quanto um Presidente está disposto a entregar de sua integridade e do País para se manter no poder. Uns chamam isto de inteligência política, outros de falta de honradez.

A face mais perigosa do governo Lula está em três aspectos neste momento. A falta de competência administrativa está mais evidente, já que este é um governo dividido entre amigos sem competência e políticos sem escrúpulos, uma combinação macabra, que somente no setor aéreo já é responsável por mais de 350 mortes em apenas 10 meses. Outro aspecto é a ameaça institucional. Quando o Presidente adverte que ninguém consegue colocar mais pessoas na rua do que ele, temos um problema. A rede criada pelo petismo e alimentada com dinheiro público é o instrumento que ele menciona e a radicalização pode levar o Brasil a repetir a experiência recente da Venezuela. A senha foi dada quando Lula ameaçou: "o que vem depois da democracia é muito pior". O terceiro aspecto está na falta de capacidade aparente de reação, já que o petismo cooptou desde a redemocratização, e principalmente agora, o monopólio do protesto, sob sua influência e financiamento.

A convivência com as cotidianas denúncias de corrupção e deboches infelizmente já fazem parte da vida do brasileiro. Nunca antes pessoas que exercem cargos de tamanha relevância zombaram tanto do povo com tanta certeza da impunidade. A excessiva tolerância da população frente ao que ocorre no País fragiliza as instituições democráticas, além da nossa dignidade como povo. O Brasil vive uma crise moral, desde que passou a associar democracia com passividade e liberdade com esculhambação e impunidade. Infelizmente não possuímos um poder político oposicionista real, especialmente líderes com visão estratégica e práticas sólidas e coesas. Poucos são os sérios e determinados. Somente a classe média, maior vítima do petismo, mostra sinais de reação. É talvez o último aceno de esperança, já que não consigo imaginar onde, depois disso, será encontrado qualquer vestígio da reserva moral de nossa nação.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

CLASSE MÉDIA TOMA AS RUAS E QUEBRA A HEGEMONIA PETISTA


por Aluízio Amorim


Embora muitos jornais e jornalistas tenham minimizado o movimento que culminou com a passeata "Grande Vaia", procurando imputar-lhe o ímpeto golpista, constatou-se exatamente o contrário, dada à civilidade com a qual se comportaram os manifestantes e sua profissão de fé democrática. A maioria dos mais importantes diários calculou que em Curitiba havia apenas 50 gatos pingados na passeata. Tomo o ato em Curitiba como exemplo de um fato que não foi reportado com acurácia pela mídia. Mas hoje, com a internet e a popularização do YouTube, o site que hospeda vídeos, não adianta mentir e muito menos brigar com os fatos, porque depois aparece lá naquele site um vídeo comprovando o contrário do que foi noticiado. E foi isto que se verificou com relação à Grande Vaia que aconteceu na capital paranaense. Não sei quantas pessoas estiveram presentes, mas seguramente tinha muito mais do que 50 manifestantes. (Procure no YouTube "Passeata em Curitiba).


Uma das oradoras desse ato cívico, como se vê nesse vídeo, tem razão. Os grandes movimentos sociais legítimos começam com pouca gente e sempre correm por fora dos partidos políticos, sindicatos e outras organizações institucionalizadas. O que ocorreu em 10 capitais brasileiras simultaneamente no último dia 4 pode ser o início de um grande movimento. Deve-se ressaltar que essa movimentação foi organizada a partir de comunidades do Orkut, na internet!Quando essa manifestante discursa deixa transparecer que se sente órfã de quem lhe defenda. Na verdade ela está simplesmente apresentando a dura realidade vivida pela classe média. Esta mesma classe média que ajudou Lula e o PT a chegarem ao poder. Hoje esse extrato importantíssimo da sociedade brasileira não tem mais representação política. Foi abandonado pelos governantes e também pelos parlamentares, que se curvam ao poder petista e são por ele pautados.


Tal fato transformou a cultura do "pobrismo" no único projeto de Brasil, sem falar na deletéria dominância da pregação politicamente correta que invoca os direitos humanos para os mais abjetos bandoleiros. Ao tentar esmagar a classe média, o petismo está liquidando com a nação brasileira. Já disse aqui que os países mais desenvolvidos do mundo têm uma classe média que chega a 90 por cento do total de sua população. Ou seja, não têm pobres e muito menos miseráveis.Em que pese todas as mazelas vividas historicamente pela Nação brasileira, o fato é que de uma forma ou de outra, aos trancos e barrancos, houve um processo de modernização e o conseqüente crescimento da classe média e de uma massa crítica que, longe de postular o golpismo, reafirma sua crença nos valores democráticos, demandando a liberdade, o Estado de Direito e o fim da impunidade.Enquanto a "Grande Vaia" mobilizada por aguerridos "orkuteiros" tem o seu viés "undergroud", o Movimento Cívico pelo Direito do Brasileiros, já consagrado como "Cansei", e se desenvolvendo num âmbito mais ordenado, já que foi lançado com a chancela da OAB paulista, mostra também a sua força. O Estadão desta quarta-feira veiculou uma matéria anunciando que o "Cansei!" já programou para o dia 17 deste mês, mais uma manifestação, desta feita na Catedral da Sé, no centro da capital paulista. Aduz a esta informação o fato de que o movimento começa a expandir-se e já ganhou a adesão dos juristas Miguel Reali Jr. E Yves Gandra Martins.


Na classe artística, Irene Ravache, Beatriz Segall e Tom Cavalcanti também aderiram. Hebe Camargo foi a primeira a incorporar-se ao "Cansei!". Outra artista muito popular a aderir é a cantora Ivete Sangalo que poderá ir ao ato em São Paulo ou a Porto Alegre, onde o movimento marcou outra manifestação no Aeroporto Salgado Filho. Ambos os eventos acontecerão simultaneamente a partir das 12h30, com cerimônia ecumênica, o minuto de silencio em solidariedade aos familiares dos 199 mortos na tragédia de Congonhas, seguido do Hino Nacional Brasileiro.Outros importantes segmentos vão se somando ao "Cansei!", como os maçons do Grande Oriente Paulista enviaram ofício ao presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, comunicando que também estão aderindo.De repente a sociedade brasileira acordou? Parece que sim. E, ainda que esses movimentos sejam por enquanto pequenos estão a indicar claramente que deverão crescer.


É isso que atormenta Lula e o PT e que desencadeia uma série de comportamentos típicos dos fascistas que reivindicam a propriedade das ruas para os seus atos truculentos perpetrados pelos vândalos da CUT, MST e outras falanges de desordeiros financiados com dinheiro público. Numa outra ponta, deixa perplexos os partidos e líderes oposicionistas que se sentem atravancados pela organização autônoma da classe média brasileira, a qual passou a exercer, à revelia dos partidos que deveriam representá-la, a plena cidadania.Isto tudo está acontecendo porque o Brasil encontra-se numa encruzilhada: ou toma o caminho da democracia, da liberdade e do desenvolvimento econômico, ou marcha junto com o populismo anacrônico que sempre faz a festa daqueles que usam o poder do Estado para se locupletar e nele se perpetuar. Por isso mesmo, em boa hora a classe média decidiu retomar as ruas e impor o necessário equilíbrio no jogo político, como convém a uma Nação cujos postulados democráticos estão inscritos na Constituição do Estado.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

A OPOSIÇÃO, AS PESQUISAS E A OPINIÃO PÚBLICA


por Paulo Moura, cientista político


Quatro indicadores políticos importantes emergem da conjuntura, sugerindo a possibilidade latente de alteração do quadro de letargia que se abateu sobre a sociedade brasileira após a reeleição de Lula: a vaia contra Lula no Maracanã; a reação de Lula e seus discípulos a esta vaia; o surgimento de mobilizações de rua contestando o governo; e, os números da pesquisa Datafolha revelando perda de popularidade de Lula entre segmentos de classe média e dos grandes centros urbanos do país.Por quê esses indicadores são importantes?Porque, quando 90 mil pessoas vaiam Lula de forma contínua a ponto de impedi-lo de falar numa cerimônia sem contornos políticos com era a abertura do PAN 2007, isso expressa um sentimento coletivo e espontâneo de rejeição ao presidente.


