sexta-feira, 25 de maio de 2007

Serviços diversos e shows marcam ações da Prefeitura


Infra-estrutura

A secretaria de infra-estrutura iniciou os trabalhos de reforma de calçamento da Avenida principal de acesso à comunidade de Jardim Manguinhos, cerca com muro de um metro e alambrado de 3 metros em calçada com 2,20 metros para passeio e praticas de caminhadas, a calçada circulara toda a floresta Municipal (Antiga mata do estado).


Licitação

Prefeitura de Cabedelo realizou licitação tipo Pregão Presencial, homologando licitação Publicada no Diário Oficial desta Terça-feira, dia 22 de maio de 2007 e a Empresa Nordeste Mídia Exterior Ltda foi a vencedora de concessão de instalação de mobiliário urbano de Cabedelo e exploração dos respectivos espaços publicitários com: instalação, manutenção e conservação de equipamentos como lixeiras, painéis protetores de pedestres, postes indicativos de logradouros, relógios e Abrigo protetores de usuários de transportes coletivos cobertos e com assentos e protetores de arvores com o objetivo de preservar e melhorar as áreas verdes. A exploração publicitária de 10 anos e no final da concessão os equipamentos revertidos para o município.

Programação do São João 2007

Inscrições

AS INSCRIÇÕES PARA O 1º FESTIVAL DE QUADRILHAS JUNINAS DE CABEDELO, SERÁ DAS 08:00 ÁS 12:00 E 14:00 ÁS 18:00, NO PREDIO SEDE DA SECRETARIA DE TIRISMO, O PERIODO DAS INSCRIÇÕES dia 21 á 31 DE MAIO. ACONTECERÁ NOS DIAS 23, 24 E 29/06/2007 DE JUNHO, NA PRAÇA GETULIO VARGAS,

ATRAÇÕES

Centro (Praça Getúlio Vargas)

23/06 Os Três do Xamexo, Beijo Molhado e Forrozão Explosão Nordestina
24/06 Louro Santos(foto) e Fogo de Menina
28/06 Mexe Ville e Forró Fashion
29/06 Filhos do Forró, Amazan e Babado Manhoso

Renascer
23/06 Sandra Lemos e Alexandre Lima? Forró Sexto Sentido 24/06 Dodô e Banda e Banda Chamego
28/06 Forró Magia e Arreio de Prata
29/06 Ripa na Chulipa, Forró Meluza e Marcelo e Forró Sensação.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

LIDER DO GOVERNO NO SENADO É "CAMPEÃO" DE EMENDAS PARA GAUTAMA



Jucá lidera emenda para Gautama

Sérgio Pardellas
BRASÍLIA. Atual líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) incluiu no Orçamento da União de 2005 R$ 94,3 milhões em emendas destinadas a obras tocadas pela Gautama, empreiteira de Zuleido Veras, acusado pela Polícia Federal de coordenar esquema de fraude em licitações e desvio de verba pública. O valor equivale a 55% dos recursos reservados pelo Congresso, por meio de emendas de bancada, a empreendimentos que contaram com a participação da construtora entre 1998 e 2006.



Nesse período, R$ 168,9 milhões incorporados ao Orçamento por parlamentares tinham como destino obras sob responsabilidade da Gautama. Já o Executivo separou outros R$ 341,9 milhões para projetos com participação da empresa. O levantamento foi feito pela Associação Contas Abertas. Na época da inclusão de R$ 94,3 milhões em emendas, Jucá era relator do Orçamento da União no Congresso.



Segundo dados do Sistema de Acompanhamento Financeiro do Governo Federal (Siafi), o senador apresentou duas emendas para obras executadas pela Gautama: uma no valor de R$ 30 milhões, para construção de trechos rodoviários na BR-319 no Estado do Amazonas, e outra de R$ 64,3 milhões, destinada à recuperação de trechos rodoviários nas BRs-116 e 242, localizadas na Bahia.



Procurado pelo JB, o senador - que deixou o Ministério da Previdência no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, depois de ser acusado de oferecer fazendas inexistentes como garantia a empréstimos contratados no Banco da Amazônia - reconheceu ter apresentado emendas no valor de R$ 64 milhões. E declarou desconhecer a quantia restante.



De acordo com Jucá, a inclusão do valor no Orçamento da União foi uma orientação do Ministério do Planejamento, porque o empreendimento constaria da lista de obras prioritárias do Projeto Piloto de Investimentos (PPI). - Eu só formalizei um pedido do ministério - disse Jucá. - Foram emendas referentes ao PPI. O Ministério do Planejamento negou a versão e jogou a responsabilidade pela apresentação da emenda no colo de Jucá. - Não houve orientação do Planejamento. Foi uma iniciativa dele - retrucou a assessoria do ministério. - Em nenhum momento, o ministério pediu para que as emendas fossem apresentadas.



Jucá disse ainda que o governo só autorizou R$ 40 milhões para a obra de recuperação da rodovia na Bahia, dos quais só R$ 2 milhões ficaram efetivamente a cargo da Gautama.
- O restante foi dividido entre outras empreiteiras - declarou o senador.
Segundo servidores do Senado, no dia em que a Polícia Federal deflagrou a Operação Navalha três senadores foram atendidos no serviço médico da Casa com pressão alta. Entre eles, Jucá. A simples apresentação de emenda não implica envolvimento de quem quer que seja em esquemas de corrupção. A Procuradoria-Geral da União ainda investiga se parlamentares receberam propina para apresentar emendas para obras tocadas pela Gautama.
No Congresso, uma CPI para investigar o caso ganha força a cada dia. Perguntado sobre a necessidade de uma comissão parlamentar de inquérito para apurar o caso, Jucá disse ser contra.



- A investigação já está em curso pelas autoridades competentes e num estágio já bem avançado.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Financial Times: novo escândalo no país do ‘rouba, mas faz’


Agência Estado


O recente escândalo de corrupção no Brasil que levou à demissão do ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, provocou uma crescente indignação popular com a classe política num país “onde a frase ‘rouba, mas faz’ é comumente usada como sinal de aprovação”, afirma reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal britânico Financial Times.


A reportagem observa que “o escândalo é mais um de uma série de acusações de corrupção no alto escalão a atingir o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.Mas o jornal comenta que, ao contrário do principal escândalo de corrupção a atingir o governo no primeiro mandato de Lula, pelo qual membros do Partido dos Trabalhadores eram acusados, desta vez ele atinge “tanto a oposição quanto membros do governo”.


O Financial Times conclui afirmando que “os escândalos provocaram pedidos por uma reforma do sistema político brasileiro, pelo qual os legisladores não têm de prestar contas nem aos eleitores nem aos seus partidos e têm garantida ampla imunidade de processos”.


Escândalos impunesA renúncia de Rondeau também foi tema de reportagem publicada pelo diário argentino La Nación, que observa que ele “apresentou sua renúncia irrevogável” ao se ver “envolvido em um amplo escândalo de corrupção que salpica o governo de Luiz Inácio Lula da Silva”.Em um outro texto, o jornal explica como funcionava o esquema para fraudar licitações públicas desbaratado pela Polícia Federal e diz que “o modus operandi remete no Brasil a uma série de escândalos que, segundo a percepção popular, permanecem impunes”.


O jornal cita desde os casos mais antigos, como o dos “Anões do Orçamento”, em 1993, aos mais recentes, como os do “Mensalão” ou dos “Sanguessugas”.O americano Miami Herald, por sua vez, comenta que esta é “a quarta vez nos últimos anos que membros do governo Lula foram forçados a renunciar por causa de acusações de corrupção, mas Lula permaneceu intocado pelos escândalos”.


