Com mais de 20 mil votos ou pouco mais
de 70% dos votos válidos, Luceninha foi o candidato eleito com a maior votação
polarizada entre dois oponentes políticos da história de Cabedelo, de um lado o
PMDB que levou consigo mais 18 partidos e o do outro o minúsculo PSB com apenas
mais duas siglas. Mas, foi uma vitória com V maiúsculo para a população ou uma
vitória de “pirro”? Vamos fazer uma analise sem “lados”, mostrando fatos sem
ufanismo. E o que seria uma “vitória de pirro”? (O rei Pirro, ao vencer os
romanos quase 300 anos A.C., e ser cumprimentado por um aliado, saiu-se com
esta: - "Outra vitória assim e
estaremos arruinados". De fato, o esforço na batalha de Ásculo custou
tantas vidas que impedia a renovação de seu Exército, e os derrotados não
sofriam com o mesmo problema).
Luceninha “levou a prefeitura”, mas ao
que parece ‘não se achou’ como administrador, DETERMINANDO as ações que são
necessárias à sua “tão esperada gestão”, pois, o prefeito é ele; não são seus
auxiliares ou seu vice, Leto Viana. O que de fato mudou? Afora algumas
“manutenções” de quadros da antiga administração do ex-prefeito antecessor, a
“inserção” de alguns novos nomes no secretariado, já se pode ‘ouvir’; o que é
diferente de “escutar”: - “Luceninha não manda, ele é mandado”, dizem aliados,
populares, comerciantes, políticos e, maciçamente nos quadros dos que lhe
devotaram o voto. Serviços Urbanos e
Infraestrutura (pavimentação, tapa buraco, limpeza urbana, iluminação...):
É um dos ‘nós’ que em campanha foi promessa e, até hoje não foi cumprida. A
cidade está mais para um “queijo suíço”. Mas, quem pensa que os secretários “mandam”,
está enganado! Eles estão “alijados” de determinarem qualquer coisa, segundo à
boca miúda, se “comenta”.
Saúde: Apesar da boa
vontade da secretária, os problemas estruturais encontrados da outra
administração, fazem com que sem um plano estratégico e ‘reuniões
intermináveis’; centenas de pessoas fiquem sem médicos nas unidades de Saúde da
Família (houve uma debandada destes profissionais), faltam medicamentos
básicos, materiais para coletas de exames e nitidamente, falta um “comando
gestor” para gerir a mão de obra, que, aliás, mesmo com o chamamento dos “concursados”,
muitos “zarparam” para outros portos.
Comunicação
Social:
Tem nessa pasta uma das maiores inteligências, um jovem secretário que quando
oposição ao antigo gestor, “dava no doido com as duas mãos”... agora, engessado
por uma “equipe” que não é sua escolha pessoal, com “representantes” de
diversas indicações políticas, não conseguiu emplacar uma mísera campanha que
desse “visibilidade” ao “novo governo”. A @secomcabedelo limita-se à uma página
no facebook (escolhida para ser a central de informações), deixou desde o
inicio da atual gestão de publicar no portal da transparência(embora seja de responsabilidade da secretaria de finanças), as despesas e
receitas em obediência a Lei. Além disso, o nome do jornalista e combativo
Wellington Costa se perdeu em meio à um salário de cerca de R$ 15 mil reais e
um passado de extrema transparência, que ele exigia dos antecessores.
Gabinete
do Prefeito:
Lá se encontra de tudo: assessores e chefes de gabinete à perder de vista, puxa
sacos, cobradores de benesses por ajuda em campanha...menos o prefeito quando
se precisa, diz quem o procura. Luceninha parece querer entrar para a história
tal qual o “prefeito bacurau” como ficou conhecido o ex-prefeito do PT de
2001-2004, porque depois de um pouco tempo, o cidadão só aparecia à noite para
“despachar”, mudou o gabinete para a BR 230, perto do Renascer e por aí, se foi.
O prefeito sabe que eu nunca lhe fiz oposição e tenho dados e provas disso.
Mas, não posso me conformar com uma “inanição” de visibilidade em que ele se
meteu, sem reação aos que lhe conspurcam à fazer o que o povo, não lhe elegeu
para tal.