O fato se reveste de maior significado político, especialmente por ter ocorrido no Rio de Janeiro, estado no qual o então candidato Lula obteve expressiva votação na última eleição presidencial.Lula e o PT sabem disso, tanto é que reagiram ao fato de forma articulada. Ninguém dispõe de mais pesquisas de opinião quantitativas e qualitativas, periódica e regularmente feitas para subsidiar as estratégias de marketing pessoal de Lula e de marketing governamental, do que o Palácio do Planalto. Logo, se o PT sentiu necessidade de carimbar os 90 mil vaiadores de Lula no Maracanã de elitistas e o movimento "Cansei", de golpista, é por saberem que pode estar emergindo uma onda de inversão da situação confortável que o petista desfruta nas pesquisas.


O fato de que essa mudança no clima de opinião, que tem origem na classe média dos pólos modernos do país, esteja ainda, restrito aos círculos de melhor renda e grau de instrução, ao contrário de ser um fator tranqüilizador para Lula, é razão para preocupação, pois é a partir desses círculos sociais que a onda de opinião pode se propagar para outras regiões e segmentos da sociedade.


O que é preciso para que isso se confirme?Duas coisas: mobilização organizada; e um vetor político nítido que galvanize o sentimento de rejeição ao descalabro lulista. Aqui mora o perigo. Por quê?Porque a oposição ao lulismo e ao petismo, na sociedade e nos partidos adversários do PT, não têm instrumentos de organização adequados à tarefa e nem experiência de luta política de oposição para produzir o resultado necessário à corrosão do poder dos corruptos e incompetentes que nos governam.


Boa parte da classe média se compõe de profissionais liberais, pequenos empresários e dirigentes de organizações privadas, que, não obstante a indignação com o descalabro governamental, têm mais o que fazer do que gastar tempo com política. Ou seja, para essa gente estar começando a se mobilizar, é porque a indignação levou-os a crer que agir tornou-se um imperativo de sobrevivência para si mesmos e as gerações futuras. O petismo, que já tinha os sindicatos e o MST como exército remunerado e a serviço de seus objetivos políticos, agora detém o poder de governo com toso os seus recursos e prerrogativas, sustenta uma rede de ONGs e um exército de funcionários de confiança a soldo do Estado, pagos com nossos impostos, para enfrentar adversários desorganizados e inexperientes.Boa parte da "timidez" dos partidos de oposição tem origem no fato de que os adversários do petismo no sistema partidário só sabem fazer política tento o poder de governo na mão, e, quando na oposição, acham que basta discursar na tribuna do parlamento e dar entrevistas à mídia para virar o jogo a seu favor. Não bastasse isso, essa oposição partidária está de rabo preso pelo petismo. Seja porque o PT pegou suas falcatruas do tempo em que eram base de FHC, seja porque posam de oposição na mídia, mas estão comprados por favores do governo, obtidos por baixo dos panos em troca de delicadeza na contestação. Basta ver como aceitam a prorrogação da CPMF e conduzem-se na tramitação dos interesses de Lula no parlamento para comprovar isso.Para esse insipiente sentimento anti-Lula, que surgiu na sociedade após o acidente da TAM, superar as limitações impostas pela dificuldade de organização e a falta de experiência política, seria preciso juntar muita indignação, com organização, mobilização e senso estratégico.


As entidades empresariais deveriam sair da linha de frente para evitar oferecer estribo ao carimbo petista de movimento elitista e golpista contra Lula. A palavra de ordem eficaz para corroer o poder petista é FORA LULA! Todos os porta-vozes desse movimento nacional (?) e os políticos dos partidos de oposição, ao darem entrevistas na mídia sobre quaisquer temas geradores de desgaste para o governo, devem unificar o discurso, organizando as falas dirigidas contra um alvo só: Lula!As causas do acidente da TAM são várias, mas o culpado número um é Lula e sua turma de incompetentes, no ministério, na Infraero e na ANAC. Vazar o conteúdo da caixa preta do Airbus foi um erro, pois contribuiu para a estratégia do governo de dispersar a percepção da opinião pública em torno de uma profusão de causas hipotéticas e não comprovadas, possibilitando a construção da versão de que houve falha do piloto ou problema técnico no avião.


O problema de fundo é a incompetência de Lula. Foi Lula quem nomeou incompetentes e corruptos para gerir o sistema aéreo nacional. Foi Lula quem deixou a Varig quebrar. É Lula quem, mesmo diante de dez meses de caos aéreo, esperou a morte de mais 200 pessoas para, dizer, outra vez, que não sabia que o problema era tão grave e, somente então, demitir seus apaniguados. Foi Lula que acariciou os sargentos controladores amotinados e desautorizou o comandante da Aeronáutica que iria puni-los como manda a Lei. Isso não isenta as companhias aéreas de cumplicidade no assassinato dos passageiros dos acidentes da GOL e da TAM. Mas, uma oposição digna desse nome deve mirar no culpado número um. O centro do alvo é Lula. Logo, FORA LULA!Por imposição da agenda política de 2008, todos os partidos precisam mobilizar suas máquinas eleitorais no próximo período. Se o clima de opinião dominante no país for adverso ao petismo, a oposição sairá das urnas fortalecida. Além disso, as disputas locais introduzem elementos desagregadores nas relações entre os partidos que sustentam Lula no plano federal.Lembro que, ao longo de todo o reinado de Lula, o único momento em que o petista ficou com sua estatura política perante a opinião pública do efetivo tamanho do petismo, foi quando atingiu apenas 29% de popularidade, em dezembro de 2005 segundo o Datafolha, no apogeu dos escândalos do mensalão e após seis meses de tiroteio constante contra o governo na mídia.


Nessa época Lula sangrou apoio inclusive junto a segmentos eleitorais de baixa renda; baixo grau de instrução e dos grotões. Mas, não esqueçamos que o tiroteio midiático do mensalão foi protagonizado por Roberto Jefferson, que sempre preservou Lula afirmando que ele não sabia de nada e que a culpa era só do PT. A oposição foi absolutamente incompetente, o tempo todo, especialmente ao recusar-se a cassar Lula mesmo diante da confissão de Duda Mendonça de que havia sido pago no exterior pelos serviços de marketing eleitoral prestados a Lula em 2002, com dinheiro sem origem.


De lá para cá Lula consolidou a compra das classes populares com o bolsa esmola, empregou mais militantes no governo, liberou mais dinheiro para sua rede de sindicatos e ONGs, comprou o pedaço do PMDB que lhe faltava, permitiu o aumento do lucro dos bancos e usufrui os benefícios da estabilidade econômica e do aumento do poder de compra da população em função do Real valorizado, com o qual comprou o apoio eleitoral de parte da classe média no segundo turno de 2006, também. Portanto, não convém nutrir ilusões com um movimento cuja consigna é "Cansei" (logo; vou descansar).

domingo, 5 de agosto de 2007

Estou com nojo, agüentarei até o impeachment!


Por Marcos Matias (*)


Começo falando do nojo de viver num País onde um povo que, marcado como gado, se contenta em se iludir que tem um presidente que “é do povo”, quando na verdade esse indigno governa pros ricos e enche o bolso de banqueiros e quadrilheiros do seu partido o PT e como a imprensa vendida, carcomida pelos “jabás” do palácio do planalto, insiste em dizer: pros movimentos “sociais”, na verdade extensões do crime como MST, CAMPESINAS, CUT... Dentre outros. Estou com nojo...

...Vivo com nojo de ver a venezualização do meu País, onde uma oposição burra, covarde e cega, coloca o rabo entre as pernas tal qual vira-lata (perdão ao animal!) e deixa um analfabeto que se vangloria de não gostar de ler, que desde o inicio do seu fatídico desgoverno tem colocado descaradamente, irmãos contra irmãos (Pois, sendo pobre ou rico, somos todos Brasileiros)e agir livremente contra a democracia! Essa besta por enquanto triunfante, tripudia da família, das Leis, das Instituições que “jurou defender” e compra consciências (?) no Congresso, no Judiciário e na mídia, com recursos públicos dos pobres que ele jura defender! Daí, meu nojo aumenta. Vejo um estúpido mentiroso que quer fazer crer que tem sido o “melhor” “prisidenti” para os pobres, quando na verdade usa-os para atingir seus objetivos comunistas, fazendo mostrar a este mesmo pobre que seu problema maior é a “elite” que domina “estepaiz”. Tenho nojo deste governo que divide irmãos e deixa uma desocupada mulher gastar milhões com cartões corporativos da presidência, por ser a “mulher do prisidenti”.