O jornal observa ainda que “ao contrário dos escândalos de corrupção anteriores, que abalaram os mercados financeiros, a polêmica envolvendo Rondeau teve pouco impacto sobre os investidores, que permanecem convencidos de que Lula não mudará sua política econômica”.


Porém para o diário econômico francês Les Echos, o novo escândalo de corrupção “ameaça estragar a festa” da economia brasileira num momento em que o país “quer acreditar num novo milagre econômico”.Mas ainda assim o jornal avalia que “será necessário mais do que isso, sem dúvida, para perturbar o clima de otimismo num momento em que os principais indicadores brasileiros se mostram positivos”.

domingo, 20 de maio de 2007

CONGESTIONAMENTO DO CENTRO E AGENDA CONJUNTURAL: O JOGUINHO POLÍTICO DO REINADO DE LULA II


Por Paulo Moura, cientista político


Desde a eleição de Collor para a Presidência da República, em 1989, três ingredientes passaram a integrar a cena política nacional:a) O paradoxal desencadeamento de um processo de desmonte do Estado patrimonialista, curiosamente impulsionado por um descendente das oligarquias políticas tradicionais à testa desse mesmo Estado;b) O agendamento da política brasileira com uma pauta de Reformas Estruturais liberalizantes, que remetia o centro do jogo político para um conflito entre reformadores e defensores do Estado patrimonialista (convenientemente maquiado pela aparência de um conflito “direita versus esquerda”); e,c) A centralidade do papel exercido pelo Partido dos Trabalhadores no jogo político, pois, mesmo na oposição, era o PT quem dividia como os sucessivos governos, desde a eleição presidencial de 1989, o protagonismo do jogo do poder.Desses três ingredientes, vigora apenas o terceiro, e, mesmo assim, sob condições e circunstâncias completamente diferentes.


A grande novidade, que provocou a mudança da configuração do jogo político nacional, está na guinada ao centro que o PT assume para chegar ao poder sob o comando de Lula e José Dirceu. O conteúdo da mudança provocada pelo reposicionamento do PT é o deslocamento do eixo dos conflitos políticos de uma dinâmica percebida como sendo de “esquerda versus direita”, para uma dinâmica de congestionamento do espaço ao centro do espectro ideológico do mercado político-partidário. Hoje, somente o partido Democratas está fora desse espaço. Os tucanos, para variar, estão com um pé dentro e outro fora. Tudo indica, porém, que os pupilos de FHC estão loucos para descerem do muro do lado errado, engrossando as fileiras do adesismo fisiológico que marca o comportamento predominante na classe política brasileira. Quatro anos na oposição, alguns até agüentaram.


A maioria não sobrevive sem mamar nas tetas do Estado patrimonialista. Excluídos os partidos de extrema esquerda, congenitamente anti-sistema, sobraram apenas cerca de 80 parlamentares de oposição na Câmara e no Senado, se tanto.O jogo político concentrado no miolo do espectro partidário-ideológico é medíocre, rotineiro, previsível, tradicional, despolitizado e sem emoções. O foco da maioria é apenas permanecer no poder. Nada de inusitado se pode esperar. Até mesmo os futuros escândalos de corrupção são previsíveis, assim como a renovada impunidade dos corruptos.


A pauta do segundo mandato de Lula é a consolidação do retrocesso estatizante, se possível avançando medidas autoritárias que facilitem a preservação do novo status quo, em torno do qual o consenso é fácil, tanto entre a classe política com na sua base social. A distribuição de dinheiro público em espécie para suas bases sociais e políticas é a marca do jogo tático.Não há resistência política e social a essa agenda retrógrada, pois o combate ao estatismo possível, no atual contexto da política brasileira, é apenas de cunho ideológico. E, como ideologia não enche barriga e os defensores de um Estado menor, mas eficiente e barato, restringem-se, no Brasil, a uma minoria sem penetração social e sem representação no sistema político. As cartas estão do jogo, estão marcadas e os vencedores definidos. Até mesmo o Democratas abandonou a agenda liberalizante; rendendo-se a um posicionamento político de centro, ainda que ideologicamente conservador em termos da defesa de valores morais (contra o aborto, por exemplo).Em todos os aspectos, Lula é herdeiro, continuador e aprofundador de FHC.


O petista descobriu uma fórmula política híbrida, através da qual assume a preservação do superávit fiscal, para agrado do sistema financeiro internacional, mas incha a máquina do Estado e repassa a conta para quem produz e trabalha, aumentando a carga tributária. FHC interrompeu a implementação da agenda liberalizante no exato momento de enfrentar o desafio da Reforma do Estado, deixando pavimentado o caminho para Lula engatar marcha à ré na agenda do desmonte do Estado patrimonialista e autoritário. O torneiro mecânico se mostra mais competente no jogo do poder, do que o príncipe dos sociólogos.Apenas na questão da privatização FHC e Lula são diferentes. As privatizações de Lula são virtuais.


O petismo não vende o patrimônio presente; apenas as concessões futuras de serviços públicos, e mesmo assim por falta de cobres nos cofres do Estado para bancar os investimentos. Na contramão do necessário, a lógica do petismo é recriar órgãos extintos; contratar mais e mais funcionários e criar novas empresas e órgãos públicos para empregar a companheirada e acomodar os adesistas e fisiológicos da sua base parlamentar.Aderindo ao sistema que antes contestava e adotando esse jogo tático-estratégico e essa agenda, o petismo deixou de assustar seus ex-adversários entre as classes política e empresarial. Diz-se que em política só não se compra o tempo. Tenho minhas dúvidas. Lula está comprando o futuro, no qual prosseguirá no poder, mesmo fora da Presidência da República. Afinal, agradando a tanta gente, quem irá contestá-lo? Quando a conta da mediocridade política bater no bolso dos seus adoradores de hoje, a culpa será dos sucessores de Lula, amanhã. Lula ficará na memória popular, postado ao lado de Getúlio Vargas, como o novo “pai dos pobres”. Pobres coitados, que pagarão sem saber, por ação ou omissão, a conta de seu auto-engano.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

AOS POUQUINHOS, O BRASIL PERDE A VERGONHA NA CARA


Blog do Josias



Lembra da Operação Furacão? Pois é, virou coisa de ontem. A fila de perversões já andou. A operação da hora chama-se “Navalha”. Foram à garra, por hora, mais 46 pessoas. São acusadas de crimes comezinhos: mutretagem de licitações e desvio de dinheiro público destinado a obras. Entre essas obras algumas previstas, veja você, no novíssimo PAC. Vai começar tudo de novo! Mais escandalosa do que um novo escândalo, é a insuportável reiteração de escândalos. Um atropelando outro, uns se desdobrando em outros. A reincidência dos crimes é a mais eloqüente evidência do ilógico político que enreda o país. Em tese, é salutar que o crime seja içado da zona de sombras em que se desenvolve para o nível do conhecimento público.



A descoberta sugere uma atmosfera política benigna. Fica-se com a benfazeja impressão de que os transgressores estão sendo desmascarados.Mas a repetição absurda deixa uma sensação de cansaço, de que não adianta. Resta a incômoda constatação de que reina no Brasil a inconseqüência. Ninguém paga por nada. Ora livram-se na Justiça ora são salvos pelo voto.Ninguém parece ter biografia. Ou, por outra, todo mundo é eterno candidato à reabsolvição. As urnas conferem ás almas delituosas o direito à eterna regeneração. Os crimes do poder, entre nós, não acabam em castigo. O hábito da impunidade consagra o princípio de que, acima de um certo nível de renda, nada é tão grave que justifique o desconforto além da conta. No máxima uma ou duas semanas de cadeia e alguns dias de embaraço social.À velha quadrilha sempre se sucederá uma nova. A cada prefeito, deputado, governador, policial ou magistrado pilhado em malfeitorias se seguirão outros. A um empresário comprador de facilidades sobrevirá outro.