Esportes: Entregue ao
PCdoB em Cabedelo, os comunistas sofrem de “inanição” em ter boas ideias para
desenvolver metas que incentivem a juventude praticar esportes, tendo a pasta
se limitado à manter precariamente quadras de esportes e se perguntarem um
programa de fomento ao esporte, há um muito frequente na cidade, mantido por
alguns, que é o “levantamento de copo”. Uns até em horário de trabalho ou de “almoço”,
em que pesem que “ninguém é de ferro”. Nem mesmo os comunas do Araguaia (?)...
Segurança
e Defesa Social:
Um capitão da mais alta respeitabilidade toma a frente da pasta, mas falta
treinamento dos profissionais, o corpo da guarda não guarda sequer o patrimônio
público. Os bancos da Praça do Mercado Público recém-inaugurado já foram
arrancados, falta comunicação, um segundo idioma para facilitar a comunicação,
não se pensou (?) ainda em instituir o monitoramento por câmeras da cidade,
integração com as polícias Estaduais, enfim; as escolas municipais estão
desguarnecidas, entra e sai quem quer, a hora que quiser e não é preciso dizer
que se não fosse a “patrulha escolar” da PM e os próprios gestores escolares, a
coisa estaria pior! A cidade já sente falta do trabalho do incansável Promotor
Valério Bronzeado que não deixou o governo anterior, um minuto sequer, sem
cobrar os direitos do Povo de Cabedelo. Dr. Valério, a população conta com a
sua ajuda para “ajudar” a prefeitura à “encontrar”, o caminho.
Educação: Começou o ano
letivo fora do prazo com a promessa de “não prejudicar” alunos. Mas, nossa
reportagem buscou informações em Escolas e a grita geral é que: falta
professores, deixando uma lacuna e uma insegurança em que, por exemplo, se os
pais contam que o filho ou filha entra as 07h e as aulas vão até as 11h, ou à
noite das 19 às 22h, por causa da falta de professores, esses horários e
matérias são reduzidos e gestores obrigados à deixarem os alunos saírem mais
cedo. A secretária é uma jovem Cabedelense, dizem, indicada pelo ex-senador Ney
Suassuna e deve estar sentindo que falta prioridade entre as práticas
curriculares e a execução delas.
Aliados
e Alianças:
Nessa “miscelânea” mora o maior perigo da administração que é obrigada à
colocar em seus quadros pessoas
incompetentes, porque “vereador tal”, “aliado tal” impinge ao prefeito aceitar
quem notadamente ele sabe que não vai dar conta do “riscado” do cargo. Na
verdade, nesse campo, não só Luceninha, mas prefeitos de todo o Brasil quando
gritam: Liberdade! Vem logo uma chantagem, uma ameaça... e quando o gestor “não
manda”: se cala, entope o ouvido com algodão para não ouvir que o nome dele é que vai pro ralo se os serviços não
funcionarem. 100 dias... os buracos continuam, a iluminação piorou, o lixo
aumentou, o salário sagrado foi parcelado e, como disse anteriormente em um
artigo no meu blog: esse ato tresloucado gerou uma “insegurança” econômica e
levou comerciantes à desconfiarem da prefeitura que ‘nunca atrasou’! Jesus
Cristo ensinou-nos uma parábola que descreve a situação atual de Cabedelo: “Não
se deita vinho novo em odres velhos”...
Luceninha trouxe para a atual gestão
os “vícios” dos odres velhos e o ‘vinho novo’ estourou-os! Não há novidade
nenhuma, Luceninha mesclou a “gestão bacural” do PT (que tem cargos na
prefeitura), cometeu um erro fatal que foi chamar quase que de uma só vez,
todos os “aliados de campanha”, para em seguida botar para fora e, o apoio do
ex-prefeito Zé Régis, de quem falou ‘os diabos’ num programa de TV quando em
campanha. Tem 10 vereadores em sua “base”, mas como o ex-prefeito Dédo Rezende
(que sofreu uma perseguição de apenas dois que valiam pelos oito da época em
sua base), não recebe nada da “base”, senão o “dá-dá”... ou seja: pedidos de
cargos, benesses, indicações...na hora que “chiar”, a base se inverte! O que
deixa alguns “encafifados” é que Luceninha foi presidente da Câmara e sabe como
acontece o “show”, mas para quem não aprende com o passado, o presente lhe
impinge um ‘destino’ em que a derrota moral, lhe aguarda no futuro.
