terça-feira, 16 de julho de 2013

"Ou o Coke é o bicho ou o bicho é quem não sabe o que é o coque"



Onde há lindos edifícios como esses, a indústria "cimenteira" ajudou
à tornar sonhos em realidade e gerar milhares de empregos e: o "coque" faz parte 
Muito se fala em “petcoque” em Cabedelo, já se discutiu o assunto em várias reuniões e até fóruns ou correlatos, mas o que se tem de concreto de um lado e de outro da questão dos que dizem ser o produto um “atraso”, “lixo cancerígeno” e que o produto não resta provado nada do que a outra “parte” diz? Partimos para uma analise do caso concreto em ambos os lados e esperamos contribuir para um bom debate.

O coque do petróleo é um produto obtido do processo de condensação de resíduos petrolíferos. Os processos de combustão em que são utilizados diversos tipos de combustíveis (carvão, coque de petróleo, fuelóleo, gás natural e a vasta gama de combustíveis de resíduos) e seus níveis de enxofre se situam entre 1,2% a 7,0%.  Entre as técnicas e materiais alternativos, o carvão e o coque do petróleo - petcoque - estão entre os que tiveram uma maior revalorização em nível mundial. Queimadores para combustíveis "clássicos" - carvão, coque de petróleo, gás natural, óleo combustível.           O Brasil produz coque nas refinarias da Petrobrás desde 1972 e a produção anual é de cerca de 07 milhões de toneladas.


Bem, nos aprofundemos ainda mais sobre a definição do que é o “coque”: O coque de petróleo ("petroleum coke" ou "petcoke") e um combustível fóssil sólido, derivado do petróleo, de cor negra e forma aproximadamente granular ou tipo "agulha", e que se obtém como subproduto aquando da destilação do petróleo (no fundo da coluna de destilação), num processo designado "cracking" térmico. Este produto representa cerca de 5% a 10% do petróleo total que entra na refinaria.

Basicamente e como se fosse um carvão, mas ao qual foi retirada a matéria volátil, para se obter um coque. As suas características como combustível advém da sua fácil libertação de energia térmica no processo de combustão. O coque de petróleo existe nas seguintes formas básicas; "green coke"-primeiro produto obtido do processo semicontinuo e que contem uma quantidade significativa de hidrocarbonetos - cerca de 15% e incluem os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAH)...

"Calcined coke" - produto derivado do "green coke" ao qual foram retirados os hidrocarbonetos por ação do calor (temperaturas superiores a 1.200 ºC) em condições redutoras, sendo que a sua constituição física e tipo pó; "fluid coke" - produto obtido num processo continuo utilizando o leito fluidizado, sendo que este tipo de coque também contém menos voláteis que o "green coke" e uma granulometria, em regra, inferior a 6 mm.

"Flexicoke" - produto também obtido num processo continua utilizando o leito fluidizado, mas cuja maioria do coque e gaseificado com vista a obter um gás de baixo poder calorifico na própria refinaria, sendo de referir que este coque e semelhante ao"fluid coke", mas com um teor de voláteis ainda inferior e com granulometria ainda mais fina. Os Estados Unidos são os maiores produtores mundiais de coque de petróleo (cerca de 70% da produção mundial). De um modo genérico, cerca de 75% do coque é utilizada como combustível.

Função das propriedades do coque, para além da sua utilização como combustível, a produção de eléctrodos de carbono e grafite é outra das grandes finalidades do coque ("calcined coke"), para posterior utilização na fusão do alumínio e na produção do aço, respectivamente. Das varias utilizações do coque de petróleo como combustível destaca-se o uso na cogeração em refinarias para a produção de eletricidade, uso nas cimenteiras, uso nas centrais termoeléctricas, O coque pode ainda ser utilizado na produção de dióxido de titânio, indústria do cloro-alcall, algumas aplicações eléctricas, uso como carbonetos, coquerias e fundições.

A utilização de coque na indústria cerâmica pressupõe a instalação de pré-tratamento ou pré-processamento do combustível (moagem e secagem) e de queimadores adequados. Vulgarmente esta instalação de pré-processamento é composta por uma tremonha de recepção do coque, tremonha doseadora (ajusta a quantidade de combustível em função das necessidades do forno) e um moinho-secador, onde o coque é triturado e aspirado pelo ar quente. O ar utilizado no moinho é ar retirado da zona de recuperação do forno e introduzido a temperaturas de 150 a 250 °C.