Ah, meu nojo aumenta à medida que sei pelos dicionários que: ELITE É A “MELHOR PARTE DE UMA SOCIEDADE”, A NATA, OU SEJA, O QUE PRESTA, DA QUAL O POBRE TAMBÉM FAZ PARTE! Então, o que sobra é o que não presta, senão vejamos: O POVO (Pobre, classe média e ricos), produz, paga imposto e a “PARTE QUE NÃO PRESTA” é quem usa a “ELITE”, a parte boa do País, para se locupletar com essa produção. Ou esquecemos que o PT trouxe mensaleiros, sanguessugas, apagão aéreo, aparelhamento das empresas estatais para tirar dinheiro da ELITE e repassá-lo a parte podre da Nação, aos aloprados do presidente? Quem é a parte podre? À começar pelo próprio apedeuta que ocupa o palácio da corrupção, onde um reles assessor faz gestos obscenos e por estes gestos, deixa claro que a vida de 199 pessoas não significa nada, não provada a culpa do governo em tê-las matado! É isso, o pobre, a classe média e o rico que se... ”toc, toc”... O governo não matou aquelas vidas que eram da “ELITE”. Tenho nojo desse pornográfico assessor.

Mas, para qualquer “cérebro mediano” percebe-se que a estratégia do homem do toc, toc é dizer ao povo: Olha, bando de f...da...enquanto pagarmos a sua bolsa esmola, enquanto seu voto valer R$ 15, R$ 30 e até R$ 100,00, você não tem direito a vislumbrar um emprego digno, não lhes proveremos trabalho porque parasita que recebe benesses do governo não precisa trabalhar, vocês são a “nossa moeda corrente”, temos um projeto de poder e não de governo, e este projeto precisa de pobres, analfabetos como o nosso rei Lula, para dar certo. Eis o cruel e verdadeiro quadro do Brasil de hoje! A “esquerda” como metástase de um câncer devastador tomou a mídia, as Leis, as Instituições e matou o pensamento de crescimento, condenando a Nação a mais escancarada corrupção, a mais vil política de distribuição de renda, que divide irmãos, entre ricos e pobres, dando aos “pobres” apenas o peixe de “carne já passada” ou podre, ao invés de ensiná-los a pescar o próprio sustento com uma política de emprego e renda, o que possibilitaria aos pobres saírem da condição de moeda corrente de projeto de poder, para “donos de seus próprios destinos”, pelo PODER E A LIBERDADE QUE O TRABALHO PERMITE. Tenho nojo do PT.

Meu nojo aumenta na medida em que partidos ditos de oposição como PSDB, DEM e PPS, ficam com seus “líderes”, acuados, com medo de franquear ao povo a possibilidade de LIBERDADE de uma penca de corruptos que tomaram o poder pela mentira pregada durante mais de 25 anos. Hoje no poder de Brasília, junto com Lula estão pessoas cujo passado é marcado por terem sido terroristas, assaltantes, seqüestradores, como conta a história da senhora Dilma Roussef da casa civil e do senhor Franklim Martins da comunicação deste apedeuta. Não falaremos em Dirceu, do Genoíno, do Duda Mendonça, em Delúbio, Silvinho Land Rover, o Lulinha da Telemar e canal 21, daquela dançarina asquerosa do mensalão, dos “aloprados” do dossiê, do Berzoinev presidente do PT, que “não cora” em contar a mais “reles” mentira e conclamar as “classes” trabalhadoras para um “confronto” com a ELITE, em “favor” da democracia. Tenho nojo da esquerda deste País.

Aliás, o chefe, the boss, sua excelência já chamou a oposição para a briga: - "Se quiserem brincar com democracia, ninguém sabe colocar mais gente na rua do que eu". Só que o apedeuta como bom mentiroso não completa jamais o verdadeiro pensamento: O povo que ele se refere são os escravos do bolsa família? Não! É a ELITE que trabalha e paga impostos? Não! São os criminosos “movimentos sociais” já amplamente conhecidos, pagos com dinheiro do povo, DA ELITE QUE PRESTA. Neste “povo” do réu-eleito presidente, tem a ralé do crime organizado, dos sindicatos sanguessugas que não sobrevivem sem benesses estatais e contribuições compulsórias, das ONGs do crime que recebem dinheiro do governo e repassam parte deste dinheiro ao PT e seus aliados. São agitadores profissionais, criminosos da pior espécie e armados até os dentes, com a retórica socialista à La Fidel e Chaves, um lixo ideológico que só produz miséria e atraso como na própria Cuba, Ex-URSS e outras Nações que vivem ou viveram a desgraça comunista. Tenho nojo da ilusão comunista.

Tenho nojo do medo da ELITE. Todos podem ver claramente que o apedeuta foi acuado no Maracanã por mais de 90 mil vozes dizendo FORA LULA! Numa monumental vaia a ELITE, que se fazia de pobres, classe média e ricos, que viajaram ou não de avião, mas, o fato é que VAIARAM O FALSO “paidospóbris”, Pois, qualquer criatura sabe que PAI, É DEUS! O pobre Brasileiro não é filho de Lula, é criatura de DEUS! Sendo assim, essa usurpação vai acabar seu Lula! Você está com medo do povo sim, está se escondendo da ELITE, porque como integrante de outra elite, a criminosa, a que paga propina a deputado e senador, a que desvia dinheiro da Petrobrás e de tantas estatais Brasileiras para financiar aliados também igualmente criminosos! Você Lula, está caindo de podre! Você disse que tem moral, mas, não tem! Você governa para ricos e ao pobre esconde... Lula diz: - "Ricos ganharam dinheiro como ninguém no meu governo". Então, qual é a sua, mentiroso presidente? Meu nojo é extensivo a você.

- “Não tem geada, não tem terremoto, não tem cara feia. Não tem Congresso Nacional, não tem um Poder Judiciário. Só Deus será capaz de impedir que a gente faça este país ocupar o lugar de destaque que ele nunca deveria ter deixado de ocupar(Lula)." Parabéns, você quis fazer Deus de “sócio” dos aloprados, dos sanguessugas, do apagão aéreo, dos mensaleiros, dos corruptos do seu governo, do MST, da CUT, do “espetáculo do crescimento” da criminalidade, da “liberou geral” do aborto, das drogas, da falta de infra-estrutura, do apagão na saúde, na educação, do “botar a mão na merda” que alguns “artistas” da sua elite podre acham normal. Enfim, Lula, Deus não anda de mãos dadas com bandidos! Sua “aliança” foi rejeitada, embora alguns ditos desavisados que “pregam” o nome de Deus, tenham dado apoio ao opositor ou satanás, pensando estar “atendendo” à voz do “pai”. Foi assim no Éden, mas, o castigo advindo, todos sabem! Por isso, Lula, cuide-se! O tumor que está no seu governo começou a supurar e está fedendo demais, para qualquer um agüentar! Não é só a ELITE que não suporta mais tanta fedentina, nem você está suportando Lula, o fedor do seu governo é tão forte que você com vergonha está fugindo da ELITE, porque o seu tumor exposto, gera repulsa natural...Ouça as vaias! Você está liquidado! A esperança venceu o medo? A SENTENÇA É CONTRÁRIA: Com você e seu tumor fétido, o Brasil só supera o Haiti em crescimento econômico, pois, em CORRUPÇÃO, seu governo ganha de todos. Tenho nojo.

Ah, Lula! Relaxe e goze, durma com mais de 350 cadáveres de inocentes mortos pela ganância, pela falta de investimento em segurança aeroportuária, pelo embelezamento dos “sepulcros caiados” dos aeroportos, com seus nababescos shoppings, pagos a preço de sangue e corrupção. Sim, Lula, receba o “carinho” do “toc toc” do seu assessor em retribuição ao que você dá ao Brasil. Assista ao espetáculo do crescimento que resulta em acidentes aéreos jamais vistos, em intervalos iguais...é o preço do crescimento segundo o seu ministro da economia, não? Você também, Lula, é único em “queda de ministros” e, curioso é que como frutos podres de uma árvore má, caem “sozinhos”, pois, você não tem moral para demitir nenhum. São “companheiros” seus não é Lula? Tenho nojo do seu ministério.