O Brasil não é mais um país em que os escândalos vicejam como em ritmo quase diário. Não, não, absolutamente. Vai-se demonstrando, em si mesmo, uma nação intrinsecamente corrupta. Poder-se-ia argumentar que o Brasil do povão, esse país distante dos circuitos do dinheiro e da influência, não tem nada a ver com a encrenca. Mas não é bem assim. A corrupção nasce do voto. Os mensaleiros, os sanguessugas, os Malufs, os Jáderes e outros azares não brotam por geração espontânea.Nesta quinta-feira, desceram ao xilindró outros empresários, lobistas e políticos ilustres. A lista de suspeitos inclui empreiteiro, governador, ex-governador, filhos e sobrinhos de governador, funcionário de ministério, servidor da CEF e um interminável etc. Logo serão soltos. Na Justiça, vão servir-se das chicanas de sempre.



Logo, logo ganham novos mandatos político. Agora mesmo, a gestão Lula negocia com os sócios do consórcio governista(FOTO) a composição do segundo escalão. Barganha-se tudo. Ouve-se aquele indisfarçável barulhinho do tilintar de verbas e cargos, trocados por apoio congressual. Vigora um espírito de bazar que não poupa os bancos nem as empresas estatais. Acomodam-se na engrenagem pública uma penca de novos escândalos esperando para acontecer. O Brasil, aos pouquinhos, vai perdendo a vergonha na cara.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Professores de Cabedelo são classificados para o Forrofest 2007


Os professores Petrônio Beltrão e Wmarley Azevedo, da Subsecretaria de Cultura de Cabedelo, tiveram uma música de sua composição (História de Forró) classificada para a primeira eliminatória do Forrofest 2007, que será realizada em Pedras de Fogo, no próximo dia 19. De acordo com Petrônio Beltrão, "História de Forró" trata-se de um forró de raiz que fala das coisas da Paraíba, fazendo alusão a diversas cidades do estado.


O festival que acontece todos os anos promovido pelas TVs Cabo Branco e Paraíba vão receber uma representação da cidade portuária que vai registrar o feito dos dois professores. “História do forró” poderá ser uma das classificadas e desta forma, mais uma vez denotar o talento da cidade de Cabedelo que tem uma cultura forte e já teve outros músicos participando do festival, seja como competidores ou como participações especiais, como Dodô, Marcos Matias, Tadeu Patrício, Ronaldo Araújo, Valdelito, Leo Cipriano e Banda sol de Verão.



A cidade portuária é uma das poucas cidades da Paraíba e do Brasil a manter uma Lei de incentivos fiscais à cultura(Lei 963/99) que tem como objetivo fomentar o fazer cultural, possibilitando aos artistas, o acesso ao incentivo fiscal que permite a produção de CDs(como a da cantora Sandra Melo na foto), shows, espetáculos teatrais, edição de livros, exposições, dentre outros segmentos, definiu o secretário Ramalho Pinto, Assessor de Comunicação da Prefeitura.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Gravação mostra “área de sombra” sobre Cindacta do Recife


O programa Rede Verdade apresentado pelo jornalista Giovanni Meireles na TV miramar(João Pessoa - PB), nesta segunda feira(14), mostrou no ar, uma gravação onde a tripulação do avião “papal” da Alitalia, tentou por mais de 23 minutos uma contato por rádio com o cindacta do Recife, para uma mensagem do papa direcionada ao presidente Lula(foto), sem sucesso.


A gravação mostra que, nas chamadas, que o apagão aéreo é mais grave do que se imagina pelas áreas de sombra que existem não só na Amazônia, mas, em todo o Brasil, como ficou provado nas tentativas frustradas da tripulação do Alitalia papal, que só conseguiu falar com Recife por intermédio de outra aeronave da TAM, que fazia trajeto semelhante.


O material com hora, localização do avião e áudio foi entregue ao deputado Paraibano do DEM, Efraim morais Filho, que prometeu entregar o material na reunião da CPI do apagão aéreo na Câmara nesta terça (15). Este material vai mudar os rumos das investigações, disse o parlamentar. – Vou apresentar na reunião desta terça e provar que o caos aéreo é muito mais sério, que nossas vidas estão jogo, assim como as mais de 150 vidas ceifadas no acidente do avião da Gol, reiterou o deputado.


Integrantes da CPI estiveram no cindacta 01 em Brasília nesta segunda e não tiveram acesso a sala de controle e apenas, ouviram explanações dos comandantes dos órgãos e assistiram vídeos de como “funciona” os trabalhos dos controladores. De concreto os deputados não trouxeram nada além de comprovar que há uma “caixa preta” que não se revela o conteúdo verdadeiro para o povo, sequer para o Congresso.


Quem puder assista a reunião da CPI nesta terça (15) que certamente vai ter muito bate boca, pelo conteúdo “explosivo” da revelação que aviões estão voando “às cegas” neste País. Além da corrupção já detectada na Infraero, o governo esconde da população a real situação de operação dos aeroportos, o que tem de ser investigado a fundo pelas CPIs na Câmara e no Senado. Fora disso, a safadeza vai continuar com o PT a aliados tripudiando com a inteligência do povo e dos mais de quarenta milhões que não votaram no apedeuta petista, pois, os eleitores dele, parecem não querer “entender” que reelegeram um governo incompetente que mente descaradamente para todos e que é dispensável sob todos os aspectos, para o bem da nossa Nação.


MARCOS MATIAS
Radialista

Castro e Chávez: alcoólicos anônimos


    por Carlos Wotzkow em 12 de maio de 2007

  • Resumo: Só aqueles que não conhecem o poder dos granjeiros norte-americanos nas planícies centrais ignoram que mais da metade do território norte-americano orienta-se por regras socialistas de mercado centralizado. © 2007 MidiaSemMascara.org



  • “Os caudilhos Castro e Chávez viram de repente em Lula um competidor no mercado de crus dos Estados Unidos, e saíram como bons neoliberais a defender a dentadas o nicho que pensam ser de seu usufruto pessoal”.



  • Manuel Malaver
    Castro: Eu era um adicto perdido no álcool porém, desde que te encontrei já não necessito dele.
    Chávez: Bem, meu amor, então ajuda-me a elevar o preço de nosso produto familiar!
    Deixei passar alguns dias antes de opinar sobre o assunto, não só porque minha família, meus amigos e meu tempo de recreio são as três coisas que mais atenção merecem em minha vida e neste momento, mas porque estavam saindo muito bons artigos que tocavam no tema e o faziam com muito boa pontaria. Entre eles, vale destacar os de Jorge Hernández Fonseca, Manuel Malaver e Ernesto Betancourt. Desse modo, vou referir-me aqui ao que eles não abordaram sem deixar, é claro, de reforçar alguns de seus válidos enfoques.





  • Para começar, devo dizer que um dos atributos que descreve melhor um bom ecologista é sua evidente contradição entre o discurso e sua atuação pessoal. Nisto, Fidel Castro, muito mais que o tonto vice-presidente Al Gore, é um verdadeiro “mestre” meio-ambiental. O consumo elétrico das três casas principais do ditador cubano já superava o milhão de kWh em 1984, porém, em 1989 este impunha ao povo uma penúria energética que ele não padecia graças às linhas de segurança e múltiplos geradores “Made in the Capitalism” que tinha para seu uso doméstico.



