quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Quem é o “ignorante ambiental” para que nos preocupemos com ele

Basta ligar a TV, o rádio ou entrar nas redes sociais que algumas estapafúrdias declarações de “ambientalistas” sempre chamam a atenção, seja pelo exagero, seja pelas mentiras grosseiras ou pura manipulação de um jornalismo que não mais analisa, não mais revisa textos e como “marias vai com as outras”, repete a pauta ambientalista como se a mesma fosse dona absoluta das verdades do “universo”.
A “Big Media” fornece privilegiados espaços “às crianças que falam com desenvoltura do aquecimento global, reciclar as garrafas PET, da necessidade de banir a energia nuclear e de evitar agressões ao meio ambiente”. Os intelectuais de diferentes correntes que defendem a necessidade de ”retorno às origens”, “viver” em interação com a natureza, da mesma forma que as tribos indígenas.
De outra sorte, os próprios indígenas, ‘aparecem’ exigindo posse da ‘mãe terra’, onde consigam plantar com equipamentos modernos e mais eficientes. Espera ai, EQUIPAMENTOS MODERNOS? O mesmo que pedem os camponeses sem-terra, que “combatem os fertilizantes e pesticidas químicos, juntamente com muitos pequenos agricultores, para os quais os alimentos orgânicos estão livres de qualquer química”, constituindo um dos elementos de salvação da humanidade.
Justas e contraditórias, as reivindicações (como se fossem todas partes bem articuladas de uma mesma coisa)…contra a poluição do ar e das águas, a destruição das florestas e a desertificação dos solos se vê um perfeito ignorante ambiental, obrigado a fazer perguntas, cujas respostas não se encontra nos noticiários. Bem, como: “ignorante ambiental” deste o terceiro paragrafo, já me inseri, para entender o que pensam os “experts em meio ambiente e suas contradições”.
Por que a luta contra a geração de energia de fonte nuclear é mais importante do que a luta para impedir as mortes no trânsito? Que me respondam os ambientalistas da minha cidade. Que se saiba, os desastres das usinas de geração nuclear, ocorridos nos últimos 50 anos, não produziram mais do que 10 mil mortes. Embora isso seja trágico, está longe de ser tão trágico quanto os mais de 50 mil cidadãos que morrem a cada ano, apenas no Brasil, vitimas do trânsito.
Contando as mortes em todo o mundo, certamente nos depararemos com uma verdadeira hecatombe contra a natureza humana. Isto, não é uma inversão? Por que se continua repetindo o dogma do aquecimento global, ao invés de se denunciar a poluição por gases do carbono, provenientes dos veículos movidos a combustíveis fósseis, como causa de uma série enorme de doenças, principalmente respiratórias? Alguém pode responder? Espero.
Faz algum tempo que o conceito de aquecimento global vem perdendo valor como ‘dogma’, diante dos indícios de que estamos ao invés de um aquecimento propriamente dito, estamos entrando numa nova era glacial, ao invés da elevação geral da temperatura do planeta? Então, também não estaremos diante de uma flagrante inversão? Se o petcoke mata (em Cabedelo não há um morte em 15 anos da atividade, registrada), por que ninguém nestes 15 anos em Cabedelo acorreu à Justiça para receber indenização pela morte de entes queridos? No FB um conhecido “ambientalista” postou que em Cabedelo há pessoas que podem testemunhar sobre esses pseudo fatos.
Ao invés de apelar ao povo para voltar à vida primitiva, não seria mais lógico apelar a este mesmo povo para superar ‘aquele sistema’, enfrentar os desafios desenvolvendo as forças produtivas e, através delas, resolver os problemas relacionados com a recuperação e proteção ambiental? Desde quando produtos orgânicos são livres de produtos químicos? Eles podem ser livres de fertilizantes e pesticidas artificiais, mas serão sempre uma combinação de moléculas químicas, que recebem nutrientes químicos do solo, das águas e do ar.
