terça-feira, 19 de junho de 2007

O escritório secreto do "Insólito Homem" vendedor da Honra da República do Brasil
























Do Observatório de Inteligência
Por Orion Alencastro

Como cenário, os fins de semana na cidade do Obelisco dos Heróis da Revolução de 1932 quando a sociedade, sob céu azul e esparsas nuvens, relaxa em busca de lazer, exercícios físicos, banho de sol no Ibirapuera e em outros parques da intrépida capital dos brasileiros que amam o trabalho digno e desejam o progresso da Pátria, com respeito à Lei e à Ordem. São sucessivos sábados e domigos em que a sociedade busca se refazer das angústias e inseguranças do destino do país, impactado há longos anos pela escalada da corrupção que alcança os três poderes da República.


O Vôo do Crime e os encontros secretos


Nas coordenadas S 23º 33`13.1"/WO 46º 39` 11.3", sob a cobertura do edifício de vidraças indevassáveis(Foto no alto À E), discretos agentes de segurança comunicam-se com o 17º andar. No diálogo, a confirmação de que o helicóptero já alçou vôo e está a caminho do pouso sempre alvissareiro. À bordo, um "insólito homem" chegando para mais um encontro períodico de atualizaçao e continuidade de assuntos sigilosos de elevadíssimo comprometimento.


Naquele andar, um impecável e amplo escritório está sempre à disposição do "insólito visitante", com todas as facilidades que pedem tão importante pessoa. Algumas figuras de considerável poder econômico e influência global no pretendido Governo Mundial aguardam o visitante. Os circunstantes são avisados de que o pouso da aeronave no heliponto SDSZ foi positivo. Seus passageiros, geralmente em torno de quatro, são observados mais uma vez por empregados que fazem a manutenção do prédio vizinho e assistem o dissimulado desembarque da "insólita personalidade" que vai ser recebida no luxuoso escritório.

A venda da honra da República


Os poucos e selecionadíssimos presentes secretamente agendados recepcionam e, amistosamente, cumprimentam o "insólito homem". Sucos, água e café são servidos. Dispensam-se os seguranças e as portas são cuidadosamente fechadas. Tem início mais uma reunião no alto do nobre prédio na mais paulista das avenidas de São Paulo. Toma-se a pauta do encontro anterior sobre potencialidades, projetos e riquezas nacionais. Inicia-se a avaliação de outros ajustes de facilidades, acomodações de interesses corporativos e pessoais, sob pena de ferir os interesses estratégicos do país. É a venda da honra da República do Brasil.

O calmo e circunspecto anfitrião(foto à D com a máfia dos caça níqueis) consulta o seu valiosíssimo relógio de pulso: duas horas foram o suficiente para os acertos. O encontro encerra-se com a degustação de uma última dose de legítimo scotch, com gelo de água mineral importada. A segurança é avisada que o encontro está terminado. O tripulante da aeronave surge no heliponto para iniciar os procedimentos de retorno à base.


O "insólito barbudo"

Nosso protagonista não esconde a euforia pelo encontro. Despede-se amigavelmente, curvando-se ao que foi aventado. É discretamente acompanhado até a porta da cobertura. Do edíficio em frente é avistado por faxineiras e limpadores de vidraça que se espantam com a semelhança de sua compleição física àquele que costuma aparecer nas manchetes de jornais e noticiários da TV. Antes de embarcar no helicóptero, o "insólito homem" sente a sua barba, esbranquiçada pelo poder e pela desonra, ser acariciada pelo frescor do eterno vento sul. O piloto acena para o segurança que porta o extintor de incêndio e a aeronave se levanta. Ao fundo da Avenida Paulista o "insólito passageiro" deslumbra-se com o Jaraguá(Guardião do Vale).


Analisa por instantes sua barba e cabelos desalinhados no reflexo da janela, relaxa o corpo e cai em sono profundo ao lado do segurança. Em sonho, possivelmente o próxímo embarque para o outro lado do Atlântico, conforme a agenda deixada na capital da sua república. Tudo não passa de mais um encontro que se repete em tais circunstâncias nos fins de semana, onde o "insólito governante" negocia e vende a Honra da Pátria no mercado negro da geopolítica do poder global. (OI/Brasil acima de tudo)