  • Outro exemplo dessa contradição ecologista de Castro é o genocídio cubano (já perto das 100.000 vítimas) e que teve lugar direta ou indiretamente graças à sua cruel ditadura. Tal e como o fez o grande ecologista africano Robert Mugabe, Castro não cumpriu o prometido em seus discursos. Porém, se Jacques Costeau pudesse afirmar que Castro atuou “ecologicamente bem” (lembrem-se que a meta do francês era eliminar 350.000 pessoas por dia para salvar o planeta) assassinando a milhares de pessoas na África, América do Sul e no sudeste asiático, na vida privada Castro nos espoliou com quase nove filhos.[*]
    Bem, vamos ao que interessa: o etanol. Os primeiros passos interessados de Fidel Castro pelo álcool, que a indústria açucareira cubana produzia, datam de sua primeira visita à União Soviética. O plano para alcoolizar a população russa era vital para a KGB e Castro compreendeu, desde aquelas primeiras conversações em Moscou, que canalizar as frustrações de um povo ao consumo de álcool era uma magnífica solução para manter-se no poder, acusando depois de bêbados a todos aqueles oponentes que, de acordo com o caso, valesse a pena mencionar. Cuidado, Lula, que pode chegar a sua vez!
    Em 1995, Fidel Castro e Dwayne Andreas (ADM) jantaram juntos na cidade de New York. Ali iniciaram planos para que o magnata do álcool investisse em Cuba e reciclasse a indústria cubana do açúcar. Andreas queria convertê-la em uma indústria puramente “energética”. Um ano mais tarde, já tinha “amarrado” o mecanismo para burlar o embargo de seu próprio país: uma subsidiária espanhola (Alfisca) construiria a primeira refinaria de álcool a partir do melaço de cana em Cuba. Por sua parte, Castro já havia militarizado a gerência da indústria açucareira. O álcool era agora um produto “estratégico”.





  • Não creio que tenha necessidade de dizer-lhes que Dwayne Andreas é também um amigo íntimo da família Bush, ou que na década que respiramos, o alto preço do petróleo e os ecologistas de Al Gore puseram o etanol produzido nos Estados Unidos em um altar sumamente atrativo para a ADM e colaboradores. O que certamente é necessário lembrar é que no ano de 2000 Humberto Cabezas, Chefe de Relações Internacionais do Ministério da Indústria Alimentícia de Cuba, dizia que a ADM não era um competidor de Cuba e Ramírez de Estenoz (Chefe da Seção de Interesses de Cuba nos Estados Unidos) já havia visitado seus quartéis generais em Decatur, Illinois.





  • É curioso que Maxine Waters e Barbara Lee (D-Califórnia), Sheila Jackson (D-Texas), Julie Carson (D-Indiana), Gregory Meeks (D-New York) e Earl Hilliardorff (D-Alabama) e os Pastores pela Paz, tenham estado presentes em uma feira de produtos norte-americanos em Havana que foi patrocinada pela ADM. E se digo curioso não é por ironia, senão porque ficou amplamente demonstrado que desde o mencionado jantar, Fidel Castro conta nos Estados Unidos, não só com um aliado energético “oposto” ao embargo, mas com um advogado de suas próprias políticas que, como ele, sabe comprar congressistas e senadores quando seja necessário.





  • Etanol e açúcares derivados do milho foram dois dos produtos mais subsidiados nos Estados Unidos dentro dos programas de ajuda alimentícia ao Terceiro Mundo. Daí vem a imensa riqueza de Andreas que agora, para maior prepotência, pergunta a seus lugares-tenentes na Europa se os políticos estão se atrevendo a fixar preços ao etanol. Curioso, repito, porque o interesse de Castro não é o de atacar o etanol como produto competidor, mas o de elevar os preços do petróleo (lembrem-se que Castro é co-proprietário do petróleo da Venezuela) como uma medida de força contra a soberania e o álcool que pudesse vender ao Brasil.





  • Tanto Castro quanto Andreas sabem que o capitalismo norte-americano é pura falácia. Só aqueles que não conhecem o poder dos granjeiros norte-americanos nas planícies centrais ignoram que mais da metade do território norte-americano orienta-se por regras socialistas (quase comunistas) de mercado centralizado. Nada de livre mercado, a não ser que os congressistas em Washington queiram prescindir de 35% dos produtos alimentícios que consomem a preços baixos. Se você prestar atenção, os sub-produtos da ADM estão presentes em mais de 30.000 artigos de consumo no mundo inteiro.





  • Praticamente não existe um biocombustível que não envie uma atrativa fração de seus lucros para a ADM. Começando pelo etanol na época de Jimmy Carter e seus subsídios via o “Energy Tax Act” (1978), e terminando com Bill Clinton e seus empurrõezinhos de última hora em 1996 (ver mais abaixo). Se você é um bom observador, verá como todos, inclusive esse sábio ecologista anti-etanol de última hora chamado Castro, pagam seus tributos à Decatur. A ADM não só produz o álcool que possibilita um Martini, uma vodka, um licor jamaicano ou o sabor doce da Coca Cola. As essências da ADM estão presentes inclusive, no oficialista Havana Club.





  • Castro sabe que com a ajuda do petróleo venezuelano seu governo pode tirar um pouco mais e Andreas sabe que a ADM pode sobreviver sem a colaboração do governo de Castro, porém eles estão convencidos de que uma simbiose como a de ambos é sumamente beneficiosa para enfrentar o Brasil. Ao fim e ao cabo, o verdadeiro capitalismo selvagem é unicamente possível lá onde uma bandeira vermelha e um sistema comunista se permitam o abuso de dirigir os destinos de um povo inteiro. A ADM sabe que o açúcar se vende como em uma mini-OPEC e Castro é expert na destruição de indústrias nacionalizadas e na imposição de preços.





  • Experts a meu alcance afirmam que a deterioração acelerada da indústria açucareira cubana nos últimos 10 anos parece um acordo entre a ADM e Castro, ante as ameaças de Clinton de levantar o embargo. O fim do embargo ameaçava deixar o ditador sem a comissão desses milhões de dólares que lhe reporta a cana de açúcar produzida no sul da Flórida. Pode parecer uma ironia própria de Machiavel, porém a ausência de Cuba no mercado norte-americano garante o mercado do álcool de milho que a Decatur produz. Os elevados preços impostos ao açúcar que se vende nos Estados Unidos, além de afetar o Brasil, protegem a ADM da competição regional e engordam as arcas do ditador.
    Em 1996 (já mencionado acima) o presidente Bill Clinton ordenou que 30% dos postos de gasolina das cidades mais “contaminadas” vendessem produtos com etanol.




  • Imediatamente (dizem que no dia seguinte), Bill recebia um cheque de 100.000 dólares da ADM. Andreas insistiu publicamente que o envio de dinheiro e a ação presidencial foram simultâneas por pura casualidade! Porém, todos sabem como Bob Dole propôs um subsídio de 54 centavos pela compra do galão de etanol e impulsionou a legislação do “Clean Air Act” de 1992, no momento em que seus vínculos com Andreas eram, além de comerciais (aquisição de hotéis), muito familiares.





  • A ADM, portanto, é uma multinacional vinculada ao etanol e aliada de Fidel Castro. Castro esteve muito interessado, no princípio, pelo etanol que a cana de açúcar pudesse produzir, porém Andreas o convenceu a investir na indústria biotecnológica. Em vez de reparar uma indústria açucareira que se encontrava em ruínas, a ADM preferia pagar aos cientistas cubanos para que lhe produzissem quimicamente um equivalente protéico ao que produz a soja.