Após moagem e mistura com ar quente da zona de recuperação, é aspirado por um ventilador que o impulsiona através do circuito fechado. De referir que a granulometria é controlada por peneiro. No forno - zona de cozedura - estão uma serie de distribuidores pneumáticos que dosificam a entrada do coque.  Não foram encontrados estudos publicados na literatura cientifica sobre a toxicidade do coque de petróleo para o meio ambiente, nomeadamente no que se refere a ensaios de lixiviação ou ecotoxicidade deste material.

 Estudos de lixiviação, utilizando o protocolo da US EPA - TCLP a materiais semelhantes (resíduos do processamento de carvão -  "coal gasifler solid waste"), confirmaram que as concentrações das substancias orgânicas e dos metais do eluato são inferiores aos limites estabelecidos pela USEPA.No que se refere à toxicidade para a saúde e seguranca do homem foi encontrado um relatório realizado pela Concawe, de Outubro de 1993, que resume uma série de estudos relacionados com esta mateira.

Segundo este relatório, não é provável que o coque tenha efeitos em termos de toxicidade aguda ou grave por via oral ou dérmica. Porem, também as experiências realizadas revelaram que o coque de petróleo não é mutagénico. A exposição humana a ambientes de trabalho com concentrações significativas de poeiras oriundas do processamento de coque de petróleo revelaram irritações de pele, olhos e vias respiratórias.

Até aqui, podemos “ver” um produto não só utilizado em apenas um segmento economico que gera emprego, renda e tributos para os Estados ou Municipios que operam com tal atividade economica. Cabedelo como é nosso foco desde o inicio não está fora desse contexto e desde abril de 2005 na área do retroporto de Cabedelo, o Terminal de Combustíveis Sólidos da Paraíba - Tecop tem como principal atividade a importação, através do Porto de Cabedelo, de coque de petróleo ou "Petcoke", produto inerte obtido através de resíduos do processamento produtivo das refinarias de petróleo e do coque metalúrgico, derivado do carvão.

No pátio da Tecop, os produtos são armazenados, peneirados, selecionados e distribuídos para todo o Nordeste do Brasil, principalmente para as indústrias cimenteiras e de cerâmicas. O Petcoke e o coque metalúrgico possuem alto valor agregado, visto que podem servir de importante fonte de energia na fabricação de cimento, cal, cogeração e outras aplicações industriais. Uma característica particularmente atraente do coque de petróleo, por exemplo, é que ele produz 14.000 BTUs/libra (unidade térmica de calor adotada nos EUA e Inglaterra), em comparação com as 8.000 a 13.500 BTUs/ libra associadas ao carvão.

A utilização do coque metalúrgico também é atrativa, pois ele reduz a dependência das indústrias siderúrgicas do carvão vegetal. Ao contrário do coque de petróleo, que emana do processo de refinamento do petróleo, o coque metalúrgico é derivado do carvão. O coque metalúrgico é usado principalmente na indústria de produção de ferro e aço nos altos fornos, nas plantas de sinterização e fundições, para reduzir o minério de ferro a ferro. Por causa de sua composição de 88% de carbono, 10% de cinzas, 2% de umidade, 0,8% de voláteis e 0.7% de enxofre, mais de 90% do total de coque metalúrgico produzido é usado nas operações de altos fornos.

A China é a maior produtora mundial de coque metalúrgico. A Oxbow, maior acionária da Tecop no Brasil, distribui coque metalúrgico importado da China para empresas siderúrgicas nos Estados Unidos, Canadá, México, Europa e Brasil. A Companhia também é a maior distribuidora de coque de petróleo do mundo, com remessas anuais de quase 11 milhões de toneladas. A Oxbow exporta coque de petróleo do mundo todo para os mercados europeu, latino-americano, inclusive o Brasil, e países do anel do pacífico.

Ao contrário do carvão, a queima do coque deixa pouca cinza e é muito menos poluente do que a queima de outros combustíveis sólidos. O cuidado com meio ambiente, segundo avaliações de textos e artigos publicados no mundo digital e alguns números obtidos sobre os pseudo “malefícios” do petcoque e uma “grita” de alguns “ecoativistas”, verifica-se que as preocupações tanto deles e quanto de quem opera o petcoque, é a mesma: o cuidado com o Meio ambiente, de forma à manter uma atividade econômica de modo “sustentável”.