Você é tão analfabeto Lula, que não aprendeu ainda, a lei do retorno: “O ex-presidente (Collor) falou ao Programa do Mução. Caracterizado pelo humor e pela irreverência, Mução rodou para Collor uma entrevista que Lula concedera em 1992, pouco depois do impeachment. Lula dissera na ocasião que tinha pena de Collor. Acusou-o de formar uma “quadrilha”, movido pela “ganância” e pela “vontade de roubar e praticar a corrupção”. Em resposta, Collor disse ter sido vítima de um “golpe parlamentar”, do qual teriam participado José Genoino e José Dirceu, hoje “enterrados até o pescoço no maior assalto aos cofres públicos já praticados nessa nação”. O ex-presidente citou ainda Luiz Gushiken, Antonio Palocci, Paulo Okamotto, Duda Mendonça, Jorge Mattoso e Fábio Luiz Lula da Silva, o filho do presidente. “Quadrilha quem montou foi ele”, disse, referindo-se a Lula. E aí, Lula? Quem é mais corrupto? Você ou a ELITE BRASILEIRA? É preciso que você diga, porque chegamos ao limite das responsabilidades! Você acusa, desafia e maltrata a ELITE, ou seja: O POVO. Somos todos nós, ladrões? Todo o povo Brasileiro é corrupto? Todo pai ou toda mãe brasileira ensina os filhos a roubar e deixar roubar, Lula? Mas, você dá mal exemplo: Você deixa roubar demais, Lula! Por isso as vaias vão crescer, por isso Rita Lee pediu a cinco mil e todos vaiaram você em recente show (Domingo, 5 de agosto de 2007) - Em show para 5 mil, Rita Lee puxa vaia a Lula). Viu Lula? O teu “cartaz” está desbotando! Quer um conselho? Não renuncie, não fuja das vaias, enfrente-as como homem, não fuja, Lula!!! Você mal fala português e só que viajar no “exterior” que você já disse que quem fala inglês é “metido a besta”? Não é estranho? Na verdade você fica fazendo turismo no “aero51 one”, pra fugir da ELITE, não é Lula? Tenho nojo.

Você não é um estadista, Lula. Está na hora da decisão: Ou o povo como um todo entende que você é um tumor maligno, que seu governo corrompe, persegue as vozes dissonantes, não é bom para nossa democracia e num arremedo de ditadorzinho latino americano como seu comparsa Chavez, desafia a ELITE que lhe encara como um corruptor, dizendo que botará mais gente nas ruas do que qualquer um! Então, eu lhe desafio em nome da ELITE, pois, se a Justiça que se cala, o MP que fecha os olhos para seus desvarios totalitários, o Congresso de deputados servis a causa de seus próprios bolsos, os senadores de oposição que lhe poupam em nome de uma complacência que você não teve com ninguém, ou esquecestes que você e o PT fundaram o “FORA ISSO, OU FORA AQUILO”? Eu contigo não tenho complacência alguma, não tenho condescendência com mentirosos, não sofro de amnésia, não me escondo de vaias, não sou seu amigo Lula, por um simples fato: Você não respeita meu povo, do qual faço parte e não sou rico, ando de avião, porque no passado um governo que você condenava, assentou os pilares da estabilidade com um plano chamado real, diferente do irreal que você vive. Tenho nojo da sua canalha econômica.

Seu antecessor falava vários idiomas, era cortês, sua esposa cuidava de projetos sociais(diferente da sua que é perdulária) e o PSDB criou o bolsa escola para alavancar a educação e promover renda aos pais que incentivavam seus filhos a se educarem, você Lula, inverteu a ordem, com o bolsa família (ou bolsa parasita, porque instiga aos que ainda se submetem a receber em longas filas nas lotéricas à não trabalharem porque o estado comunista-pai assim deseja para se perpetuarem no poder). Que vergonha presidente, esta não é a visão do pobre que quer dignidade através do emprego e não da esmola estatal. Você não estudou e se gaba disso, não fala um segundo idioma e também se gaba, “porque na sua visão é exibicionismo das elites”. Que cretino você é Lula. Tenho nojo da sua desfaçatez. O grande Luiz Gonzaga nordestino como você pensava diferente: “A esmola vicia ou escraviza o cidadão”. Você Lula, é exemplo para quem? Ou o pobre é tão imbecil (como você e sua claque supõe) que acha que será seu novo sucessor na presidência só por ser pobre? Você Lula, na verdade, está levando o País a divisão descarada de irmãos, em classes, que para seu projeto de poder precisam derramar sangue entre si, para “vencerem” uns aos outros. É a velha retórica do proletariado contra burgueses, ou a ELITE, O POVO QUE PRESTA. Tenho nojo de Marx, Lênim e outras bestas comunistas que você procura seguir.

Na verdade esse “proletariado” que você representa são os sindicatos por onde você andava e anda livremente, com um ponto em comum: Não gostam de trabalhar (você mesmo é aposentado por um simples dedo perdido), sãos os “senhores” das greves, você e CUT são a mesma coisa. Enquanto nas filas do INSS, muitos paraplégicos anseiam receber um salário mínimo de ajuda e não conseguem porque a BURGUESIA dos seus esquerdistas não permitem. Você Lula, já recebe duas aposentadorias: Uma por VADIAGEM POLÍTICA E OUTRA PELO DEDINHO PERDIDO! A sua “política” de saúde que você disse está a beira da perfeição, está matando o povo, A ELITE, pela dengue, pelo péssimo pagamento de honorários médicos, pela falta de leitos, medicamentos...Por que? Porque como a imprensa que você tenta calar, ora por pagamento de propina, ora por intimidação, o dinheiro público segue caminhos inversos aos seus destinos para por exemplo, pagar gordos salários aos aliados, como se vê pelo duelo sangrento de partidos de aluguel como PMDB e o seu próprio PT que quer o bolo todo sem dividir com ninguém, não é Lula? Renan Calheiros vai ficar calado quando cair de vez? Ele sabe demais não é, Lula? Claro, ele vai cair e ele sabe que por trás está o PT, com sua anuência, não é mesmo? Renan, cala não! Faz como o Jefferson, esse teve coragem e lucidez para derrubar o todo poderoso da casa civil, embora o crápula comunista controle boa parte do governo ainda, mas, CAIU do posto para a execração pública. Viva Roberto Jefferson! Renan, a globo e a veja estão te crucificando, não leva a carga da corrupção que eles te acusam sozinho, por um simples fato: Não há corrupto sem corruptor, neste caso o governo federal do PT. Lula, lembra que você disse que havia mais de 300 picaretas no Congresso e um deles à época, era você? Lula, tuas noites tem sido um terror não? Tuas olheiras denunciam o que a ELITE SABE: Tenho nojo, mas, até o impeachment eu agüento esperar.


* MARCOS MATIAS
Radialista/Músico

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

LADRAVAZES MENTIROSOS TENTAM DESARTICULAR A OPINIÃO PÚBLICA


por Aluízio Amorim


Não bastou o ato obsceno do Sargento Garcia, que, de dentro do Palácio do Planalto - que pertence ao povo brasileiro e não de meia dúzia de ladravazes - mandou a Nação tomar naquele lugar, tripudiando sobre os cadáveres do desastre de Congonhas. Agora os petralhas reuniram o partido lançando uma nota para tentar confundir a opinião pública, afirmando que a crescente onda de protestos e vaias contra Lula e seu governo decorre de manobra da oposição. Mentira! A Oposição continua na dela. Permanece praticamente calada. Os petistas podem se queixar de tudo, menos da oposição. É a mais borocoxô da história da República. O que querem os petistas? Que os jornais e televisões virem panfletos do PT? Querem que os donos dos veículos de comunicação desçam as calças? Silenciem? Que tenham medo de um bando de imorais que enlameiam a Nação, que atentam contra a liberdade de imprensa, que querem fechar a Rede Globo? Que querem criar conselho de jornalismo reeditando a DIP varguista? Que querem censurar os programas de televisão? Que pela incúria e aparelhamento do sistema aéreo promovem um apagão que conduziu ao maior desastre aéreo da história? Não passarão. Nem que a vaca tussa.