Bom pai, bom marido, carismático... bem,
essa é a melhor e mais usual descrição de Luceninha; mas, esse carisma sabe
ele, está se indo depressa demais! Os quase ou as mais de 400 pessoas que
sofreram “dispensa” da prefeitura só agora em abril, não perdoam o “gesto”. Eu disse
à ele próprio, que que o futuro lhe reservava percalços e que se ele fosse
eleito prefeito, trabalhasse pelo povo e que não deixasse se dominar pelas “alianças”,
respondendo ele: - antes da eleição temos que “caminhar” com todo mundo, depois
vou mostrar quem manda! O povo espera, prefeito! Tenho 22 anos e meio de
experiência na seara política nos mais diversos quadrantes e não vejo no
horizonte, uma forma do atual prefeito, sair dessa “inanição” sem enfrentar os “fantasmas”
que não lhe deixam dormir, com a certeza de ser o PROTAGONISTA, o PREFEITO DE
CABEDELO.
Como a profissão exige, no campo do jornalismo
não há lugar para amadores! Ou o profissional se “prepara” para violentas
repressões por parte dos “poderosos de plantão” ou literalmente, dança! Nada do
que descrevo aqui, me reservei o direito de não poder provar. Pouco entendido e
em certos momentos o sentido de “Maquiável” é “desfigurado”, mas podemos tirar
lições preciosas: - "Embora julgue este trabalho indigno de vossa
presença, ainda assim confio que, por vossa humanidade, possa ser aceito,
considerando que eu não vos poderia fazer melhor presente que vos dar a
faculdade de entender em muito pouco tempo o que aprendi e compreendi em muitos
anos, com tantas provações e perigos para mim mesmo."
A descrição acima para quem conhece, é
a dedicatória de Nicolau Maquiavel a Lorenzo de Medici (Lorenzo II), neto de
Lorenzo, o Magnífico; apesar de pouco tempo antes ter sido preso e torturado, “sob
suspeita” de participar de uma ‘conjura’ contra os Medici, mas teve sua
inocência reconhecida. Quando Maquiavel foi apresentar Il Principe a Lorenzo II
em 1515, este o acolheu com frieza. “O Príncipe” de Maquiavel traz em
seu capítulo primeiro: Os vários tipos de Estado, e como são instituídos (aqui,
claro, um citação, apenas); apresentando
dois tipos de principados, sendo o hereditário e o adquirido, e “apontando”
quais são as duas formas de como o governante chega ao poder uma pela virtude e
outra pela fortuna. - "Os
principados ou são hereditários, quando por muitos anos os governantes
pertencem à mesma linhagem, ou foram fundados recentemente."
No capítulo
dois, Maquiável aponta as monarquias hereditárias: Neste Capítulo Maquiavel fala que a dificuldade de se manter um Estado
novo é maior do que a de se manter um Estado hereditário, pois quanto a este
último, o povo já está acostumado com a soberania de uma família, de uma linhagem.
- "[...] a dificuldade de se manter Estados herdados cujos súditos são
habituados a uma família reinante é muito menor do que a oferecida pelas
monarquias novas. Basta para isso evitar transgredir os costumes tradicionais e
saber adaptar-se a circunstâncias imprevistas."
Se um Príncipe
conquista determinado Estado e tenta mudar seus costumes, corre o risco de
o povo revoltar-se contra ele, o que pode gerar conspirações apoiadas pela
grande massa, o povo. Deste modo, o Príncipe respeitando a cultura
local, se manterá no poder; a menos que, como diz Maquiavel, uma força
excepcional o derrube, porém, se tal fato ocorrer, poderá reconquistá-lo na
primeira oportunidade oferecida pelo usurpador. Maquiavel ainda fala que na
medida em que o soberano não ofende seus súditos e não mostra motivos para o
povo odiá-lo, estes o quererão bem, e mais: "[...] qualquer alteração na
ordem das coisas prepara sempre o caminho para outras mudanças, mas num longo
reinado os motivos e as lembranças das inovações vão sendo esquecidos." Quando
o povo vive do seu modo, com seus costumes e sendo respeitado pelo monarca,
este se acomoda de tal forma que as lembranças, os desejos de mudanças vão
sendo postos em esquecimento. Até aqui, citações de El Príncipe.