O assunto não é privilégio de ‘classes dominantes’ como enfatizam alguns CONTRA a atividade ou modismo momentâneo na busca fontes ‘tresloucadas’ de energia.  A preocupação ambiental é uma vertente que diz respeito a segurança dos trabalhadores que operam com o “coque”, com quem convive com a operação de modo indireto nas vias onde o produto é movimentado e principalmente nas áreas de operação (no caso do TECOP) e suas “cercanias”. Mesmo sendo o petcoke um produto ‘inerte’, não interativo com o meio ambiente, o “cuidado” como manuseio ‘toma pé’ desde a chegada do navio, na descarga enchimento dos caminhões, no isolamento com lonas sobre os mesmos, até a chegada para o descarregamento.

O transporte é monitorado e fiscalizado para além da descarga, carregamento e demais processos da atividade. Envolve uma verificação de inspeção na vegetação no entorno para verificação na ‘poeira’ (Nos arbustos e arvores perto do muro do terminal são constantemente monitorados e lavados) e no armazenamento que é feito em pilhas e um sistema de umectação evitando assim, que o vento carregue partículas do produto. É “imposta” na área uma barreira verde no terminal que serve para impedir a ‘fuga’ das poucas partículas que se desprendem das pilhas. Outra medida adotada pela é a lavagem dos pneus dos veículos na entrada e na saída do terminal. O tratamento dos resíduos desta lavagem e das águas utilizadas para molhar as pilhas de petcoke é realizado com modernos equipamentos e filtros especiais, de forma a assegurar uma operação ambientalmente segura e responsável.

Bem, associações e seus prepostos tem batido no assunto exaustivamente e pautado até o Poder Legislativo que já “discutiu” o assunto e uma coisa chama a atenção: No tempo da atividade já registrada, nos depoimentos dos trabalhadores ou sequer em um único documento de órgãos ambientais ou dos que são terminantemente CONTRA ATIVIDADE DO COQUE, QUE GERA , COMO DISSEMOS ; EMPREGO, RENDA E RIQUEZA PARA O ESTADO, nenhum traz a incidência de mortes, doenças ou correlatos relacionadas diretamente a atividade, deixando uma certeza de que o manuseio é feito de modo seguro e se o “coque”  matasse, como alguns ativistas dizem, metade dos moradores do Recanto do Poço, ao menos, já teriam morrido pelo manuseio do “pó”,

“Extraímos de um “portal” da cidade e de um blog (texto literal com sua grafia original):” A Câmara Municipal de Cabedelo, por solicitação do vereador Leto, finalmente resolveu abrir um debate com a comunidade para discutir A PROBLEMÁTICA DO PETCOKE E SEUS EFEITOS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE E A POPULAÇÃO DE CABEDELO. O assunto está em palta na agenda política da cidade e não dar mais para a Câmara fazer como um avestruz colocar a cabeça em um buraco e fingir que não sabe de nada...

Várias reuniões ja foram feitas em diversos locais. Vários paliativos foram apresentados a população como resposta a o clamor da comunidade. A sessão está marcada para o proximo dia 13 de setembro, as 19: 00hs. O Renascer em Noticia, mais uma vez, se coloca a disposição do debate e sugere que esta discussão seja para: 1. Que os moradores de Cabedelo, bem como a sociedade civil organizada tenham a oportunidade de se colocarem dentro de um tempo necessário, para que as sugestões do povo sejam ouvidas...

7. O que não temos é competência administrativa para o gerenciamento dos recursos financeiros do município, pois vivemos numa cidade tão maltratada quanto seus aspectos estruturantes...” – Até aqui, parte da transcrição.

É de se notar que os Poderes Legislativo e Executivo na visão dos ativistas são “culpados” por “não terem capacidade administrativa” de tratarem de assuntos relacionados ao desenvolvimento, o que de cara enseja o pensamento direto de que SÃO INCOMPETENTES? O governo da época estava errado, ao liberar a atividade, a SUDEMA, O IBAMA, enfim todas as esferas Federal, Estadual e Municipal, estavam ERRADAS na visão de quem debate e até pauta Poderes e os condenam sumariamente. São as “vozes” contra uma atividade importante para Cabedelo e seus munícipes.

