quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Falar a verdade ou calar-se e deixar que a “casa” pegue fogo e a família morra?

         Esse sou eu, sem medo e correto com o  que é certo.

 
Escrevi artigo falando sobre o #AtrasamentoPagamentoCabedelo, postando aqui neste blog e como já sabia em “tese” da reação...quase acertei...rsrs... “pró” até o momento (376 manifestações por e-mail, celular e inbox do twitter e facebook) e, contra (em menor número, cerca de 48), faço questão de colocar minha meia dúzia de leitores informados sobre a repercussão das linhas que escrevi (rsrs).

Um dos telefonemas de um amigo (amigo de trabalho) me deu uma pequena “amostra” de como as pessoas perderam o valor pessoal, o respeito por si e como se auto anulam, por tão pouco. Disse o meu interlocutor: - Meu irmão, você tem de parar de ser “cabeça dura”, falando a verdade você é o único a se prejudicar! - E do que esse amigo me “corrigia”? – Bem, segundo ele, eu não deveria falar do ‘pagamento atrasado’. Porque assim, estava falando “mal” do “prefeito”.

Continuou: - Você viu o vice do candidato que “contra” Luceninha? Indaguei-lhe: - O que aconteceu, houve algo grave com ele? – Respondeu o amigo: - Não, ele está na “cota” de um vereador e está “trabalhando” já nessa administração. Respondi: - Isso é normal, o “embate” é no campo político, depois que passa a campanha, “contrários” se atraem... Algo novo tens a dizer, amigo? Disse-me ele: - Só quem perdeu foi você porque foi “contra” Luceninha.

Faço uma pausa aqui para dizer que o “amigo” “passou” da administração do ex-prefeito antecessor de Luceninha. Esse amigo está lotado em uma das secretarias da atual gestão. Se eu disser que não estou feliz que ele continuou, visto que tem família e ficou ‘neutro’ na campanha passada, assim de certa forma eu não subi em palanque de ninguém, tampouco esculachei ninguém, me limitando a gravar (sou profissional de mídia) alguns spots para comícios do PSB e fazer comentários em grupos no facebook (tudo devidamente ‘printado’ e arquivado), até porque um grupo mais exaltado ligado ao Luceninha, sempre me provocou e comigo: quem bate, leva! Ponto.

Rebusquei em uns DVD um destes prints e me dei conta que o que mais “bati” foi naquela celeuma dos vereadores e na “falta de pulso” do atual prefeito se posicionar contra ou a favor (ao final ele se posicionou a favor). Também encontrei um post onde eu disse que Luceninha teve um encontro na casa de um vereador eleito, comigo. Entre outras coisas, conversamos sobre o “começo” da carreira política, sua primeira carreata, sua passagem pela Câmara e lembro-me que como era uma conversa sobre política, disse-lhe que não haveria nenhum empecilho em ajudar minha cidade, só não aceitaria que se ele ou quem se elegesse, visse perseguir pessoas da minha família.
 
 

Dentre outras coisas (registradas), Luceninha ao final disse: “Tá bom Marquinho (é assim que ele sempre me chamou), tá certo...” - Bem; não vou detalhar tudo, porque a íntegra vai estar no meu livro “Cabedelo Nossa Terra”. Não optei por estar em nenhum palanque, porque de certa forma “cansei” deste tipo de trabalho. Campanha política é muito desgastante, cruel, “divisionária” e quase sempre quem trabalha “mais”, acaba se f****** mais e quase sempre não é reconhecido quando os “donos do poder”, assumem. Lá se vão 19,6 anos de campanhas e administrações em que nunca me “moldei” ao “receituário deste amigo, que falei no inicio”.

Votando à este “amigo”, ainda me disse: - Rapaz, você é um profissional de mão cheia, sabe tudo de comunicação, algumas pessoas te “cotavam”. Você foi responsável, articulando, pela implantação dos sites da prefeitura e da Câmara, é um baita apresentador e tinha tudo para continuar... você não deve ter “brio” nessa hora, hoje em dia, essa “coisa” de “lado”, não existe! Êpaaaaaaaaaaaa...kkkkkkkkkkkkkkk...confesso que rí “largado”! O “amigo” ficou “brabo”, me chamou de otário, “mané” e ficou assim uns 02 minutos, gritando: - Me escute! Me escute...eu vou conversar com você pessoalmente. – Pedi “licença” e disse que iria desligar o celular e que “aguardaria” sua visita.

Antes, porém, insisti em dizer que Honra não é vendável, trabalho não se confunde com “compromisso político” e que por falar que o pagamento de Cabedelo está atrasado, que famílias estão sofrendo, comerciantes se negam à vender para funcionários da prefeitura, não significa que estou falando de Luceninha; ao contrário: Estou lhe dando uma grande oportunidade de provar que o “coração” dele continua “simples” como antes e que os vídeos e áudios onde ele diz que “cuidaria” do “povo que lhe escolheu”, precisam ser comprovados pelos atos. Palavras? Ah, palavras, passam. Ações permanecem.