  • Dwayne Andreas certamente ajudou Castro (no plano econômico e no político) em várias oportunidades, porém sei que o velho ditador pagou um alto preço por esses serviços. Bush foi “negociar” com Lula, porém manteve as quatro pernas do sofá onde repousa a ADM intocáveis: (1) a produção do álcool de milho continua subsidiada; (2) o etanol do Brasil, com acordos ou sem eles, continuará pagando altos impostos de importação; (3) o açúcar a importar (venha de onde vier) tem uma quota estabelecida e (4), a política energética já tem sua ata desde 2005. Isto quer dizer que, até 2015, sete milhões de galões de etanos da ADM deverão ser utilizados como “energia renovável” dentro dos Estados Unidos.
    Em nível mundial os governos subsidiam a produção de etanol com somas que vão dos 6.3 a 8.7 bilhões por ano. A ADM controla 33% dessa produção. Tomando uma média de 7.5 bilhões, Andreas ganhará cerca de 2,2 bilhões, graças a essa ajuda governamental. Graças aos subsidiados esforços do ecologista Al Gore, o mundo se move para a produção de um de álcool que custa 2.8 dólares ao cidadão, enquanto que reporta um lucro líquido de um dólar a uma só multinacional: a ADM. Não esqueçamos que a ADM é o principal fornecedor dos biocombustíveis na Europa e que ninguém, nem mesmo os mais astutos economistas de Bruxelas puderam opor-se à sua invasão.





  • A ADM sabe que uma caduquice de Castro contra o etanol não passa de uma encenação. É apenas uma forma de consolo para o “beicinho” do tonto Hugo Chávez. Além disso, o etanol a partir da celulose de certas gramíneas já é um produto conhecido e os laboratórios de Havana, pagos pela ADM (?) trabalham por empreitada. Quando o produto se tornar comerciável, ou seja, dentro de muito pouco tempo, já não fará falta aos herdeiros de Castro contar com a depauperada Venezuela de Hugo Chávez. Então, veremos os venezuelanos com centenas de milhares de hectares de terras desmontadas e improdutivas, sem o açucar prometido por Castro, nem o etanol boicotado do Brasil.
    E ainda há os que falam de ecologia e de fome... Por favor, agora permitam-me uma cervejinha de milho e um sorriso!
    [*] Fidel (com Mirta Díaz Balart), Alexis, Alexander, Alejandro, Antonio; Ángel (com Dalia Soto del Valle), Alina (com Natalia Revuelta) e René (com Irma Sehwerert).
    Tradução: Graça Salgueiro


O autor(foto) nasceu em Havana, em 1961. Graduado como técnico veterinário e mais tarde Ornitólogo, foi expulso de Cuba em 1992, após passar pela prisão de Villa Marista. Já na Suiça, onde vive até hoje, estudou ecologia humana, ética e deontologia no Swiss Hospitality Engineering Consultants S.A e Biologia Molecular na Universidade de Berna onde trabalha como pesquisador. Autor de vários artigos, conferências e dois livros, dentre os quais “Natumaleza Cubana”, com prefácio de seu amigo Guillermo Cabrera Infante.

sábado, 12 de maio de 2007

Acredite: Em um Congresso cheio de mensaleiros, querem cassar o "Clô"


Era só o que faltava. Em um Congresso Nacional tomado, abarrotado de sanguessugas e mensaleiros, gente que comprovadamente vendeu o voto e foi buscar dinheiro vivo na boca do caixa, agora querem cassar quem? O Clodovil. É, o “Clô” para os amigos, “Vil” para os inimigos e “Do” para os íntimos, conforme ele mesmo já fez questão de ironizar.



Aquele estilista famoso há mais de 3 décadas que hoje é conhecido pelo sarcasmo, ironia e, não raro, pela grosseria com que se expressa.O líder do PT na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ), encaminhou nesta sexta ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), uma representação contra o Clodovil. Quer que o “Clô” perca o mandato. Ele alega que Clodovil ofendeu as mulheres, quando disse que muitas trabalham “deitadas”. Ficou injuriado também porque o “Clô” chamou a deputada Cida Diogo (PT-RJ), até então uma ilustre desconhecida, de “feia”. Para de mentir Clodovil, deixa de ser grosseiro.



A Cida Diogo é uma gatíssima.O deputado Luiz Sérgio diz ainda que Clodovil quebrou o decoro parlamentar por ter sido "preconceituoso, sexista e homofóbico" no exercício do mandato parlamentar. Acreditem: esse deputado está chamando o Clodovil de homofóbico. Nem a turma do Pânico foi tão criativa. Na opinião do líder do PT, Clodovil tinha o dever de manter comportamento ilibado na Câmara por ter sido eleito pelo povo brasileiro. Que bom que o partido dele, que fez o que podia e o que não podia para abafar a roubalheira nacional, agora está preocupado com o comportamento ilibado no Congresso.



Vejam senhores, há avanços no Congresso Nacional.A política brasileira é mesmo estranha, para dizer o mínimo. Estão lá no Congresso o João Paulo Cunha, o Waldemar Costa Neto, o Palloci, o Genoíno, o Jader Barbalho e tantos outros. Mas eles querem cassar o Clodovil por causa das besteiras que diz. Talvez se fosse desonesto, nosso “Clô” estivesse blindado.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

VIVA A RESISTÊNCIA FRANCESA


por Christina Fontenelle



Azul... Branco... Vermelho... As cores da França. Nada como ver as cores de uma nação ressurgirem das cinzas e da resistência a um coletivismo escravizador, em nome das sociedades compostas por indivíduos – estes, sim, voluntariamente unidos, mas em torno de ideais e de valores comuns, para construir um futuro digno, onde a convivência entre os homens e os povos dar-se-á pelo exercício consciente do livre arbítrio. Não haverá paz que dure se não for construída com base no exercício da liberdade. São os rebeldes do século XXI acenando as bandeiras da resistência – a nova resistência francesa.



Lições antigas de luta, de patriotismo e de liberdade que a França, mais uma vez, mostra ao mundo.Em algum ponto do acompanhamento histórico, perdeu-se a chance de registrar, na mídia, uma ruptura que aconteceu entre os senhores do mundo – as oligarquias transnacionais (e seu ideal comunizador) – depois do qual um dos grupos optou por não achar graça nenhuma num jogo de cartas marcadas, cheio de jogadores robotizados, com reações perfeitamente previsíveis (ou mesmo chegou à conclusão de que o custo para manter bilhares de indivíduos na neo-escravidão globalizada não compensaria os monótonos lucros – imensos, porém, não desfrutáveis). Os ideais de um mundo melhor, porém livre, não morreram.



Foram sim encobertos por uma nuvem de organizações mundiais que pretendem construir um mundo unificado que atropele as nacionalidades e as individualidades. Acontece que o homem é um indivíduo – e os indivíduos gostam de manter sua identidade e de, ao mesmo tempo, construir suas próprias formas de convivência pacífica com o diferente – com base no exercício de sua liberdade de escolha. Com a saída do premiê britânico, Tony Blair, do governo do Reino Unido, a Europa deve passar por uma reestruturação na administração de sua economia, diplomacia e de seu poder milita r. Esta pode ser uma boa pista. Sabe por que a França conseguiu mostrar essa reação ao mundo? Porque deu um show de democracia. É, um show. Espetáculo não é dar resultado de eleição quase que instantaneamente após o término das votações. Espetáculo é fazer valer a lisura do processo democrático. Show mesmo foi, no primeiro turno das eleições, todos os candidatos disporem de tempo equivalente de exposição nos meios eletrônicos – TV, rádio e internet, para expor suas idéias.