Ou vocês estão pensando que toda a população brasileira é composta de botocudos?Depois do episódio da tentativa de compra do dossiê fajuto na última eleição, quando altos quadros do PT foram flagrados com uma mala contendo R$ 1,750 mi, um crime eleitoral suficiente para cassar a candidatura de Lula, e a oposição não fez nada, não há o que o PT possa reclamar da oposição. Ela foi puro doce de coco, acovardou-se ante um bando de agitadores irresponsáveis que agora está promovendo o apagão do Brasil!Aliás, um dos maiores responsáveis pela ascensão do petismo ao poder é, em boa parte, o PSDB. Todo o movimento Fora Lula! acontece à revelia da oposição partidária e sem qualquer semelhança com a contumaz truculência dos braços armados do PT, tipo a CUT e o bando de arruaceiros do MST.


Aquilo que aconteceu em São Paulo – a tentativa de compra do dossiê fajuto -foi o maior crime eleitoral da história do Brasil. Até hoje não se sabe de onde surgiu aquela dinheirama toda. A oposição também silenciou complacente.Cabe acrescentar: vocês do PT pensam que isto aqui é a Bolívia ou a Venezuela? Estão enganados. Não. Não mesmo. Vocês provam com tudo o que estão fazendo que não aceitam o jogo democrático. Vocês são fascistas perversos. Vocês utilizam as instituições democráticas para golpeá-las sorrateiramente. Se há golpistas no Brasil são vocês!Mas tenham certeza de uma coisa: vocês não dobrarão o setor esclarecido, honesto e honrado da população brasileira que não admite que o Brasil seja cubanizado. O brado Fora Lula!, que já ecoa por todo o Brasil é um rotundo não a ditaduras de quaisquer matizes ideológicos. É uma profissão de fé democrática e, sobretudo, um louvor à liberdade, à decência, à ordem e à Justiça!

terça-feira, 31 de julho de 2007

ESCULHAMBAÇÃO ASSUMIDA

A canalhada que rí do povo, das instituições, das Leis...É a elite podre do crime comandado pelo presidente(?) e pelo PT.
por Ipojuca Pontes


"Vamos deixar como está para ver como é que fica" – Lula da Silva, repetindo o ditador VargasPor mais incrível que pareça, o governo Lula, nestes sete meses do seu segundo mandato consegue ser mais daninho do que em todo período anterior. Quando a nação estarrecida pensava, depois dos 307 escândalos ocorridos nos quatro anos passados, que o colossal repertório de crimes, falcatruas, extorsões, malversação, negligência, empreguismo e mentiras tinha se esgotado, ou pelo menos diminuído, eis que o mar de lama retorna em ondas revoltas – ou, se assim o quiserem, tempestuosas.


Os heróis oficiais do dia já não são os dirceus, waldomiros, delúbios, okamottos, valérios, dudas, beneditas, genoinos, severinos, gushikens, lulinhas, paloccis e os escroques da República de Ribeirão Preto (embora a maioria deles continue atuando a todo vapor sob o amparo do governo). Hoje, os guerreiros da temporada são os renans, ortizes, vavás, servos, zuanazzis, garcias, amorins, franklins, para não mencionar tantos outros que atuam nos bastidores, mas que, cedo ou tarde, quem sabe pelo clamor da opinião pública, ganharão os holofotes.Por sua vez, dado curioso, os escândalos agora já não atendem pelos nomes funcionais (e, até certo ponto, ecológicos) de "mensalão", "sanguessugas" ou "anaconda", todos rigorosamente impunes. Eles foram substituídos pelas apropriadas alcunhas de "operação furacão" ou "navalha" ou "xeque-mate" – nomes bem mais definidores deste segundo reinado de Lula, o Sindicalista que tudo renega saber.


Na atual temporada, o escândalo que abala a sociedade brasileira, o mais doloroso, é o do "apagão aéreo" de Congonhas, do qual o governo, querendo fugir à culpa, pode ser apontado como o responsável total e absoluto. Duvidam? Pois basta examinar, como dizem os comunistas, a "conjuntura": por uma vasta conjugação de erros que vão desde a manipulação sindical dos controladores aéreos, passando pela inação criminosa de ministros e funcionários incompetentes, todos nomeados a partir de critérios político-partidários, até a desastrosa atuação da Infraero - a empresa pública responsável pela administração dos principais aeroportos do país - tudo leva à ingerência obtusa do Planalto. Em meio à crise geral, que se avalia como uma assumida esculhambação, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cara-de-pau, diz que a tragédia aérea é a conseqüência natural do "espetáculo do crescimento". A ministra e sexóloga Suplicy, por sua vez, de forma leviana, afirma que a saída para as vítimas do apagão é "relaxar e gozar". Já o Brigadeiro-presidente da Infraero, José Carlos Pereira, como se fosse um observador alienígena, informa que a "malha aérea nacional foi para o espaço".


E o Sr. Milton Zuanazzi, diretor-presidente da Agência Nacional da Aviação Civil, ANAC, ligado à ministra Roussef, a despeito das duas centenas de corpos carbonizados, ganha, talvez pelo feito sinistro, a medalha de Honra ao Mérito concedida pela Força Aérea Brasileira (FAB). Por fim, diante do maior e mais trágico acidente da aviação brasileira, aparece o fugidio ocupante do Palácio do Planalto para advertir a nação indignada, em discurso tão inútil quanto demagógico, que reconhece as "dificuldades" do sistema aéreo, mas que não se pode "tomar atitudes precipitadas". O desvario do segundo mandato, no entanto, não fica por aí. Num país sufocado por CPMFs, PIS/Confins, ISS, Imposto de Renda e dezenas de outros tributos que asfixiam a sociedade produtiva, o governo a cada 60 dias anuncia sucessivas contratações de milhares de novos servidores, aparelhando o Estado por força de espúrios conchavos políticos. No mesmo diapasão, ciente e consciente da impunidade, o esquema lulo-petista, além de prodigalizar permissivos cartões de crédito sem controle ou fiscalização, para o uso da privilegiada nomenclatura palaciana, torra o dinheiro público em projetos mirabolantes, tipo transposição das águas do São Francisco, considerado por muitos como um "hidro-negócio" circunscrito aos interesses da politiquice, na linha das falimentares Parcerias público-privadas (PPPs) e dos fantasiosos programas de "aceleração do crescimento".


Para culminar a performance da avacalhação total, Marco Aurélio Garcia, o "quadro" palaciano de efetiva ligação entre Lula, Fidel Castro, Hugo Chávez e Evo Morales, ao tomar conhecimento da existência de anunciado problema mecânico no fatídico avião da TAM, partiu para a obscenidade pura e simples, mandando figurativamente todos os discordantes se "f ....em". Consciente da sua importância no esquema petista, o mentor palaciano, pressionada pela opinião pública, esboçou arrogante "pedido de desculpas", emenda que saiu pior do que o soneto e só fez reafirmar a típica insensibilidade do dirigente totalitário quando no exercício do poder. No resumo da ópera a pergunta que se faz é a seguinte: o que é que essa gente "aloprada" do governo pensa? Que somos todos uns imbecis? Que somos todos uns magotes de cabras vadias? Que não temos capacidade de discernimento para enxergar o óbvio? Ora, o poder político, tal como ele se exerce no governo Lula, não pode ser considerado um privilégio, uma fonte de mando irresponsável para usufruto dos seus integrantes.