Mas, onde se
encaixa um ou os dois conceitos de Maquiável, em Cabedelo? É certo que um leve “observar”
das circunstâncias, os dois conceitos se inserem em nossa realidade! O ‘povo’
ainda em estado de letargia, não reagiu ao “monarca”. Por outro lado,
encaminha-se para isso, visto que a “força excepcional” mencionada por
Maquiável está em ebulição em Cabedelo? Sim e não: Não porque os “súditos”
ainda tem esperança de que o ‘monarca’ governe para eles. Sim porque os “inimigos
da monarquia” (e não se trata de oposição), ou seja; os “amigos do poder”, à
qualquer momento, em uma negativa de ‘pedidos diversos’ do interesse de quem realmente
domina, podem derrubar o “príncipe”.
Luceninha
seria o “novo” Estado na Cidade Portuária? Poderia, mas se deixou dominar pelo
velho, misturando monarquias antigas, famílias dominantes dentro do que poderia
ser seu “governo”... será? Então, o que o prefeito precisa fazer? “Governar”
sem atrair a IRA do povo? Provocar a IRA deste mesmo povo, “rasgando” as vestes
velhas herdadas de quem o antecedeu? Eis um dilema a ser resolvido pelo
prefeito, cedo ou tarde. Mudar significa “ROMPER” com quem o apoiou na
gigantesca campanha RICA e permeada de partidos vorazes por “cargos” e “bonificações”.
Já disse Maquiável: “... a dificuldade de se manter Estados herdados cujos
súditos são habituados a uma família reinante é muito menor do que a oferecida
pelas monarquias novas. Basta para isso evitar transgredir os costumes
tradicionais e saber adaptar-se a circunstâncias imprevistas."
Teria o “príncipe”
coragem para romper com 10 vereadores que lhe “empresta” um “suporte” em troca
de cargos e benesses? A cidade esburacada, mal iluminada, insegura, com prédios
mal conservados, sem segurança nas Escolas, faltando professores, arrecadação
de “gigante”, infraestrutura de “anão”, tem condições de ter um príncipe
durante quatro anos, eleito para DOMINAR, mas que não domina? Não é minha visão
do “príncipe”, mas evoquei Maquiável, para que você que está lendo este texto, julgue
por si mesmo! Os serviços essenciais da cidade estão “andando bem”? Você se
sente em um ‘novo governo’ ou num “governo velho”? Pense bem, tire suas
conclusões. Eu desejo a partir desses 100 dias, que o “príncipe” desperte: - Prefiro o “inimigo” que me encara e diz a
verdade, do que ao “amigo” que aperta as mãos, me abraça e, por trás, me
esfaqueia.
Iria falar
de outras “pastas”, mas me limitei as mais “vistas”. Escrevo este texto longo
porque, diferente do que possa parecer, o prefeito não é o “príncipe” na
contramão do que se propôs a fazer em Cabedelo: Trazer o Novo. Respeito a
vontade popular, mas não me furto nunca de dizer o que penso! O prefeito como
já disse, não tem histórico de ser perseguidor, mesquinho como outros assim,
foram. Luceninha sabe que as “consequências” do poder, na verdade, vem depois! Tentei
contato através de sua Secretaria de Comunicação, para me abrir uma canal para
ouvir a versão dos 100 dias do prefeito, da boca dele ou de quem o representasse,
dando a sua visão dos fatos, mas fui ignorado.
Ainda assim,
por respeito ao contraditório nesse texto longo, não vou inserir imagens,
vídeos e áudios além do que coloquei e, está aberto ao prefeito o espaço para
contestar dados que o mesmo julgue “injustos”. Porém, se precisar, postarei
quem sabe, nos 200 dias, nos 365 dias... aqui, vou agradecendo as pessoas que se
dispuseram a conversar comigo, tecendo suas impressões a respeito do que “pensam”
sobre o prefeito e sua gestão. Sobre o vice-prefeito, numa breve conversa com
ele, notei sua “amargura” e um desejo de que este governo que ele e Luceninha “herdaram”
do povo, pudesse ser “dinâmico”, sem amarras. Wellington Viana, assim como
Luceninha, merece um lugar na história de Cabedelo sem a “apatia” das equipes
que lhes assessoram. “Quem quer trabalhar, não tem espaço, quem prefere apenas
o salário ao final do mês, puxando o saco e às vezes, o tapete... ah, esses
sempre tem mais abertura”.
Prefeito, já
que o marco zero virou “zero” mesmo, indo ao chão, espero que essa vergonha da
foto em plena Praça Pública, servindo para as piores “serventias”, a mínima
delas de “mijodromo”...