Dentro das autoridades portuárias e técnicas, portanto, nos assuntos que dizem respeito ao Porto, podemos tirar textos também, mostrando os dois lados da “mesma moeda”. E uma pergunta fica no ar: Será que alguém de bom senso quer perder as atividades portuárias para SUAPE ou outros portos que independente do ativismo exacerbado de alguns, “adorariam” ter o “petcoque” como atividade em seus domínios? Lemos do jornalista Wilbur Holmes Jácome:

"O crescimento do setor portuário em 2012 foi de 3% em relação à carga geral, granéis sólidos e líquidos”. Enquanto isso, o PORTO DE CABEDELO teve um incremento de 6%, acumulando 33% a mais em movimentação no biênio da gestão do Governador Ricardo Coutinho. Um dos fatores determinantes para os resultados positivos é a nova leva de indústrias que estão em desenvolvimento no Estado, especialmente a indústria cimenteira.

De acordo com Wilbur Holmes Jácome, presidente da Companhia Docas da Paraíba, o aumento da demanda tanto de importação quanto exportação de granéis sólidos puxam o movimento para cima. "Ano passado, 57% foram de granéis sólidos como clinker, escória, petcoque, granito, trigo, malte e ilmenita . Os combustíveis representaram 40% das cargas", disse o gestor do porto.

Apesar da boa movimentação no Porto, segundo Wilbur H. Jácome, a maior vitória de 2012 foi terminar o ano superavitário. "Faziam mais de 15 anos que o Porto de Cabedelo não dava lucro. Agora, já estamos investindo na manutenção com recursos próprios, no entanto, os projetos estruturantes ainda precisam do apoio do Governo Federal. Precisamos de um novo terminal para movimentar contêineres, reforçar a cortina do cais e deixar o estacamento com 25 metros de profundidade. Com isso podemos fazer dragagens mais profundas para 11, 12 , 13 metros ou mais", vislumbra.

Tem algum Cabedelense que queira “perder” seu Porto e suas atividades? As vozes que se levantam contra o “petcoque”, por exemplo, avaliaram bem para onde eles “mandariam” mais de 1000 trabalhadores (e suas famílias), caso a atividade acabasse? Alguns ativistas são ‘políticos natos’, vivem de “atacar” qualquer coisa que não “entre” nos seus perfis ideológicos. De tão conhecidos, “descem” a lenha nos USA, mas não dispensam um “destilado” bom Black ou Red Label em suas “comemorações”, são “protetores” dos manguezais, mas não são “loucos de pedra” para dispensarem um ‘caranguejo uçá ao coco’ à beira mar de Formosa ou mesmo, Areia vermelha.

 Enquanto em Cabedelo tem gente querendo acabar com as atividades do Porto, autoridades do vizinho Pernambuco estão preocupadas mesmo é com o aumento da atividade para superar dificuldades, senão vejamos: - Importância do Porto do Recife: O Porto do Recife, além de sua importância histórica, tem por vocação natural ser um entreposto comercial e um centro de logística estrategicamente posicionado no contexto global. Pernambuco conta com os portos de Recife e Suape, para impulsionar nossa economia, gerando trabalho, renda e oportunidades de negócio para milhares de pernambucanos”.

O Governo do Estado trabalha forte para reverter a tendência de fechamento que se transformou na realidade do Porto do Recife nos últimos anos. O porto da capital trabalha com uma demanda de cargas diferenciada, em relação a Suape. São outras potencialidades, como, por exemplo, o Terminal de Passageiros e a movimentação de cimento, clínquer. O Porto do Recife possui a melhor infra-estrutura portuária entre os portos de capitais do Nordeste. E a tendência é que essa diferença se faça ainda maior agora que o Porto do Recife foi incluído na lista de obras do PAC. Fernando Bezerra Coelho - Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.

A Associação Comercial se considera mãe do Porto do Recife, porque ele nasceu dentro da ACP. Antes de existir o porto, quando Pernambuco era o Estado mais importante do Brasil, os navios ancoravam na barra e a ACP registrava a chegada e a saída dos navios e controlava a importação e exportação de bens e de pessoas. A Associação lutou pela construção do Porto e durante toda a sua vida esteve ligada a ele. Celso Muniz - presidente da ACP.

"Apesar de hoje enfrentar graves problemas de infraestrutura e uma concorrência caseira do Porto de Suape, o Porto do Recife tem uma enorme importância para a economia pernambucana, no que tange às exportações de açúcar a granel e uma grande parcela de açúcar em sacas, além das exportações de cimento e importação de petcoke. Hélio Vaisman - gerente da filial Recife da Wilson Sons.