Muito pelo contrário: o governo, qualquer governo, antes de mais nada, sobretudo numa democracia representativa, é instituído em nome do povo e a ele deve respeito. Ninguém, de nenhum modo, tem o arbítrio de estar acima ou por cima do cidadão. Em tempo: o mais lamentável de tudo será a opinião pública - por pressão da propaganda enganosa e das promessas impossíveis - cair no esquecimento ou seguir a recomendação da ministra Suplicy. Aí, sim, estaremos todos urdidos e mal pagos.

domingo, 29 de julho de 2007

GESTÃO DE CRISE DE IMAGEM OU DE PROTEÇÃO DE CRIMINOSOS?


por Paulo Moura, cientista político



Um dos negócios mais lucrativos no ramo da comunicação e do marketing hoje em dia é o da gestão de crises de imagem. O ramo é novo no Brasil, mas promissor, notadamente junto a duas clientelas em especial: políticos governistas e companhias aéreas.Um dos mais destacados profissionais do setor é o jornalista Mário Rosa, que já trabalhou com Duda Mendonça. Quem tiver interesse em se aprofundar no assunto pode ouvir os comentários de Rosa sobre o tema na rádio BandNews. Mas, especialmente, deve ler "A era do Escândalo" e "A reputação da velocidade do pensamento", ambos da Geração Editorial, nos quais o jornalista descreve casos específicos e recentes de gestão de crises de imagem pública de pessoas e empresas, e aborda a problemática da gestão da imagem/reputação numa sociedade midiática e globalizada com as características da atual.


O governo Lula incorporou essa tecnologia ao seu arsenal de manipulação da opinião pública, tudo indica, a partir do escândalo do mensalão, tendo obtido surpreendente sucesso ao proteger Lula do escândalo e possibilitar a recuperação da imagem do governo após o caso. A reeleição do chefe do governo mais corrupto da história do Brasil é case internacional em qualquer congresso da área. Ao observador atento, certamente não terá escapado a percepção de que técnicas apuradas de manipulação da opinião pública, nos casos dos acidentes da GOL e da TAM, e do apagão aéreo em geral, estão sendo postas a serviço da impunidade do réu número e seus principais cúmplices nesses crimes. Aliás, curiosamente, o primeiro caso citado por Rosa em "A era do escândalo", é o da gestão da imagem da TAM no acidente com o vôo 402, no qual, em 31 de outubro de 1996, 99 passageiros morreram na queda de um Focker 100 nas cercanias do aeroporto de Congonhas.Recomendam os manuais, que, em casos como esses, deve ser montado um enxuto, flexível e ágil "Comitê de Gerenciamento de Crises" (CGC). Composto por cerca de oito integrantes apenas, o CGC recebe a incumbência de analisar situações e administrar respostas eficazes para evitar ou minimizar danos à imagem do cliente. Inúmeras táticas informação e contra-informação, assim como técnicas de manipulação de dados e modelos informáticos de projeção de cenários foram desenvolvidos pelos especialistas e postos à disposição de pessoas, empresas e governos envolvidos em crises de imagem.A sofisticação das formas de manipulação de dados e informações numa sociedade imersa em inúmeros canais de comunicação multidirecionais e multidimensionais, através dos quais os indivíduos são bombardeados diariamente por uma profusão enorme de informações, torna cada vez mais difícil saber-se o que realmente está por trás das versões dos fatos noticiados pelos meios de comunicação.Um recurso visivelmente em uso pelo governo no caso dos acidentes da GOL e da TAM, por exemplo, é o mascaramento da fonte emissora.


O mix básico do processo de comunicação pressupõe a existência de um emissor; um ou mais canais de difusão; a mensagem, e, finalmente, o receptor. Em cada um desses componentes do processo de comunicação, ou em mais de um deles simultaneamente, é possível interferir com técnicas de manipulação cujo objetivo é camuflar o verdadeiro emissor de uma mensagem. O uso de múltiplos canais para difusão de mensagens alternativas ou contraditórias para testar reações ou semear confusão e conflito entre os receptores, também é um recurso em uso pelo governo. Aliás, foi por isso que Lula, covardemente, desapareceu da mídia nos dias imediatamente subseqüentes ao acidente da TAM. Seu CGC precisava de tempo para pensar nas versões, difundi-las e testá-las, de forma a permitir o responsável número um pela crise aérea e pelos acidentes somente viesse à publico quando a confusão estivesse semeada e o script de suas falas e aparições públicas estivesse elaborado e planejado.


]Uma garimpagem atenta do noticiário sobre os dois acidentes aéreos permitirá listar-se dezenas de explicações contraditórias para cada um deles, todas revestidas de linguajar "técnico", supostamente vazadas para a imprensa a partir de "relatórios oficiais e sigilosos" a que "nosso competente jornalista teve acesso" para produzir o furo de reportagem do veículo. Ou ainda, plantadas na mídia por especialistas-spindoctors, especulando sobre possíveis explicações, todas elas coerentes, mas nunca fundamentadas em provas efetivas que existem, mas nunca são divulgadas. Através desses expedientes, o emissor abastece líderes de opinião de versões confusas e conflitantes sobre o fato, de forma a impedir a formação de uma onda unificada de opinião pública contra o emissor. O que causou o acidente com o Boeing da GOL? Falha dos controladores de vôo? Falha dos pilotos da GOL? Falha dos pilotos americanos? Falha no sistema de radares? A explosão do Boeing? Falha do sistema de comunicação? Blá, blá, blá ... Passaram-se dez meses do acidente, a caixa preta foi decodificada, o Ministério Público, a Polícia Federal, a CPI do Congresso e técnicos do governo foram acionados para investigar as causas e identificar os responsáveis. Mas a verdade nos é sonegada e os verdadeiros criminosos seguem impunes.


Quem causou o acidente da TAM? A falha de projeto do Airbus que colocou o manete da rebimoca da parafuseta do reverso da turbina esquerda que entrou em funcionamento oposto ao do procedimento devido? Falha do piloto? Falha de manutenção da TAM? Água na pista? Excesso de combustível no tanque do avião, causando sobrepeso na aeronave? A autorização para pouso de aviões do porte do Airbus num aeroporto que não comporta aviões desse tamanho? A falta de grooving (palavrinha mágica plantada na imprensa para alimentar as falas de gente que gosta de bancar especialista em certos círculos sociais) na pista? A pressão das gananciosas companhias aéreas impedindo o fechamento da pista num mês de grande demanda de passageiros? O hotel que Marta Suplicy teria autorizado construir nas cercanias do aeroporto, provocando a redução da pista? E blá, blá, blá ...; lá se vão mais criminosos impunes.


No caso em questão, dado que o governo e a TAM montaram seus gabinetes de crise e travam uma luta para se safarem dos prejuízos às suas respectivas imagens, bolsos e poderes, o cenário tende a ficar mais confuso devido à possibilidade de que táticas como essas estejam sendo usadas simultaneamente pelos dois responsáveis solidários pelo acidente. Contribui para agravar a situação, a volúpia de parlamentares; técnicos; especialistas; comentarias políticos e outros palpiteiros em busca de quinze minutos de fama ou de propaganda política gratuita, ou ainda, de veículos de comunicação em busca de manchetes bombásticas, leitores e audiência. Parece complicado? Pois, graças à difusão viral de informações e as características de hipersegmentação; multidirecionalidade e multimensionalidade das trocas de mensagens que a internet possibilita e induz, as coisas se complicam ainda mais, já que o poder de semear confusão dilui-se pelos terminais de computador de uma infinidade incalculável de emissores/receptores, levando o processo a um crescente nível de abstração e complexidade de difícil decodificação.


Um excelente artifício para buscar a verdade por trás dessas sofisticadas técnicas, nesse caso, empregadas para mentir e proteger criminosos; é recorrer às conhecidas perguntas que os policiais se fazem no início de investigações de crimes em que as provas e evidências estão bem ocultas.A quem interessa esconder a verdade sobre o crime?Ao governo, e dentro dele, à cadeia de responsáveis diretos e indiretos, todos comandados pelo presidente da República.