Nessa contagem do tempo considerou-se não apenas as campanhas publicitárias dos candidatos, mas também suas participações em programas de entrevistas. Show foi a recusa dos partidos em submeter as eleições francesas à caixa preta da urna eletrônica sem voto impresso. Cerca de 44,5 milhões de franceses registraram seus votos para presidente em postos espalhados pelo país e pelo exterior. Segundo o Ministério do Interior francês, cerca de 2 milhões de novos eleitores registraram-se para votar nas eleições de 2007. Destes, 1 milhão e 800 mil estão na França e outros 160 mil em outros países. Apenas 1,5 milhão de eleitores franceses (menos de 4% do total) votaram utilizando urnas eletrônicas. Mesmo assim, 68 mil pessoas assinaram, na internet, uma petição contra o uso destas urnas, que alguns qualificam de "máquina de fazer armadilhas". Foram 547 postos de votação no exterior para que os 820 mil cidadãos inscritos pudessem exercer seu direito ao voto, segundo o Ministério de Relações Exteriores da França. O país com mais franceses inscritos foi a Suíça (76 mil), seguida pelos Estados Unidos (74 mil), pela Alemanha (56 mil), pelo Reino Unido (53 mil) e pela Espanha (51 mil). Autoridades eleitorais enviaram aos postos fora da França 12 milhões de cédulas de votação, várias centenas de urnas e mais de 1 milhão de envelopes. Para quem sabe ler, "pingo" do "i" é letra. Nicolas Sarkozy foi à direita muito mais distante que Mitterrand à esquerda. Não se associou à Frente nacional. Não abraçou nem mesmo o extremismo de direita de Pen. Satisfez-se em lhe asfixiar.



Um vento novo começa a levantar-se. A maioria silenciosa encontrou o seu arauto. Sarkozy não tem a ambição de ser um intelectual. Sua preocupação, entretanto, em fazer uma refundação ideológica pode fazer dele uma espécie imprevista de Gramsci de direita, que se propõe a prever quais são os valores e as idéias que fazem mover as coisas. Descoberta de aplicação científica já citada por mim no artigo "Partindo Para a Ação", cuja ciência está em descobrir como usar a arma do inimigo em favor de si mesmo. Não somente neste, mas em outros artigos, eu tenho me atrevido a dizer (solitariamente, é verdade) que, ao contrário do que se pretendeu (e ainda se pretende) com o exagero midiático da repetição de mentiras, para que se tornem verdades, e da intenção nítida de promover a lavagem cerebral dos estudantes, falsificando a lógica e as verdades históricas, acontece o oposto, a olhos vistos: formou-se uma geração, ainda que paralela e não organizada, de seres instintivamente sedentos de verdades óbvias e desconfiados da repetição unânime de falácias que ofendem a inteligência e os instintos humanos. Falta pouco para que se reconheça como idealizadora da globalização idiotizante do império universal coletivizado as teorizações de Karl Marx sobre o capitalismo selvagem. Para o famoso teórico, o capitalismo caminharia inexoravelmente para a autodestruição determinada pela irreconciliável luta de classes - entre proprietários e não proprietários dos meios de produção. Hoje, a realidade comunista provou que o comunismo não é nada além do capitalismo abraçado, autoritária e exclusivamente, pelo Estado – que se torna o único patrão. Sarkozy pregou o ranascimento da meritocracia: "Numa sociedade justa, as distinções entre os cidadãos não devem depender do seu nascimento, da cor de sua pele ou dos estudos remotos - é o trabalho desenvolvido que deve ser o critério do sucesso. Os que querem trabalhar mais devem poder ganhar mais. Devem poder conservar o fruto dos seus esforços e utilizá-lo para preparar o futuro da sua família". O novo presidente da França disse que o país está "cheio de talentos que não chegam a desabrochar, porque não há respeito aos méritos de cada um e porque não há oportunidade para todos". Sarkozy afirmou ainda que "os que querem sair da precariedade devem poder contar com o apoio da comunidade – este é o tipo de solidariedade que queremos para a França". Sarko, como é chamado pelos franceses, pregou a união entre os países da Europa, mas com respeito aos diferentes povos que a compõem, de modo que não se tema, mundo a fora, pela formação de uma nova potência intimidadora.



Afirmou que a França deverá defender os seus interesses num mundo mais complexo, com firmeza, mas sem posturas inúteis, e levando em consideração a emergência de novas potências - China, Índia, Rússia e Brasil (é, ele disse isso do Brasil). É perigoso endeusar as pessoas. E não é conveniente que se faça isso com Sarkozy. Na verdade, pouco importa, agora, se o homem não cumprirá o que prometeu, se trairá as expectativas dos que o elegeram. O mais importante, neste momento histórico, é identificar o esforço dos franceses para manifestar sua aversão ao politicamente correto, à ditadura das minorias, às opções de busca de soluções pela divisão da sociedade em grupos irreconciliavelmente antagônicos, à coletivização do indivíduo – que fica sem identidade própria. Os franceses mostram ao mundo que desejam união mundial, sim, mas baseada em valores concretos não relativistas, em aprendizado de como conviver pacificamente com as diferenças – sem que haja obrigatoriamente a submissão de uns pelos outros.



Democracia se experimenta com voto explícito e liberdade se conquista com a eterna busca da verdade. Viva a resistência francesa! E que se espalhe, pelo Brasil, a ressurreição do verde e do amarelo! Não há um só passo que possa ser dado para solucionar os problemas que nos afligem que não deva ser necessariamente precedido pela reforma do nosso sistema de representatividade política e pela instituição do voto impresso na urna eletrônica.

domingo, 6 de maio de 2007

Viva a França!!!


Neste domingo, a França mais uma vez deu uma demonstração de que quando se tem cultura, se preserva as instituições, o que vence é o bom senso, a família, a pátria. Os esquerdistas brasileiros nesse momento devem estar pensando onde foi que os colegas franceses falharam, deixando um conservador, um direitista chegar ao poder com margem tão boa de votos. A França não é o Brasil! Graças à Deus, lá o povo pensa e é maioria, diferente daqui que a maioria não pensa, não lê e erra, votando(OUÇA AQUI E BAIXE ESTE ARTIGO EM MP3).



O apedeuta presidente que agora é cidadão italiano também precisa ter uma oposição aguerrida, não somente com DEM/PSDB e PPS, mas, com uma imprensa séria, responsável que não seja burra como a atual que endeusa a esquerda podre, o socialismo vil, composto de ditadores nojentos como Fidel, Chaves e outras hienas como a brasileira que não merecem ser chamados de seres humanos, no máximo: Bêbados, maldizentes, sanguinários, mentirosos. O que a esquerda produz é a balburdia, o crime institucionalizado, o enfraquecimento da sociedade, para que ela dependa cada vez mais do Estado e este domine os cidadãos como a cães vira-latas.



O povo francês se livrou de mais um golpe socialista, de mais uma tentativa de tomada do poder pelos comunistas. Num show de uma banda que nas suas letras incita subversão às autoridades, principalmente a polícia, São Paulo viveu nesta madrugada de domingo a realidade de ter comunistas no poder, com a infeliz declaração do senador Suplicy(foto) de que quem exagerou foi a polícia, sabendo ele que todos os shows desta banda só terminam em pancadaria e este não foi diferente, incluindo arrombamento de propriedade alheia como noticiaram os jornais. Pois é, o senador do PT foi a favor dos baderneiros e contra o Estado que deve ser o dos cidadãos de bem, que ele não, certamente não quer representar! Deus livrou a França de gente assim.