Então, se o Porto de Recife (entenda-se o Estado de Pernambuco) e seus operadores e, portanto sua população, “brigam” para ficarem com a maior “fatia”, isto numa “guerra” ao menos de palavras entre o Porto do Recife e SUAPE; em Cabedelo, temos o “luxo” de termos Cabedelenses (meia dúzia ou menos) natos e alguns “emprestados” querendo acabar com atividades que geram Renda e Divisas para o Estado da PB. Algo não está saindo bem nos “acordes” do ‘violão’ tocado em Cabedelo ou realmente, os mesmos ativistas que gritam fora o “petcoque”, não estão dizendo: Fora trabalho! Eu ganho o meu que se danem as formas de vocês, ganharem os seus! (Sic).

Lemos de Pernambuco: Após o choque inicial, muitos se quedaram na certeza do inevitável fim de um dos portos mais antigos das Américas e um dos mais importantes do País. A maioria, dos que fazem a comunidade portuária de Pernambuco, entretanto reagiu à ameaça do insensato projeto, passando a coligir dados, realizar atos de protestos, preparar manifestos e enviá-los a parlamentares estaduais e federais, enfim, arregimentar forças para reagir e denunciar as autoridades federais a quem o porto, de propriedade da União e administrado pelo Estado de Pernambuco, é tecnicamente subordinado.

O então candidato ao Governo de Pernambuco, o atual Governador Eduardo Campos, em reunião com as lideranças dos trabalhadores portuários e dos empresários, das cadeias produtivas usuárias do porto, declarou que, caso viesse a ser eleito, não implantaria essa decisão, pois o Porto do Recife, poderia continuar a contribuir para o desenvolvimento econômico e social desta Região. Eleito Governador do Estado, estabeleceu como missão da nova Diretoria, recuperar a infra-estrutura física do porto, modernizá-lo, organizacional e administrativamente, inovar na revitalização de áreas destinadas a atividades culturais, para o lazer da população e atração turística de visitantes, e dotá-lo de instalações funcionais e adequadas ao recebimento de navios de cruzeiro, para que o Porto volte a ser orgulho dos pernambucanos, não deixando sua vocação de carga e descarga dos demais produtos .

Vejamos o paradoxo (?): Em Pernambuco, um governador é eleito e promete “brigar” para manter todas as atividades portuárias e assim faz e, na Paraíba com  o governador Ricardo Coutinho não foi diferente, pois, como já lemos o fluxo aumentou e com isto a renda do Município e do Estado, incluindo o que é gerado pelo “petcoque”. Em Recife não há uma voz contra, mas em Cabedelo meia dúzia de “vozes” ecologicamente ideologizadas, que degustam caranguejos acompanhado de um bom whisky à beira mar, são contra as atividades do porto e claro, como os métodos não querem “atingir” o coletivo de uma vez, escolhem um tópico para atingir o todo no final. Não opino nem contra nem a favor, mas Cabedelo merece respeito e o que fizer bem à Ela, faz bem a mim.

Colhi dados substanciais (quem quiser, busque as mesmas fontes): Segundo a Petrobrás, desde 1972 o Brasil produz 07 /milhões-ano e importa 4,5 milhões/ano do produto; quatorze portos operam coque importado; em Cabedelo as doenças respiratórias segundo a Secretaria Municipal de Saúde Municipal as doenças respiratórias diminuíram em índices significativos. há 15 anos o Porto recebe coque em operações que duram em media 04 dias e numa frequência de um (01) navio à cada 30 dias, os trabalhadores realizam exames periódicos e nenhum teve até hoje, diagnóstico de doenças respiratórias, o que confirma Estudos Brasileiros (Fonte CEATOX) Americanos (US EPA) e Europeus (CONCAWE), que atestam a “inércia” do produto.

Então, a operação do terminal, o armazenamento seguindo os padrões ambientais com licenças emitidas por órgãos da área especifica; o terminal de Cabedelo é um dos mais modernos da América Latina, servindo de referencia para outros no País e a mão de obra empregada é na sua grande maioria (cerca de 90%) composta por Filhos de Cabedelo, onde podemos situar os que querem tirar esses empregos e “destruir” a atividade? Quem é de bom senso que tenta colocar Legislativo e Executivo contra a sua própria economia? Vamos pensar melhor. "Ou o Coke é o bicho ou o bicho é quem não sabe o que é o coque".

 
    Marcos Matias
Jornalista/radialista