E, às companhias aéreas, conforme comprovado pelo tratamento dispensado aos passageiros nos procedimentos de gestão das atividades que a elas compete na prestação de serviços de transporte aéreo.O que ganham os beneficiados com a ocultação das provas e evidências do crime?A preservação de suas imagens públicas; a sobrevivência no poder; dinheiro sujo de sangue, e, principalmente, a impunidade pelos crimes cometidos.

sábado, 28 de julho de 2007

LULA NÃO TEM CONDIÇÕES DE GOVERNAR O BRASIL

Sem moral, sem poder, incompetente, estúpido, corrupto e corruptor...Lula é o PT o PT é Lula: uma desgraça que o Brasil precisa superar! FORA LULA! FORA PT! FORA COMUNISTAS!





por Augusto de Franco




Quase ninguém fala, mas está claro, claríssimo, para quem quiser ver, que Lula não tem condições de governar um país complexo como o Brasil. Não, não se trata de falta de escolaridade, leitura, interesse em aprender alguma coisa, disciplina intelectual para encarar qualquer assunto árduo até o final. Isso ele não tem mesmo. Nunca teve. Mas não é em virtude dessas deficiências que Lula não tem condições de governar o Brasil. E sim em virtude da sua falta de responsabilidade.Nossos destinos estão nas mãos de um irresponsável. O jornalista Ricardo Noblat caracterizou bem o personagem, num artigo na última segunda-feira (23/07/07) no seu blog: "É preciso dizer mais o quê sobre o comportamento de Lula? Que ele faz o tipo do malandro esperto que costuma se esconder ao ser confrontado com algum fato capaz de causar danos à sua imagem? Não foi assim no caso do mensalão? Que costuma ser antes de tudo solidário com os amigos metidos em encrencas? E que depois entrega a cabeça deles para salvar a sua?" Quando um presidente da República é tratado assim por um famoso jornalista e não acontece nada é sinal de que o governante já perdeu o respeito dos governados. Noblat está certíssimo.




Ele não desrespeitou Lula, foi Lula que desrespeitou o cargo que ocupa, que não se deu o respeito que a função exige.Quem é, na verdade, esse Lula? Quem é esse chefe de Estado que, quando surpreendido pela descoberta de algum crime ou grave irregularidade cometida por seus subordinados, diz que foi traído, faz cara de vítima, se preciso for chora (de preferência se estiver sendo filmado) e simula surpresa sem nem sequer ficar corado? Quem é esse ser (como disse certa vez o Reinaldo Azevedo) desprovido de superego?Esse é o homem – inconfiável – que nos governa. Sim, inconfiável, porquanto o problema de Lula não é intelectual. Ele é despreparado, por certo, mas muito sabido.




Acima da média. O problema de Lula é de ordem moral. Ele não parece ser bem provido daquela faculdade misteriosa que causava tanta perplexidade a um Kant: a consciência moral. Do contrário como explicar que tenha sido capaz de sumir de cena após o acidente do Airbus da TAM, preocupado somente em preservar sua imagem? E como explicar que não tenha sequer advertido publicamente seus assessores Marco Aurélio "Top, Top, Top" Garcia e aquele tal Bruno "Fuc, Fuc" Gaspar que aviltaram a nação e tripudiaram sobre as vítimas com seu comportamento indecente?Por uma dessas infelicidades históricas, que às vezes causam malefícios irreparáveis aos povos, Lula assumiu o governo tendo como oposição o PSDB. Se Lula e seu governo são responsáveis pelo apagão aéreo que já vai colecionando centenas de vítimas e por todos os outros apagões – logístico, administrativo e, sobretudo moral da República – os tucanos são responsáveis, diretamente responsáveis, pela manutenção de Lula no governo. E assim são indireta mas solidariamente responsáveis pelas tragédias e desgovernos que já aconteceram e pelas que ainda vão acontecer.




Não, infelizmente não acabou. Ou alguém acha que a partir de agora, sem nenhuma mudança de comportamento de Lula, sem qualquer alteração substantiva na composição e na forma de funcionamento de seu governo, as coisas vão melhorar?Parece claro hoje, para muitos, como já estava, àquela época (em agosto de 2005), para alguns, que Lula não poderia ter continuado na presidência depois da descoberta do esquema do mensalão e da sofisticada organização criminosa montada por seus auxiliares e correligionários no Palácio do Planalto. Em qualquer nação civilizada do mundo, em qualquer país sério, aquilo já bastaria para defenestrar legitima e democraticamente um governante, sem prejuízo da aplicação de outras sanções penais também cabíveis. Mas o que fez o PSDB? Livrou Lula do naufrágio, oferecendo-lhe a tábua de salvação do palanque de 2006. Era previsível, era óbvio, pela simples observação do comportamento aparelhista, incompetente, irresponsável e corrupto desenvolvido pelo governo Lula a partir de 2003, que a coisa não poderia dar certo.




Lula, por sua vez, mantido pela oposição, nada fez para se redimir, para tomar prumo, para tentar acertar. Continuou exatamente como era antes, como sempre foi. Continuou apoiando e protegendo gente como "o nosso Delúbio" ou como o "seu" Renan. Continuou tendo duas caras, uma para dentro e outra para fora. Continuou manipulando a opinião pública e enganando os tolos, em especial àquelas elites contra as quais invectivava, mas nas quais se apoiava.Como se nada tivesse acontecido, a partir do segundo semestre de 2005, Lula continuou montando, – como corretamente diagnosticou, na época, o seu atual ministro das ações de longo prazo – o governo mais corrupto da história do país. Loteou tudo o que pode, utilizou todos os cargos e recursos públicos para fins partidários privados, comprou uma base inteira de apoio parlamentar, violou a autonomia das agências reguladoras (e esse ex-vendedor de bilhetes aéreos que ele colocou na direção da ANAC é um símbolo perfeito do esbulho que promoveu no Estado, na base do mais grosseiro ‘Spoils System’).Ele mentiu, como hoje a TAM continua mentindo para os passageiros.




Ele vendeu o que não tinha, vendeu e não entregou, da mesma forma como a TAM continua fazendo overbooking e não é punida pela ANAC. Ele permitiu que seus auxiliares de refestelassem nos cargos, defecando e andando para a população, como aquela mulher do charuto (da ANAC, gente do seu "capitão do time", Dirceu, não?), a qual, aliás, foi agora oficialmente condecorada pelos seus altos méritos aeronáuticos. Está certo: na ‘Era Lula’ o mérito sem honra é sinônimo da capacidade de seguir um script de aparelhamento e de corrupção.Ele nos sonegou informações, assim como a Infraero – aquele órgão loteado entre seis partidos, que reformou os aeroportos com cerâmica cara e granito vermelho, mas não teve a idéia de consertar as pistas ou aumentar os postos de check in – nos sonega todos os dias.Ele avacalhou as Forças Armadas, humilhou a Aeronáutica, bypassou a hierarquia, desautorizou os comandantes, obrigou altos oficiais a mentirem para a população com explicações fajutas de que temos o melhor sistema de controle de tráfego aéreo do mundo. E esses funcionários do Estado (imaginando-se subordinados às conveniências políticas de um governo, o que constitui falta gravíssima porquanto representa uma intervenção do poder militar na esfera civil), irresponsavelmente, vêm a público levantar – antes de terem apurado qualquer coisa – a hipótese de sabotagem para explicar o mais recente "apagão" (o amazônico) e criar um diversivo (deixando "no ar" a suspeita: ‘quem sabe todo o caos aéreo não passe de um golpe solerte dos controladores de vôo ou, quem sabe, melhor ainda, de um agente infiltrado da oposição?’). Deveriam ter vergonha esses militares que, com tal comportamento, estão derruindo suas próprias tradições.




Forças Armadas não podem divulgar levianamente teses especulativas; e mesmo que fosse sabotagem de subordinados, em uma instalação militar a responsabilidade é de quem, senão do comando? Ou seria do inimigo? Que inimigo?Talvez a responsabilidade maior seja nossa mesmo, dos brasileiros, que já sabemos quem é Lula, mas, até agora, ficamos assistindo tudo de braços cruzados.Sim, já sabemos quem é Lula. Mas quem somos nós, os brasileiros, que – com o nosso cala-consente e com a nossa covardia – deixamo-nos desgovernar por um tipo como esse por tanto tempo? Ora os brasileiros somos esses mesmos cordeirinhos que entramos hoje numa aeronave, ficamos duas horas trancados, com cintos de segurança afivelados, parados no pátio. E depois, sem termos recebido qualquer explicação convincente, voltamos para o saguão dos aeroportos de rabo entre as pernas.Não é necessário mais nenhum dado, nenhuma análise. Está provado: Lula não tem condições de governar o Brasil. Sobretudo não tem condições pessoais de continuar na presidência.