Serra e Kassab que se cuidem porque há uma clara intenção das esquerdas em São Paulo na incitação de movimentos ligados ao PT de desestabilizar o Estado e o Município, com invasões, confronto de classes e outras coisas comuns ao petismo, que através do Estado Brasileiro banca com dinheiro do povo, movimentos criminosos, a republica dos sindicatos e políticos como Suplicy, que mais parece um instrumento útil ao petismo do que um Senador. Quem mora em São Paulo não pode esquecer os ataques de grupos criminosos em pleno período eleitoral e a recomendação de criminosos para que votassem em políticos do PT. E por que?



Hoje no rio, a marcha em favor da maconha, um ministro a favor do aborto, um governo que passa a mão na cabeça de “champinhas”, um congresso movido à cargos, obras superfaturadas, mensaleiros, sanguessugas, vampiros, um presidente que não gosta de ler, (prefere meia hora de esteira), ministérios desnecessários, enfim, um Estado pesado, corrupto, com um aparelhamento das estatais jamais visto na nossa história, a mais alta carga de impostos do mundo...É a Nação entregue a esquerda, coisa que a França se livrou mais uma vez. "O governo Lula é o mais corrupto de nossa história" e que era "obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente."(Mangabeira Unger - ministro da Secretaria de Ações a Longo Prazo do PT). Mas, enquanto o Brasil padece com esse socialismo sujo, VIVA A FRANÇA!

quinta-feira, 3 de maio de 2007

O abril vermelho, o comunista e a casa da mãe Joana


Ninguém duvida, ninguém agüenta mais, ninguém passa ao largo da violência que assola o País! Mas, quem é o promotor de tanta violência, quem permite? “Nuncanestepaiz” um presidente decantou tantos “avançossociaiscomonuncahouve”. Alardeia o réu-eleito, o “inocentado” por “falta de provas” no caso dossiê dos tucanos, o apedeuta que atende pelo nome de Luiz Inácio Lula da silva ou simplesmente Lula, que “nuncaantes”. Ele é o “paidospóbris”, o “homi” que levou os “fíos” da pobreza à ingressarem na universidade...”Quem nunca viu isso?...” Meu filho está na universidade através do Pró-uni, dizia uma senhora no programa político da campanha passada do apedeuta.
Nove foras, desde o ingresso em 2003, do governo lulo-petista, realmente nunca se viu tantos crimes, tantas operações cinematográficas da Polícia Federal, “botando poderosos na cadeia”, são juízes, policiais, desembargadores... Sempre que um boi ou uma boiada petista está prestes a “se perder”, lá vem a PF, com operações acompanhadas de televisão para o povo ver que o governo prende “poderosos”. Não esqueçamos: - "Estamos resolvidos a tudo o que é possível: astúcias, artifícios, métodos ilegais, calar, dissimular, etc." (Lénine). As universidades brasileiras estão cheias de doutrinadores socialistas, ensinando que o capitalismo “selvagem” é o mal do mundo (eles não vivem sem salário e fazem greve até por um centavo), que revoluções socialistas precisam ser lembradas e fomentadas em nome dos “menos favorecidos”, dizem eles.
Então, é claro: Marcola, Champinha, Beira-mar “são vitimas da sociedade, da “elite dominante”, dizem os comunistas brasileiros! Hoje, estão no paraíso, invadem e destroem a propriedade alheia com dinheiro do governo (que é do povo que paga impostos). Com o beneplácito de um governo que não tem moral pra lhes barrar as ações, pois, foi eleito por esse tipo de gente subversiva! O todo poderoso da comunicação do governo petista já foi guerrilheiro (em outras palavras, terrorista) e um dos mentores do seqüestro do embaixador dos Estados Unidos, Charles Elbrick, juntamente com Zé Dirceu. O que fazer? Petistas são especialistas em transformar assassinos, bandidos, ditadores da pior espécie, em heróis! São ídolos deles: Fidel, Che Guevara, Chavez, dentre outras bestas comunistas. Vi um episódio na TV, onde em São Paulo, salvo engano, moradores de um conjunto habitacional entraram em conflito com um bando de “sem teto”, tai, uma das táticas comunistas em foco: “A propriedade é um roubo." (Proudhon)." Para esses, os comunistas, ter uma propriedade é crime, tê-la invadida, uma necessidade. Vamos lembrar uma frase do ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf: - "Se você tiver uma fazenda e, na hora da colheita, tiver que optar por um administrador petista e uma nuvem de gafanhotos fique com os gafanhotos". - "Ou o Brasil acaba com os sem-terra, ou os sem-terra acabam com o Brasil". Tarcísio Leite Matos (promotor no julgamento do massacre de Corumbiara). Abril vermelho ôôô...

A Imprensa Brasileira corre sério perigo com o senhor Lula da Silva, o “pai dos comunistas modernos destepaiz”, senão vejamos na visão comunista: - “ A imprensa é uma arma; Por que haveria eu de dar uma arma a meu inimigo? (Trotsky)”. Mas, grande parte da imprensa nacional está “encantada” com os avanços sociais da bolsa família, do pró-uni... das operações cinematográficas da Gestapo Lula, em que está se tornando a polícia federal. Paulo Medina, o corrompido juiz tem que ir pra cadeia? Tem! Dirceu, Berzoini, Delúbio... Também! Mas, esses três últimos cavaleiros estão nem aí pra lei, então:... “Ah, os nossos libertários! Bem os conheço, bem os conheço. Querem a própria liberdade! A dos outros, não. Que se dane a liberdade alheia. Berram contra todos os regimes de força, mas cada qual tem no bolso a sua ditadura (Nelson Rodrigues). Poucos jornalistas e comunicadores Brasileiros se insurgem contra esse governo podre petista. A maioria do Congresso se vendeu por cargos e benesses no governo, votam tudo o que o lhes é mandado votar. Os deputados federais hoje em sua grande maioria são vassalos do governo. Dá nojo assistir uma sessão da Câmara Federal, um Clinaglia presidindo e um monte de acéfalos obedecendo. - Não seríamos verdadeiros comunistas se não soubéssemos modificar inteiramente nossa tática de conformidade com o momento. Todos os recuos, todos os zig-zags da nossa tática têm um único fim: a revolução mundial (Dimitrof).

A sociedade Brasileira está “anestesiada” com tantos crimes, com tanta balbúrdia, com ministro nomeado a favor do aborto... Lembremos: "A mulher que ama seus filhos não passa de uma cadela." (Kollontai, embaixatriz soviética da Romênia - Comunista). Estamos no mundo comunista, vivemos um tempo ruim, onde: O que eu abomino é o jovem idiota, o jovem inepto, que escreve nas paredes: É proibido proibir e carrega cartazes de Lenin, Mao, Guevara e Fidel, autores de proibições mais brutais (Nelson Rodrigues). E concluo com Nelson Rodrigues: - Antigamente, o silêncio era dos imbecis; hoje, são os melhores que emudecem. O grito, a ênfase, o gesto, o punho cerrado, estão com os idiotas de ambos os sexos (Nelson Rodrigues). Esse é o brasil de Lula, a casa da mãe Joana.