Por que somos obrigados, para combater drogas danosas a nossos organismos, a difundir a ignorância sobre a composição da própria natureza? Por que os que defendem o abandono da construção de hidrelétricas, desconsiderando os avanços técnicos e sociais que permitem mitigar em muito os danos ambientais e sociais, não assinam uma declaração pública comprometendo-se a não se manifestarem quando os apagões elétricos começarem, por falta do aumento da geração elétrica? E olhe que no Brasil os apagões já são constantes.
A luta para recuperar e proteger o meio ambiente não passa pelo congelamento do desenvolvimento industrial e agrícola dos países em desenvolvimento, como o Brasil. Ao contrário, passa por um desenvolvimento industrial e agrícola de todos os países que foram mantidos no atraso pelas potências capitalistas, desenvolvimento que pode ser menos agressivo se essas potências transferirem, sem custos, as tecnologias indispensáveis para evitar tal agressão, já que elas foram as principais destruidoras do meio ambiente dos atuais países em desenvolvimento.
Portanto, a discussão global sobre qualquer economia verde tem que passar pelo “pagamento do passivo ambiental promovido por aquelas potências durante a sua industrialização”, que é muito mais elevado do que qualquer tecnologia que tenham criado desde então. Mesmo que transfiram todas numa contabilidade que leve em conta aquele passivo, ainda ficarão devendo muito. Não podemos ficar satisfeitos com as cidades que, ao invés de implantarem trens subterrâneos ou veículos leves sobre trilhos, movidos a energia elétrica, preferem vias de ônibus articulados, movidos a combustíveis líquidos ou gasosos, mesmo que tais combustíveis sejam menos poluentes do que o petróleo.
E se achamos que o homem é parte da natureza que queremos preservar vivo, temos que priorizar o saneamento básico, no contexto de um reordenamento urbano que aumente as áreas públicas arborizadas e as habitações que utilizam a energia solar como principal fonte de seu funcionamento. E temos que ser capazes de produzir grande parte das ciências, tecnologias, máquinas, equipamentos e a infraestrutura necessária para realizar essas mudanças ambientais indispensáveis para o bem estar do povo brasileiro e da humanidade.
Diante disso, será que nosso problema consiste em realizar o desenvolvimento com preservação ambiental? Ou nosso problema reside no fato de que só poderemos recuperar e preservar o meio ambiente se realizarmos o desenvolvimento econômico e social? Em Cabedelo, por que os ambientalistas não desgrudam suas regiões glúteas da “cadeira” e vão realizar levantamentos dos detritos jogados diretamente no rio Paraíba por restaurantes, condomínios, marinas, clubes…? O petcoke no Recanto do Poço está muito bem cuidado, tanto que a água depois do processamento de limpeza do produto no terminal é potável.
O que é ridículo é membros do governo Municipal, pseudo jornalistas, pessoas do próprio gabinete do prefeito, fazendo este de mentiroso (ele já se declarou contra a retirada do produto e de outros do descarregamento no Porto, que gera renda, emprego e dignidade aos trabalhadores que são chamados pelos “ecochatos de: #vendidos, massa de manobra, assim como promotores, médicos, prefeito, vereadores , órgãos como SUDEMA, IBAMA, SEMAM são todos “vendidos” e corruptos por permitirem atividade. É o pensamento dominante dos ecochatos. Agora, nenhum deles tem coragem de ir as ruas contra um flagelo de nosso tempo: o crack.
É possível ver em Cabedelo: um pequeno exercito de “zumbis” humanos flagelados pela “pedra da morte”, mas para os “ecologistas” estes humanos não interessam. É melhor “mexer” com quem produz emprego e renda porque são “educados” e o máximo que podem fazer é mover um processo judicial contra os exageros que esses ambientalistas de “proveta”, insistem em não se considerarem ridículos ou ‘ignorantes ambientais’, mesmo chamando promotores de Justiça, prefeito, vereadores e demais que defendam o direito de trabalhar, de “vendidos”, “corruptos”.
 Marcos Matias (*)
jornalista/radialista