Pouco importa se ele ainda tem altos índices de popularidade e, com seus 67%, já esteja quase alcançando os 70% que Fujimori, aquele bandido que governou o Peru na década de 1990, tinha no seu período áureo, quando assaltava os cofres públicos e violava os direitos humanos. Pouco importa se os pensionistas do "Bolsa-Esmola" e os "pensionistas" do BNDES continuam apoiando-o. Lula deveria ser removido da cadeira que ocupa em nome da decência, pelas pessoas de bem deste país. É um imperativo ético e democrático, que já está virando uma questão de saúde das nossas instituições e de saúde pública inclusive.É claro que o governo corrupto de Lula da Silva é um governo ilegítimo – coisa que até agora as oposições não viram, ou não quiseram ver, imaginando que o PT é uma força política normal como as outras, que tem lá seus defeitos mas joga dentro dos marcos da democracia. Aliás, já estamos pagando o preço por essa incompreensão. Mas não é disso que se trata aqui e sim da falta de condições pessoais do governante para continuar na presidência da República.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

ACIDENTES DA GOL E DA TAM SÃO ASSASSINATOS DOLOSOS


Aos leitores que notaram o descompasso de meus últimos artigos com os acontecimentos recentes da conjuntura brasileira, informo que estive, por dez dias, fora do Brasil, tendo deixado artigos prontos para cumprir meu compromisso com Diego. Soube apenas superficialmente do acidente com o Airbus da TAM. Ao retornar ao Brasil vivenciei, como Denis Rosenfield descreveu em seu artigo de ontem, minha história pessoal de vítima do caos aéreo. Mas, nada se compara à emoção e a dor das tristes descobertas que fui fazendo algumas horas após pisar em solo brasileiro.


Morreu no acidente da TAM a nora grávida de um amigo pelo qual guardo enorme respeito e admiração pelos anos de convivência fraterna e aprendizado intenso do que sei sobre política. Seu filho, um jovem advogado que conheci profissionalmente, assim como todos os seus familiares, jamais serão reparados pela dor dessa perda, agravada pela eventual impossibilidade de uma cerimônia fúnebre com o corpo presente de seu ente querido.O senhor Marco Aurélio é gaúcho de nascimento e iniciou aqui sua carreira política no movimento estudantil, tendo convivido com meu professor. Seu gesto obsceno, se já não fosse grave e emblemático indicador da demência de nossos governantes, é estúpida, insensível e injustificável agressão adicional à dor das famílias vítimas.


O impacto desse gesto, por razões evidentes, foi mais pesado ainda para os membros dessa família em especial. Difícil conter as lágrimas ao ouvir meu amigo ao telefone descrevendo sua dor, e novamente agora, ao escrever essas linhas.Para Lula e seus séqüito de burocratas, animais políticos no mais primitivo e degradante sentido da expressão, tudo se resume a livrarem-se da punição pelo crime doloso que cometeram e cometem nos dois acidentes e na gestão do caos aéreo nacional. Os gabinetes de crise que o governo e a TAM montaram, não visam consertar o caos que produzem, mas à proteção dos danos às suas respectivas imagens. Cabeças vazias são entregues aos leões, versões improvisadas que não resistem poucas horas para as causas do acidente, e conhecidas táticas diversionistas de contra-informação e desorientação da opinião pública vêm sendo usadas para proteger os culpados pelo acidente GOL, e novamente no caso da TAM.


A impunidade é a meta dos responsáveis. Poder e dinheiro estão acima de tudo para essa gente hipócrita. As declarações de Lula evidenciam textos e roteiros meticulosamente construídos por marqueteiros inescrupulosos com o único objetivo de evitar que a imagem do "pai dos pobres" seja prejudicada pela revelação de seu verdadeiro conteúdo oculto, prenhe de podridão moral.Segundo o Dicionário Aurélio o significado jurídico do termo "dolo" é: "Vontade conscientemente dirigida ao fim de obter um resultado criminoso ou de assumir o risco de o produzir."Menos de 24 horas após chegar ao Brasil, recebi por e-mail a gravação do trecho de um discurso que o deputado Júlio Redecker (PSDB/RS) fez no Congresso Nacional sobre o acidente com o Boeing da GOL, denunciando a responsabilidade do governo Lula, na figura da Casa Civil da Presidência da República, sobre as mortes daquela tragédia. Segundo a denúncia documentada do deputado, houve deliberado contingenciamento de verbas para modernização dos aeroportos, desde 2005, mesmo diante dos reiterados alertas de técnicos envolvidos na avaliação do setor, de que acidentes aéreos ocorreriam como conseqüência dessa decisão. De forma trágica e involuntária, o deputado Redecker vaticinou sua morte, provando com o sacrifício da própria vida a acusação de assassinato doloso que recai sobre os ombros dos responsáveis por esse desgoverno e pelas companhias aéreas. Em meio ao mar de mediocridade e corrupção que reina sobre o parlamento brasileiro, o deputado Redecker, a quem conheci profissionalmente, era uma digna e honrosa exceção. Líder vocacionado para o poder, marcado por sólidas convicções morais, preparo técnico e intelectual, inclusive com formação acadêmica no exterior, o deputado tucano tinha todas as qualidades para exercer mandato executivo a testa de um governo estadual, ministério e, no futuro, mesmo a Presidência da Republica, se o destino lhe oferecesse essas oportunidades.


A dor de sua família não é menor que a dos demais familiares das outras vítimas. Sua morte priva-nos, como cidadãos brasileiros, também da esperança de que um dia líderes dignos da grandeza moral que deve pautar a conduta dos homens públicos voltem a nos governar.Desde os tempos da agonia da Varig, protagonizada pela estupidez de seus gestores e somada aos noticiados lobbies de ilustres petistas interessados na intermediação da sua venda para TAM, evidencia-se pela forma como autoridades lidam com uma crise dessa gravidade, que a mão da corrupção contamina com irracionalidade as decisões que pautam os inescrupulosos interesses políticos e econômicos dos abutres que tripudiam sobre a tragédia das vítimas e da nação vilipendiada. Ironia do destino confirma o dito chinês que lembra que pactos entre ladrões terminam no minuto seguinte ao roubo, na hora da partilha do butim.A se confirmar a denúncia de que a redução da pista de Congonhas para a construção de um hotel teria sido autorizada pelo governo de Marta Suplicy, mais uma ré e outros tantos réus devem contas à Justiça Criminal, às famílias da vítimas e à nação.


Dispensável nomear o responsável número por esses e tantos outros crimes de lesa pátria que desfilam pelo noticiário desde as denúncias de Roberto Jefferson. Mas, as companhias aéreas, movidas pela cobiça de ocuparem o vácuo deixado pela Varig, têm sua parcela de culpa nesse descalabro. No dia 24 passado, ao retornar ao Brasil, embarquei num Airbus da TAM, igual ao acidentado em Congonhas, no aeroporto de Cumbica. Em meio ao caos no saguão do aeroporto, répteis furavam a fila de check in dos participantes do programa de "fidelidade vermelha" da TAM, com a cumplicidade passiva de uma funcionária que se negava, agredindo verbalmente passageiros indignados, a fornecer sua identificação completa para denúncia aos órgãos competentes.


O vôo, com decolagem prevista para as 07:50, encontrava-se na cabeceira da pista às 09:30, quando recebeu ordem de retornar ao pátio de embarque, pois um ônibus que transporta passageiros dos portões térreos do aeroporto, perambulava pela pista desorientado em busca do avião no qual deveria despejar 40 cidadãos brasileiros esquecidos pela TAM. Segundo admitiu uma "voz feminina" da TAM, no alto-falante do avião, a tripulação havia sido informada pelo setor de embarque da própria companhia, que os passageiros já embarcados compunham o total a ocupar a aeronave para aquela viagem. Como se não bastasse, diante dos comentários estupefatos dos passageiros, "uma voz masculina" da TAM na aeronave, abandona o script padrão das orientações obrigatórias antes da decolagem e, ao pedir, em linguagem coloquial e debochada, a atenção dos passageiros para o VT com as instruções de segurança, comete um erro técnico de operação do aparelho de vídeo e afirma no alto-falante: "Eu sempre erro isso aqui". E ri como quem ignora o risco de morte iminente de todos os embarcados, do qual poderia se tornar vítima. E cúmplice.Ninguém me contou. Meus familiares e eu vivemos. E, felizmente, sobrevivemos. Sem comentários.