Prova de que palavras e ações são antagônicas é o coração de Luceninha que se “abriu” para um filho de Cabedelo assumir com louvor a pasta de comunicação onde eu passei mais de 16 anos da minha vida, “cuidando” do jornalismo, do institucional... Wellington Costa (comunicação), dias antes de Luceninha registrar sua candidatura, fazia parte de um grupo que tinha “outro projeto” para Cabedelo, mas ao final o grupo que Costa fazia parte se desfez e ele, combativo, implacável por vezes com o ex-prefeito Zé Régis, hoje é secretário de comunicação do prefeito Luceninha.

Onde está o demérito? Na “transição”, eu e Costa conversamos sobre vários assuntos e eu pude lhe dizer dos “desafios” que ele enfrentaria, lhe desejei sorte, que Deus o abençoasse e lhe fiz uma ressalva: - “Nunca ceda à grupos de comunicação (jornais, tv, rádios, portais...), porque ainda que eu faça parte do jornalismo, não vou esconder que nenhum site vai publicar de “graça” que o prefeito deu aumento de “5000%”, mas se o prefeito “atrasar”, aí a “notícia” é de “graça”! Infelizmente essa é a realidade da nossa imprensa. Passamos oito anos desta última vez na administração anterior e, nunca cedemos à grupos empresariais de comunicação.

Em 2005 demos de cara com uma equipe de um famoso “sistema” de comunicação de João Pessoa que na campanha de Luceninha, um de seus “contratados” como “agência de propaganda”, deu plantão na primeira semana quando encontramos o caos naquela ocasião. O colega repórter queria uma “sonora” com o então prefeito; todos os “assessores” sumiram e coube à mim, receber a equipe (o que fiz conhecendo os dois lados da “notícia”), responder ao vivo todas as perguntas que me foram formuladas e ao final, o “colega” me deu um abraço, registrando que em nenhum momento foi tratado como eu o tratei.

“quando uma (a) repórter pega sua pauta; ou ele (ela) traz o que foi pautado ou...?” -  É, pensem algo semelhante à “demissão”, “bronca”...se estava escalado(a) para a seara política o castigo mínimo é ser “pautado” da próxima vez para área policial. É amigos, no jornalismo não tem moleza! Ruy Dantas, o apresentador do “Correio Debate” à época do episódio, me parabenizou no ar, porque o “colega” “levou” a matéria (ainda que não com o prefeito), cumpriu a pauta (o assunto pautado), tomou cafezinho, água e saiu com a sua matéria. Só depois é que os “parabéns” vieram dos “fujões” escondidos nas salas “anexas”. Não o prefeito que deixou claro que não daria entrevista (e não era obrigado à dar), mas, um dos assessores à época, hoje eleito vereador, me chamou de “herói”.

Bem, como fiquei sabendo que Luceninha segunda dia 21/01/2012 vai pagar (não é oficial) a folha de dezembro de 2012, que pague! A @secomcabedelo tweetou ontem que haveria “novidades” e até agora, nada. Pague o atrasado, Luceninha. Não seja um “brinquedo” na mão de assessores, como já lhe adverti. O mandato é seu! Com exceção do vice-prefeito, o resto é AD NUTUM – De livre nomeação e exoneração! E ao Wellington Costa, já lhe presto um serviço: Há dois ‘personagens’ na sua secretaria que se acham “deuses”, maltratando funcionários. Cuidado, reúna a “galera” e segure firme o “timão”, que Luceninha lhe deu.

O que mais me irrita nessa ‘opera bufa’, é que canalhas que chamavam o atual prefeito somente não de “santo”, mas amanheciam o dia na casa do concorrente na eleição com Luceninha, tecendo “loas” ao então candidato do PSB, formando grupos e um deles, bastante conhecido depois de mudar de lado chegou a dizer que o atual prefeito lhe ofereceu 200 cargos, agora fica “perguntando” à algumas pessoas que me conhecem, o que é que eu quero “atacando” o prefeito? À ele, o “imbecil” dos 200 cargos: - seu bundão, calça curta, sem moral! Você não tem dignidade nenhuma, pois se vende por qualquer coisa pra ter um “pudêzinho”.  

Aos imbecis que adorariam que eu descesse a “ripa” no prefeito mexam-se! Só faço isso se ele mudar o comportamento. Se ele “maltratar”, o que não faz parte do seu histórico, nem de sua esposa; não tenham dúvidas de que: “RIP”! Mas, não será necessário. Só não me sinto melhor escrevendo estas linhas porque sou uma das vitimas, do atraso do pagamento de dezembro. De resto, vou continuar fazendo o meu papel. Eu vou na corrente contrária que vaticinou Ruy Barbosa: Haverá um tempo em que o homem de bem, sentirá vergonha de ser honesto. Eu nunca me cansarei de ser honesto e: falar a verdade ou calar-se e deixar que a “casa” pegue fogo e a família morra? Não é comigo.


      Marcos Matias
radialista - jornalista