MARCOS MATIAS

quarta-feira, 2 de maio de 2007

O HEGEMONISMO DA BESTA TRIUNFANTE


por Augusto de Franco



Formou-se a mais poderosa coalizão de forças de nossa história recente em apoio ao governo corrupto de Lula da Silva. O arco de alianças vai desde uma organização política clandestina disfarçada de movimento social (o MST), passando pelas centrais sindicais (agora anexadas como aparelhos do Estado e financiadas com dinheiro público), por organizações totalmente degeneradas que remanesceram da época da luta revolucionária contra o regime militar, até chegar à grande maioria dos partidos (inclusive o PV de Gabeira – vejam só! – faz parte da base do governo...). Existem evidências importantes de que parte desse tenebroso ajuntamento tem raízes no crime organizado.



E começam a surgir sinais preocupantes da existência de ramificações do submundo do crime no judiciário, no legislativo e em vários governos. E tudo isso conta com o apoio de parte significativa do empresariado, em todos os setores da atividade produtiva, mas, em especial, nos bancos. Também não são desprezíveis os contingentes de articuladores e analistas políticos que estão passando para o lado do governo. Alguns de forma explícita: o caso inaugural foi o de Ciro, mas – como a caçamba seguindo a corda – veio também o vira-casaca Mangabeira; até o Padilha – campeão das articulações congressuais no governo FHC – passou-se de armas e bagagens para o lado do vencedor. Outros, de modo tácito, trabalham para sustentar o governo "do lado de lá", como é o caso do Aécio (e, agora, ao que tudo indica, do próprio Tasso).



Gente de mídia também anda doida para sentar no colo de Lula a partir dos empregos e outras prebendas que serão fornecidos pela TV estatal do "comissário" Franklin Martins. Sobrou pouca coisa fora dessa formidável articulação de forças regressivas: uma parte da imprensa, uma parte dos partidos ditos de oposição e um contingente considerável, porém difuso, de cidadãos indignados com o processo de perversão da política e de degeneração das instituições em curso no país a partir de 2003. Ora, ninguém monta uma estrutura desse porte – pagando o preço que tiveram que pagar quando vieram à tona os escândalos Waldomiro-Dirceu(foto), Mensalão-Valerioduto, Palocci-Casa dos Prazeres, Falso Dossiê– Entourage de Lula – para abandonar o poder. Sim, eles não pretendem sair do poder em 2010.


E não vão mesmo, a menos que façamos alguma coisa. Nós, quem?Não é incrível que pessoas tão inteligentes, que dedicaram uma vida inteira à função pública ou à prática da política, não estejam vendo isso? Como se explica essa miopia pandêmica? As explicações podem ser várias, mas do ponto de vista político existe uma que é central: a traição da oposição aos votos recebidos nas urnas de 2002 e 2006. Sem quem trave o combate político quotidiano, sem quem interprete e decodifique os atos do governo e do demagogo neopopulista que o chefia, sem quem defenda a democracia brasileira e as instituições republicanas da sanha lulopetista pelo controle do Estado e da sociedade, não há como fazer frente, nem no curto nem no médio prazo, ao hegemonismo da besta triunfante.

terça-feira, 1 de maio de 2007

“O BRASIL NÃO TEM POVO”

por Maria Lucia Victor Barbosa, socióloga.
Em 1881, em sua obra, L’esclavage au Brésil, Louis Couty afirmou:“O Brasil não tem povo”, pois, “em nenhuma parte se acharão massas de eleitores sabendo pensar e votar, capazes de impor ao governo uma direção definida”.Cento e vinte e seis anos se passaram desde que Couty apontou o triste fato: “O Brasil não tem povo”. Mas, será que já tem, apesar das mudanças ocorridas?Como é impossível analisar num pequeno artigo mais de um século de história, tomo como marco importante o processo de industrialização, iniciado nos governos de Getúlio Vargas e JK, que desembocou no atual perfil do Brasil urbano e em parte modernizado. Persistem, é verdade, os contrastes sociais. Predominam na pirâmide social os mais pobres. Mas, bem diferente do século em que Couty nos visitou agora temos classes médias e uma elite econômica. Mesmo assim, perdura nosso subdesenvolvimento político que, associado ao vácuo de valores que hoje se observa, leva a indagar se Couty continua ou não tendo razão.
Afinal, são eleitos e reeleitos notórios bandidos, trambiqueiros, mentirosos, tanto para o Poder Legislativo quanto para o Executivo e, em muitos casos, não se distingue entre desembargadores, juízes, advogados, políticos, bicheiros e qualquer tipo de marginal. Isto pode significar que são poucos os eleitores que sabem pensar e votar, sendo ao mesmo tempo incapazes de impor ao governo uma direção definida.A péssima escolha de nossos representantes pode ainda refletir uma profunda identificação popular com seus eleitos no que eles têm de pior, o que indicaria que não temos povo, mas plebe. Ao mesmo tempo, há muita ignorância relativa aos candidatos no que concerne às suas trajetórias políticas, demonstração de que conhecimento e informação não são coisas idênticas, pois não faltam, ainda que filtradas, informações sobre o festival de falcatruas prodigalizado por quem deveria dar o bom exemplo. Paradoxalmente isso acontece apesar da profusão de ONGs, centrais sindicais, associações de artistas e de intelectuais, dos chamados movimentos sociais, enfim, de tantas entidades que vão das associações de moradores à OAB, à ABI, à UNE, à CNBB e muitas outras, agora denominadas de redes sociais que alguns imaginam ser fontes de conscientização, civismo e solidariedade.
Portanto, as redes sociais que sempre existiram, mas que com a complexidade urbana aliada à velocidade dos meios de transporte e comunicação (Internet e telefonia celular entre as mais recentes e notáveis revoluções da comunicação) se multiplicaram, não produzem necessariamente o cidadão cônscio, o indivíduo capaz de otimizar seu livre arbítrio, o ator que interfere em seu tempo. Novas “comunidades” nem sempre são atestados de “novo cidadão” solidário. Na diversidade do mundo atual onde os grupos “primários” como a família são trocados por grupos “secundários”, estes podem também abrigar redes, por exemplo, de criminosos, de terroristas, de narcotraficantes que possuem um tipo de solidariedade, de aprendizado e de projetos comuns, mas que estão bem longe do homem naturalmente bom de Rousseau ou do revolucionário “para si” de Karl Marx, que o conteúdo do termo rede social quer ressuscitar.Conferir à humanidade de hoje virtudes excelsas que ela jamais possuiu, é tão falso quanto o dilema indivíduo x sociedade, pois o que existe é uma interação entre o ser humano e seu ambiente sócio-cultural.Finalmente, se mudanças sempre estão ocorrendo, pois a vida é dinâmica, por trás das transformações materiais, valorativas e comportamentais certas essências humanas nunca mudam e a humanidade como um todo permanece ignorante, crédula e facilmente manipulável.
No nosso caso, apesar das redes sociais prevalece o “mesmismo” de que falou Roberto Campos e uma acachapante e piorada passividade que tudo aceita como natural e politicamente correto. E continuamos, como, aliás, acontece com todos os povos, tangidos por poderes mais altos e ocultos em bastidores inacessíveis ao vulgo.Concluindo, apesar das redes sociais o homem continua, como disse Henry Louis Mencken, “o caipira par excellence, um ingênuo incomparável, o bobo da corte cósmica. Ele é crônica e inevitavelmente tapeado, não apenas pelos outros animais e pelas artimanhas da natureza, mas também (e mais particularmente) por si mesmo – por seu incomparável talento para pesquisar e adotar o que é falso, e por negar ou desmentir o que é verdadeiro”. No nosso caso, isso muito se acentua e de certo modo explica, entre outras causas históricas e culturais aqui não abordadas, porque o Brasil não tem povo.